A poesia é a sensação, a emoção, o que quer que seja que, quando está presente se sente como sendo, nunca o complemento, antes a essência. É daquelas coisas cuja definição parece não deixar dúvidas, até a tentar darmos e atentar contra a dita simplicidade, desencontrada de si mesma, na propriedade maravilhosa de pertencer a todas as artes. Este ponto vem atentar… contra a facilidade, duplamente, de definir o que seja poesia encarando a Poesia.
O rosto das palavras na Poesia é a sua expressão? Devia ser, mas não é também a sua forma? Não será mais a forma? O que é a expressão, na expressão poética? Em qualquer arte? E na arte particular da Poesia!? É uma alegria, as palavras cheias de «som e fúria significando nada», já vou extrapolando para a literatura!
Nada melhor, parar e reler. Seria ótimo o poema reduzir-se a uma letra, tornar-se simples e visual ao ínfimo, viver das sensações mais primitivas do nosso cérebro, equacionar o problema e não encontrar sequer a incógnita, tudo se resumiria em menos duma palavra. Provavelmente não haveria palavras suficientes para traduzir o espanto, a provocação daria à vocação uma nova dimensão, evocaríamos o sublime sublimado e dado, no limite, como um limite ultra futurista. Faltaria unir estas palavras, descansando então, como Deus ao sétimo dia.
O desafio aqui é mais simples, uma frase dividida em dois versos: um à esquerda, outro à direita, preenchendo o espaço dum extremo ao outro. À esquerda… e à direita:
«Eu deveria estar feliz,
ou sou só um homem de pouca fé?»
A poesia a questionar a Poesia, agora e sempre, espaço para a poesia!
É claro, será sempre a poesia a alargar o espaço e o âmbito da Poesia, «a verdade é que nos salva»!
Se são soubesse alguma das coisas que digo quando falo, muito provavelmente não saberia de todo o que estaria a dizer quando tento falar. A escrever é a mesma coisa, se escrever «a escrever é que as pessoas se entendem» já não é a mesma coisa…
A insatisfação é que nos mata mas, por mim, e, já vai sendo tempo, por fim, fiquei satisfeito. Só me vou queixar da falta dum título, «ou sou só um homem de pouca fé?»
Quando uma obra permite que a partir dela se problematize a realidade, ela só pode ser interessante. Mais um texto, de autor, onde a escrita surge como local de problematização, pelo matiz para a prática de toda a arte. Parabéns!
Um itinerário da construção da teia onde, ao ler, o leitor tenta ficar preso desse discurso do poeta. O discurso duma poetisa que cativa e envolve, pela mestria com que dá as pistas para nos perdermos no labirinto. Disse, escrevi o que sinto. Parabéns!
Bem que gostaria de fazer o resumo, «O Resumo é o bacanal!»
Tentar não custa: «Pra comprovar a teoria...»
Um abraço e, não fica em falta, Parabéns!
Nota: algo falhou na formatação.
http://poemadia.blogspot.com/2011/04/papo-furado-em-serie.html
Regra geral, só por falta de tempo falho, a leitura dos comentários faz parte da leitura dum texto publicado. Essa leitura, ou não, depende sempre da altura em que chego a leitor do texto publicado. No caso dos textos que vou publicando, agora não sou avisado de ter recebido comentários, tenho contudo maneira fácil de ver todos os comentários. Sem precisar de andar a procurar, basta procurar e obter informação detalhada e actual por data de ocorrência dos comentários recebidos. Geralmente não estabeleço diálogo com os leitores através dos comentários, o que faz com que comentar os comentários já tenha sido tema para uma ou outra publicação anterior.
ResponderEliminarAproveito, mais uma altura em que a minha escrita se quedou por conta de fazer comentários, para escrever agradecendo os comentários recebidos! Abraços!!
A mim, tocou a alma e abriu a mente para o recebimento das próximas palavras...
ResponderEliminar♥