sexta-feira, 22 de abril de 2011

A PLENITUDE DA CRÍTICA

Começo por onde o comentário é acessório e desnecessário, como tal, provavelmente desinteressante, a quem achar que um erro pode ser algo estranho à essência dum texto. Essencial seria, será, finalmente, é, aquilo que o texto tem “para contar”, dizer: ser.

“A plenitude da crítica” pode e deve ser aquilo a que pode e deve ficar a dever o seu ser, uma distracção do leitor em relação ao texto, redacção, conto, análise, crítica...

A ideia de sermos exaustivos em relação às palavras levar-nos-ia à exaustão, deste modo, o que me torna pleno, o que me enche é o que deve estravasar da leitura. Não se tratando dos erros, trata o que é saudável, o que se quer saudar!

Estou ao volante, tamborilo com os dedos, tento deixar passar o tempo, olho as pessoas à volta, imagino uma história. A primeira coisa, qual o motivo do engarrafamento àquela hora?

Surge um gato sem botas, mas a crescer a olhos vistos... O maravilhoso é recriado como o universo fabuloso das narrativas mais activas, onde a fábula fala em todas as coisas e criaturas.

A história acaba como veio, deixando o gato deitar-se e voltar a ser tão real como uma criatura doméstica ou, melhor ainda, tão fantástico como a nossa fantasia: o gato deita-se onde está deitado, o engarrafamento continua, o conto não tem fim.

Apenas deixo de tamborilar, fico a pensar como seria a música, caso tivesse estado a escrever num teclado que me desse acesso a uma realidade virtual.

Virtude da plenitude, o gato veio para o meu colo e ESTÁ a ronronar. E esta, em?... Está a sonhar, caminha entre os carros. Quanto lhe captar o sonho, o conto tem fim.

Ah, pois, o acessório. Onde lê «outras impetuosidade» leia «outras impetuosidades», em «seguirem animal» leiam «seguirem o animal». Num caso a letra em falta dá o plural, no outro caso acrescenta-se “o” artigo. Nem de propósito, nunca leia ou escreva de castigo. Então, é sem propósito? Digamos que sim, ou que não, o que conta é que sinta ter ficado tudo dito. Para esse efeito, o verdadeiro texto foi “A Plenitude”.

Se me for comunicado onde “A Plenitude” está publicada, é sinal que a mesma é publica, virei deixar a ligação (ativarei o sublinhado).

1 comentário:

  1. Podes activar o sublinhado, amigo.
    Pelo que estou a ver, o conto intitulado "Plenitude" continua... Na verdade, há textos que não acabam, após a leitura. E este é um deles.
    Um abraço
    Maria João

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