L' Homme qui aimait les femmes - François Truffaut
PERSCRUTA_R
A prosa tem esta coisa bela que o verso não pede, o recolhimento no acto da escrita. Começa sem fim nem princípio, se se prende à aprendizagem dum gesto que não divide em versos, estâncias, poema. Todo o texto surge como uma urgência só onde não se abre o compasso num passo de bailado, caminhando passos encaminhamo-nos para a existência do passado nela, passeando com ela. Falo agora dum filme, dum fragmento dum filme. Faço-o como se tivesse dito tudo, para poder calar-me. O meu papel, ser “o homem que gostava de mulheres”, aquele que gosta de mulheres e as perscruta. Deixo o leitor e a leitura com este verbo magnifico, leitora e verbo podem ganhar uma raiz comum no caule vegetal dum tronco lenhoso ou na verga que verga sem partir dum caule herbáceo ou nem por isso. Antes de ver o filme ou depois de ver o filme, as imagens enchem um texto, até onde a imaginação vai.
R
gosto da prosa que é onde me deito, onde mais me deleito, onde mais me esparramo como um carramanchão de uvas em cachos... na prosa eu me escuto cheia de imagens e ações que dão idéias, tudo é parceria: um filme, a vida, um beijo, um amigo que nunca nos deixa! Aí a gente não deixa passar e se enrola numa prosa, um dedinho que seja de prosa, uai!
ResponderEliminarvolto depois de assistir ao trecho do filme. Fiquei rindo e pensando sobre hibernação. Acho que vai ter prosa sobre isso... depois revelo, quem sabe depois de hibernar mais um pouco.
ResponderEliminarAle,
ResponderEliminarNão esquece lembrar sair "hibernação", olha a Primavera! :) Avisa, viu!! Deixa o teu dedinho no texto e a prosa fluirá feliz!!! Bjs