sexta-feira, 7 de junho de 2013

A LÍNGUA E O TEMPO


Ainda antes de chegar ao trigésimo sexto dia de um ano bissexto, não será este ano mas, há-de de chegar, já posso e devo escrever sobre o que penso andar a fazer: nada…
Não pensar, escrever. Impossível escrever sem pensar? Então, resumindo, pensar quando se escreve: deixar ser a escrita (se) a escrever (-me).
Ao desenvolver algumas sinaléticas pessoais, tento apoderar-me de algum poder reconhecido neste material essencial onde se molda no seio da linguagem: mamar do nada (nascida) na e da língua, tudo.
Arquitetando a inversão, passar do nada ao tudo: tento modelar/morder o seio... Dou por mim a olhar para a Liberdade erguendo o seu estandarte, para dar-te, caro leitor, um peito de mulher.
Estou a chegar ao final da história, da qual comecei datando os dias. Poderia ter deixado as datas, o que quer dizer estar a retirar as datas.
Ir, através de momentos, construindo um tempo. Isso me valeu isto, a ideia de trabalhar materiais essenciais e poderosos: a língua e o tempo. Na descrição de escrever – o que sinto, sou e invento.
Bom, com uma história destas, podem e devem escrever-se todas as histórias possíveis e imaginárias. Foi o que tentei fazer, escrever muitas histórias, uma para cada dia do ano.
Consegui acabar o ano antes de o ano terminar, as datas ajudariam a contar uma história mais precisa, mais exacta, mais completa? Tenho alguma dúvida, com ela escrevo.
Comecei por ver cada história como única, até as tornar permeáveis... Quando todas se tornam uma só história, vendo de forma despudorada a história que acabei (querendo) desejando!
Desejar foi um bom verbo para escrever, espero seja bom para quem me ler em entretecer entretendo a leitura que possa e saiba fazer. (De)claro esse é o desafio que deixo!
(um dos personagem da Guerra nas Estrelas)

7 comentários:

  1. Por desejar uma leitura diferenciada, encontro a ousadia de uma escrita, mas me confesso incompetente na administração de um desafio para o qual me senti convocada. Mesmo assim, registro, ainda no decorrer deste ano, minha presença, embora saio com a sensação que não estive presente.


    Boa noite.

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    1. Minha querida…
      Sinta-se convocada, mesmo que excessiva seja minha entusiástica receção, dizendo-lhe que é querida. Pois a Mim de A. só pode, deve, ser bem recebida e reconhecida. Pese embora poder ser eu tomado por excessivo, também nas considerações e comparações, isto indo além da receção (palavra sem p mudo :).
      Quanto ao comentário, ele colhe a minha atenção no que mais me chamou a atenção «saio com a sensação que não estive presente». Espero já não seja válida a parte que citei, pois seria muito interessante acolhe e colher as "impressões", palavra vaga e insuficiente, de quem mais se publica como comentadora do que como autora.
      Grande abraço ;)

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  2. A Língua e Tempo, o seio da Pátria Mãe a dar-nos o alimento literário. "Minha Pátria é minha Língua", relembro e concordo.

    A versatilidade de seus personagens, surgindo um após o outro e ainda, personagens famosos assinando suas publicações, mostram que o seio oferecido tem farto alimento!

    Segui o link, :)

    E ainda, o que move o escritor: «Comecei por ver cada história como única, até as tornar permeáveis... Quando todas se tornam uma só história, vendo de forma despudorada a história que acabei (querendo) desejando! »

    Adorei a postagem,
    ou, para não ter dúvidas quanto ao contentamento com a leitura, deixo fluir na linguagem de Chewacca: ãhhh → → → →


    beijo.



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    1. As setas para a direita são o bom sinal, são o lado onde Chewbacca mostra alegria/satisfação. >>> Beijos

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  3. Hummm... será que já está aberto a comentários vários?!... Deixa-me lá tentar...

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  4. ..é!...

    Está feito!...

    Ontem alguém alguém me disse o seguinte:
    -Minha filha tem um cão cadela!!!!!!...
    Meu é que não é!...


    Bom fin.do semana, quando chegar a semana que vem!...

    Abraço

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