segunda-feira, 30 de maio de 2011

ALIMENTO A ODISSEIA

ALIMENTO A ODISSEIA

I
estou frente às mãos que escrevem
as palavras que me escrevem
e escrevo-as eu a elas

acendem-se como velas
abrindo seu pano ao vento

um verso trás às mãos o alimento

II
verso desliza como casco nas águas

vazio de dor ou de mágoas
meus versos são telas

escrevo o finito
fazendo uma parelha com o infinito
guardando coisas belas

III
meus pincéis são remos
mergulhando na transparência

descubro a minha odisseia
entre seus extremos

conjugam os meios das ideias
tendo por ciência os sentimentos

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