sábado, 15 de outubro de 2011

DIA 15 XV

apareceu
um extraterrestre
no… inconsciente colectivo

4 comentários:

  1. Depois das reticências… deixei o inconsciente falar, colectando da língua, uma expressão da Psicanálise: psique analise, quem fizer… reticências.

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  2. Se o caro Francisco tem a consciência disso, é um feliz contemplado pela inconsciência sob controle!... Já eu, por exemplo, de tão inconsciente, tenho a inconsciência de não aparar o jogo da minha consciência... minha como quem diz, porque em fazes estranhas de apagões traiçoeiros, dou por mim a catar piolhos, como se entre uma floresta capilar, atrás de cada cabelo, se escondesse um fragmento da dita consciência... enterrada até à raiz!... E não tenho, como certeza, a consciência disso;)...



    Boa semana




    Abraço

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  3. Caro A.
    Há uma proximidade astral, onde as palavras vivendo as letras apresentam suas auras, aproximando sua/tua apresentação do A. com o A com que Assim assina e eu transcrevo por extenso: Assim. A heteronímia, como um “outro” que mia… se manifesta e faz da escrita uma festa para exotéricos ou pindéricos, excessivos ou carentes, e, gente como eu, todos os normais do mundo que reclamam da inspiração uma “piração” capaz de fazer um “pirete” como o Assim se compraz a exclamar entre pontos as suas “bolas”.!. Jogar com as duas bolas, é coisa de malabarista, faz de qualquer um artista, mesmo sem querer ou principalmente nessa circunstância, sem atenuantes.
    Eu aceito ser médium, é um meio de procurar um “meio termo” entre o tudo e o nada, mais para o lado do tudo, andando aos bordos, até ao nada. Produz ou permite, uma bebedeira de sentidos!
    Vou tentar passar um conto que hoje escrevi e terei de transcrever, um exercício de descomunal dificuldade que serei capaz de superar :))
    Se não for hoje, amanhã será, fica a promessa. Para já, acabei de ler e quis, desde já, desde logo, desde aqui… agradecer um comentário que vale por falar de quem o faz com um âmago ígneo, permitindo-me falar de mim, numa “Viagem Ao Centro Da Terra”, arriscando esta Ficção Científica ou coisa do género.
    A_braços!!

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  4. A MEUS SANTOS

    Gosto da realidade fertilizada de caos e devaneio, ser vão dá-me a ideia de ser amplo!
    O corpo está guardado dentro das ideias, gerando uma inversão objectiva da observação, somos os observados de nós. As ideias olham o corpo como coisa sua, mas idealizando-se outra coisa: aqui se estabelece a dualidade.
    Preparo-me para ser outra coisa, algo além do que me lembro de mim, um alvo móvel movendo-se quando me movo, sem conhecimento prévio dum mecanismo. Tudo tem de ser inventado, até voltar a ser o que era. No final é o costume, volto a casa, sento-me à mesa, escrevo o que vier à cabeça, o corpo descansa, as ideias pairam, paro quando apetecer. O controlo é remoto, mas está na minha mão. O Espírito Santo é uma pomba em gesso e deixa-se afagar, como uma Virgem num altar público, se não houver ninguém a ver que possa incomodar.
    Neste momento entra você e vê-me a fazer festas à Virgem, indecorosas, tentando chegar ao gesso.
    Ajoelha e reza, como se não fosse nada consigo. Retiro a mão, ajoelho a seu lado:
    – Gostava de lhe explicar o que viu, posso?
    – Consegue? Sorri ao falar.
    – Consigo, consigo. Se sigo com a sua atenção, as palavras virão juntar-se ao que os seus olhos viram e começarei a contar uma história, aparentemente estranha, mas só na aparência. Até chegar o momento em que você entra e me vê e eu a vejo. Antevejo ser esse momento onde a história acaba por começar, antes nada tinha sido escrito, ou seja, pensado. Trata-se duma história onde, quem conta, já não está sozinho.
    – Antes de chegar essa história, ela pode ser abreviada? Já está a moldar um meio sorriso, cheio de ironia.
    – Pode! Estava a pagar uma promessa. Acredita?
    – Acredito. Resposta rápida, como se devesse continuar a minha.
    – Viu, a fé tudo resolve. Deve ter soado a pouco, mas responde como se me levasse a sério.
    – Por esse motivo venho até este local de culto, mostrar a mim mesma que não estou só e tudo é possível…
    – Consegue? Tolo, quase a interrompi.
    – Conseguiu pagar a promessa?
    Agora lembro, a Virgem está a sorrir, com cara de quem… se quer rir :)

    Só me falta explicar o título dado ao conto, diz não ser necessário? Eu agradeço… “a meus santos”.
    Custou, mas já está, passei.

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