domingo, 4 de setembro de 2011

VOZ FALANDO


palavras com seu recorte clássico
a construir um belo labirinto
muito maior que o teor frásico
onde me perco no que sinto

é o soneto que não tem emenda
e sempre se renova com o dizer
de novas vozes indo em sua senda
colher o fruto da vida pelo ser

esta voz falando do silêncio
parece assoar sem filtrar o ar
registando este estranho comércio

dum som que se dá como canto
nada querendo em troca retornar
e não mais falando do que espanto

Poema publicado no POEMA DIA, inspirado e primeiramente publicado aqui

5 comentários:

  1. É possível que os poetas se percam em labirintos. A maior vitória é COLHER O FRUTO DA VIDA PELO SER. Do espanto basta observar a luz por mais discreta e nem sempre observada retorna sempre ao ponto de saída.Foi assim que li você Poeta, se cheguei perto não sei,foi o que minha sensibilidade alcançou. Beijos no coração!

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  2. bb, amiga, chega sempre perto, vai ao dentro e aí fica, onde o coração, como metáfora e fora dela, lhe manda beijos por nós :)

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  3. bb, ainda volto, para pedir para não perguntar como o coração, fora da metáfora, manda beijos. Acho que dentro da metáfora não é mais compreensível e, se fosse, a sua natureza deve ser gasosa: sem volume nem forma definida, tendendo a abranger todo o espaço! :)

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  4. Francisco, fiquei muito feliz e honrada com sua homenagem. Que bom saber que meu soneto lhe serviu de inspiração para este lindo poema!
    Obrigada, do fundo de meu coração.

    Beijos

    Márcia

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  5. Márcia,
    As palavras sempre se contagiam, não como vírus, sim como emoção! Beijos.

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Os comentários que receber serão pessoais, para receber resposta pessoal. Só divulgarei se contiverem esse pedido, justificando o seu motivo. O meu motivo é este, transformar a comunicação numa intenção íntima e (bem) pessoal.