ESPAÇO
«um escaravelho cego caminha sobre o globo
sem perceber que o seu caminho é curvo,
eu tenho a sorte de perceber isso»,
Einstein
Gozemos o prazer da curva,
a linha dum verso, acompanhando
a Terra na sua viagem,
pelo Espaço.
ECO
saindo, na margem
da escrita, um vazio
externo à folha: eco
saindo, na margem
da escrita, um vazio
externo à folha: eco
No "prazer da curva", vive o Poeta a vertigem da escrita.
ResponderEliminar"Gozemos", pois! Trata-se de um desafio sedutor, ao qual só "um escaravelho cego" pode ficar indiferente.
Na segunda estrofe, sinto o "eco" como um lugar vago à espera do leitor e que só este pode ocupar, embora nem sempre tenha "a sorte de perceber"...
Um abraço
Maria João Oliveira
Francisco, imagino o sofrimento do escaravelho prevendo a cada passo o abismo.Com certeza ele poetava enquanto caminhava, a poesia é consoladora.
ResponderEliminarAinda bem que o vazio é externo à folha, sendo assim o centro é compacto de versos que ecoam pelas curvas prazerosas. Arrepiante sua escrita!
No Brasil vespera de feriado prolongando a rotina muda. Boa semana recheada de poesia!
Beijos no coração!
Maria João, bbrian,
ResponderEliminarDESTINO DO ECO
Muito bom encontrar duas amigas que me presenteiam com sua companhia e palavras capazes de prender a minha tenção e dar lugar à história onde hoje encontro o primeiro destino do eco… Eco que assume milhentas formas, por exemplo, ontem há noite deixou uma simples frase onde “compus” um texto completo. Quase que ainda a sei de cor ao por_menor… das unidades mínimas e mais intimas “as partes”, como um todo marcando o teXto em toda a sua textura, na crença de nele existir te¬_sou_ro…
É por aqui que a escrita ‘se’ escreve, onde a palavra se inscreve, circunscrevendo uma circum-navegação à ideia esférica duma forma perfeita: onde – na sua periferia – estaremos sempre à mesma distância dum centro. Esse ponto, o Gozo, é o ponto G :))
O título é “passos”, será o passo seguinte!
Uma boa noite, a_braços!!