terça-feira, 25 de setembro de 2012

ARCOS DA LAPA


ARCOS DA LAPA

Ilustração retirada da Net por EMD – Eleonora Marino Duarte

RUA DAS PUTAS

na "rua das putas"
não há disputa,
está doendo;

doida para dar,
só quero…

ouvir "Vem puta!"

CALADA DA NOITE

Saio sozinho para a parte menos iluminada da cidade, onde as ruas são estreitas e silenciosas. Algo, pela calada da noite, me faz aqui sentir em casa: querendo ser… proscrito.

CANÇÃO

na canção de prostituto
não a quero eu fazer
sem amor humano

despejada numa sarjeta
dum lirismo agónico

dela não há mais a dizer

FALA(S) EM SILÊNCIO

A construção de personagens só tem um limite, a palavra a desenhar falas em silêncio.
P (pois proscrito prostituto puto…)

VAZIO IMBECIL

Ando na margem negra da folha branca caída onde a noite é caiada de breu, no antagonismo antagónico de ser agónico, entregando a alma ao criador sem vontade. Mesmo sendo ela, vazia e imbecil.

Desafio: constrói um texto, sobre o personagem: P

sábado, 22 de setembro de 2012

"CANÇÃO DE BANDIDO"


a) Observe a cena por 2 minutos no mínimo...
b)Imagine-se que você é o jovem ajoelhado...
c)Crie um dialogo entre o jovem e a Moça
d)Detalhe ela ri - descreva em narrativa o motivo do riso .

"Desafio Proposto por Marcio Marcelo do Nascimento Sena" - Imagem capturada no Google" 


(casal em lua de mel)

- Dá-me tua mão para inspirar "canção de bandido" (sorri)
- Bandido, vai-me roubar o coração? (séria…)
- Quero autorização para te raptar! (sério)
- Mais ainda? (ri, na altura da foto)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A COMICHÃO DA RAZÃO


Sem saber como, ultrapassando a razão, a escrita impõe-se, descobre naturalmente a poesia:

é o ritmo                           (CIRCO
do circo de feras                  DE
animado por treinador          FÉRIAS)
adestrando… pulgas?

A comichão da razão – rasura o verso livre, procurando dar-lhe o destino da prosa, é o texto.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

À VOLTA



andou à volta dum baloiço
pensando se se iria baloiçar
andando dum lado para outro
subindo à frente e indo atrás
subir e descer indefinidamente
enquanto se mantivesse
a dar balanço ao baloiço
até ficar parado e sentir
um peso desmedido poisar
sobre os seus ombros
demasiadamente cansados
para dar conta do recado
de manter a cabeça erguida
acima do peito olhando tudo
à sua volta com garbo evidente
        querendo avisar o desastre
        de ir cair no chão redondo
        tocando com sua testa
        os joelhos recolhidos
        pelos braços nas pernas
deixando-se ficar de forma
inexpressiva com a distância
de destas palavras olhar-se
a ver um futuro tão incerto
entrar dentro do tempo!
       
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