domingo, 18 de setembro de 2011

CURTA AS CURTAS


CURTA (A) METRAGEM

Está na altura de me dedicar à prosa, aquela que me arrasta para o lado e me deixa ficar a ver as palavras surgirem no ecrã, enquanto vou fazendo o filme de as ler, enquanto elas acontecem, à frente dos meus olhos.

CONTINUA CORAÇÃO

Oi, você aí, seu texto me fez clicar na hiperligação e vir ver se tinha comentários, coisa que eu acho merece. Agora se põe no meu papel, vai lendo o que escrevo como sendo para ocê. Minha pronúncia até muda, quem sabe fica sertaneja. Prosa é para estas coisas também, está bem? Eu sei que sim, mas não custa perguntar. Bastava ter escrito, Parabéns! Uma coisa a seco, fica_ria sem piada. Agora que fiz a pia, vou deixar sem pingar, tapando o ralo com um tampão: - Continua coração!

AOS SUPERIORES

Melhor que duas curtas, uma mais comprida. Cumprida a tropa, o magala reflectiu que tinha aprendido a fazer continência! Foi à frente dum espelho e bateu uma, continência! Claro… Deixou-se ficar como se estivesse em sentido na parada à espera que o comandante desse por acabado o discurso, nunca se lembrava de nada. Era como se, em silêncio, ficasse a assobiar para o ar fazendo de propósito para não ouvir nada? Desta vez falou para o espelho: - Ó espantalho, muito me espanta que estejas calado, tendo tanto para dizer sobre as maravilhas da tropa à tropa que existe para defender a Pátria e dar força ao Estado para enfrentar até as calamidades naturais. Parou parado na parada, aquilo tudo tinha a ver com alguma coisa ou era mesmo o nada da coisa toda: ir para a parada marchar, bater a pala aos superiores! Aos superiores interesses da Nação…

5 comentários:

  1. Ó... eu gostei por demais... daqui e de lá... fui conferir a ligação. Super-hiper-interessante! Pura arte de cá e de lá.
    Beijoooooooooooooooos imeeeeeeeeeeeeeeeeensos!

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  2. Texto forte Francisco, próprio dos grandes.Seu comentário como sempre impecável.Quero mesmo é agradecer a mim tê-lo presenteado. Será sempre uma lembrança das meigas flores! Beijos no coração!

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  3. Olá, meu quase parente de Ponta Delgada. Gostei muito deste seu texto, cheio de jogos de palavras e de ironia cáustica - às vezes amoitada nas entrelinhas. Muito bom, mesmo. Agradeço seus comments no meu sítio. Grande abraço.

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  4. Teca e bbrian,
    Fico feliz de ambas terem dado ênfase à ligação, foi a riqueza do texto comentado por um dos meus textos que me levou a passar para o registo da prosa, aproveitando também a foto, que tem tudo a ver e haver, com a escolha inicial de quem a fui buscar de empréstimo.
    Terem dado destaque ao meu destaque, é a beleza de encontrar essa substância dum substantivo ideal e elementar, um constituinte determinante na definição do que torna o Homem humano: beleza.
    Algo que une mulheres e homens, nem faltando desta feita mais um homem para o plural ser completo :))
    Uma boa semana, seus dias sejam úteis e agradáveis! A_braços!!

    Marcelo,
    Bem aparecido!
    Grande abraço - transatlântico

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  5. dizer uma coisa a seco como uma ranhura na garganta, um pigarro de absurdos, cuspir sonoros poemas no chão com vento indo em sua direção, ao invés de cuspir posso mandar beijos destampar a boca - destampo o ralo com a mão . Continuo puxando os cabelos caídos nos longos banhos, o sabonete em pedaços, a água resvalando para o nada... a prosa é essa saindo do banho nuinha que se admira no espelho!

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