terça-feira, 19 de abril de 2011

NU NÓ

Quando escrevo há frases feitas que querem ser escrita(s) mas ainda só produziram o embrião de uma ideia que vem a lume como a chispa que se acende por acção de ideias que assam em lume brando(1) onde só a memória se côa, filtrando uma primeira pausa, num discurso continuo como o luar desde a fonte até à voz onde se faz foz a fala que quer falar… daquilo que é: quilo da insustentável leveza do ser, medida da identidade onde se identifica a presença do que fica mensurável uma vez feito: o que é, o ser de uma ideia.
Aquilo que é o ser, é uma ideia de… o que é o ser, i. é, isto e cada coisa distinta disto, cada coisa distintamente distinta, tintas da nossa mente pintada, pintura, marca, distinta coisa. Diz, tinta. Pinta, coisa. A marca que, para ser marca, se demarca: (o) se.
No Diário de Letras procuro deixar a Escrita como valor absoluto dum soluto onde tudo se mistura dissolvendo as soluções com os problemas, dando o problema e a sua solução como uma única realidade mutável, permutável. A leitura torna-se a escrita, a escrita procura-a, no seu encontro: (o) nu é o nó.
Nu, o nó, é uma acentuação onde assenta a realidade, sendo (o) real esta acentuação onde o nó se dá, sublinhado, final. Nu nó, faz foz a fala e a escrita é, a sua nua ondulação.

(1) O lume arde no coração da célula, vem do átomo cindido, desde o primeiro momento.

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