terça-feira, 24 de abril de 2012

RASTO


O bichinho andava no chão, era muito pequeno, parecia não saber onde ia. Prendeu-me a atenção, pois não havia maneira de se esconder, ir á vida, desaparecer. 
A sua presença esteve a dar matéria para uma história, mesmo se não consegui imaginar um conto para ela. Pois, se tinha um início, parecia não ter fim.
Resolvi sair, ainda era de manhã, voltei ao fim do dia. Do bichinho, nem rasto.
Tal como chegara a desejar, acabei por conseguir contar um conto. O bichinho andou comigo o dia todo, agora já o posso deixar em paz.

Santiago

2 comentários:

  1. Santiago,

    ótimo! Você conseguiu explicar a sensação que temos quando algo nos marca, levamos ela junto aos sentidos pelo tempo que durar a marca. Adorei o desfecho.
    Francisco,
    uma coisa que percebo nos contos é a sua invejável capacidade de transformar tudo em história, isso fica claro como uma das marcas mais interessantes da sua escrita. És um narrador arento e um observador minucioso.
    Quando você anunciou que os duetos de Assim & Mim haviam completado o ciclo, a volta, eu fiquei com aquela sensação de certo lamento pois havia me habituado a eles e os acompanhava... Engraçado como é o foco de interesse, quando achamos algo igualmente bom somos capazes de mudar o foco e sentir o mesmo entusiasmo por algo novo que sentimos por algo que adoramos. Aconteceu exatamente assim para mim aqui no Diário... Estou apaixonada pelos contos breves e com o mesmo entusiasmo que senti pela poesia do casal. Chego a conclusão de que a coisa apaixonante aqui é a tua Escrita! :D
    Um beijo.*.

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    1. Não imagino um comentário que me pudesse agradar mais! Beijos***

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