sábado, 27 de agosto de 2011

ANFITRIÃO

Estranho era se não andássemos por cá e andássemos, andando bate tudo certo, estamos plenamente de acordo. Deste modo começa mais um conto, uma destas histórias onde, desta feita, a ironia funciona como trave mestra duma divisão onde procurarei erguer as paredes da frente para trás ou vice-versa, dum lado ao outro, deixando a divisão sem teto… neste chão.
Gosto de me deixar surpreender pelas histórias, não tenho a mais pequena dúvida que esta me surpreende. Então, tendo esta certeza, estou convencido que me prende o suficiente para a levar até ao fim. Desenvolvo a trama, teia onde tento apanhar o que se apreende de tudo isto.
A ironia dificilmente nos deixa indiferentes, desde que seja detectável. Ela tem essa particularidade, só é verdadeiramente boa quando não é "boba". Trata-se duma problemática que é… problemática, virada para a sensibilidade.
Esta é daquelas histórias que, mesmo até ao fim, não sei como acabam. São as que têm mais ironia, o que faz da ironia uma espécie de tempero semelhante ao sal, elimina o insonso. Sondei o insonso, para agora pensar em voz alta "Se cheguei ao fim, estou plenamente de acordo com quem chegar até aqui". Aliás… a minha obrigação, como anfitrião, não é outra!

Este conto nasce dum comentário

5 comentários:

  1. Sou o primeiro a não saber o que conta este conto, conto-o a contas com o prazer da escrita e com o espanto que a mesma empresta à realidade. Pegue-se numa palavra qualquer e desse-lhe aspas, é o desassossego! Escolhi “sensibilidade”, é uma palavra sensível, dei-lhe o itálico. A_braços.

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  2. A sensibilidade sendo "uma palavra sensível" deve estar protegida. Ainda bem que lhe deu o itálico.
    Desenhando(sem aspas)o seu texto, o que obtenho é uma tela surrealista, uma arte, de certo modo marginal com a qual tenho alguma afinidade.
    As suas palavras, embora rebeldes são muito vivas, como peixes voadores, batendo asas nas nuvens.

    L.B.

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  3. Lídia,
    Nome inspirador...
    De palavras pintamos o universo, vou escolher as necessárias e compor uma composição: uma ária de ópera, para a mímica dum mimo.

    COOPERAR

    como peixes voadores
    com as escamas a cintilar
    coopero em silêncio

    a rebeldia de andar
    de cabeça nas nuvens

    em revolução esdrúxula!
    Assim

    Vou levar, com a resposta da Mim, para
    http://www.sobresites.com/poesia/forum/viewtopic.php?p=39051#39051
    Obrigado, deixo a_braços!!

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  4. Pois Pois! Em terra de cego quem tem um olho é rei! A sensibilidade é por ai! Beijos no coração!

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  5. «A sensibilidade é por ai!»
    Precisamente! :))
    Beijos do coração!

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