sábado, 26 de março de 2011

PAPOPOÉTICO

Cada dia em que vá acrescentando um poema do meu poema ao poema, é um dia do poema. Afinal os livros de Poesia não fariam sentido se não fossem sentidos como poesia. Quanto ao modo, fiquemo-nos pela maneira, procuremos ficar nus. Esta ideia só peca por tardia, quando tarda a despir-nos até nos deixar nu(s)...

Este poema (para quem seguir o link) fez-me hoje adormecer tarde, fez com que ontem (17/03/2011) acabasse mais tarde, fez... Fez-se. Filo, filei-o... quando o escrevi como com_um... comentário incomum. Poetizando a resposta, num blog:
http://papopoetico.blogspot.com/2011/01/evocacao-da-militancia.html

Interpretação para o poema 7 do poema A :
beijando teus olhos escrever como vejo teu sorriso, tentando tocar-lhe, com os lábios sábios "no nu" de captar as sensações onde despertam os sentidos que dão significado. Nu, dando os lábios à Língua, sabor_e_ando…
PAPOPOÉTICO

UM POEMA

um poema existe
como estes versos brancos
escritos no branco

feitos em alto contraste

a preto e branco

entre a tinta e tudo que pinta
Assim

POEMA UM

quando te leio
a realidade é breve

como os sonhos que faço

duram a poesia
enquanto assim verso

esta minha leitura dos versos
Mim

O POEMA ESCRITO
(NO NU)

só,
iso-
lado
nas palavras,
o poema escrito!
Assim

SABER

o poema inexiste
para a poesia
da Poesia

sem a leitura
onde apura

o sabor
Assim

VERSA

poesia existente
tua existência
penetra-me

toca-me até
ao útero

fecundantemente
Mim

A realidade é como a poesia dos poemas, ela fica à guarda, guardada nos poemas. Um verso não tem leitura, se não for visto pela vista e todos os outros sentidos.
Assim ⃝ 26/03/2011

2 comentários:

  1. eu navego
    à vela
    de véu

    pelo mar
    do que
    dizes...

    astio
    bandeira
    na ilha

    Do A de Ad_mirar
    palavras
    no A de A_MÁ_LAS.

    .*.

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