SUXESSO
(surra no realismo, sexo abrupto à bruta? Não!…)
Body Talk II
Se ficar a imaginar, pensando apenas, sem me mover... Se a minha imaginação se direccionar para a fala, acabo por estar a construir um texto. Dessa forma, apreciando a fluência e facilidade de dizer as palavras mais difíceis, faço-o com toda a facilidade! O poeta pode surgir ao mais comum dos mortais, mastigando (um)a frase ou cada uma das palavras. Descobrindo versos, formas e ritmos insuspeitos. Se não paramos, começando a escrever logo, imaginamos a imaginação a misturar-se no movimento e sensações da escrita...
A coisa por aqui anda por acolá e volta e vai, até à definição da intenção ter de tocar as unhas nas cordas da alma: metáfora de tudo e de coisa nenhuma. Caímos na meta física do pensamento, entramos na Metafísica e a filosofia até nem tem de amar o conhecimento, quer o seu sexo? É um suxesso de garantido insucesso, a hipotenusa dum triângulo quadrado. Une a irrealidade ao pensamento, para terem filhos do momento. Dar uma surra no realismo é uma coisa realista, a resposta duma prosa feita com esta disposição.!.
Francisco,
ResponderEliminarQuando tocamos nas cordas da alma com as unhas aguçamos a capacidade de sentir. E sentir é além da carne e por que não naturalmente abrilhantarmos o esplendor sexo com o sentir?
Desculpa Poeta se escrevi algo errado, sou tatua! Beijos no coraçao!
Pensar e sonhar, sonhar e pensar. O realismo se dissipa entre estas duas coisas. Abraços, Francisco!
ResponderEliminarFrancisco, vi vária vezes, espetacular a foto enquanto arte, arte é arte e ponto.
ResponderEliminarTentei livrar-me da primeira idéia, não consegui.
Aflorei meu lado caipira. Se é pra viajar, viajei:
BOLO DE SURUSEX
Ingredientes:
100 gramas de raspafora
Uma colher cheia de noizemuito
Uma xícara de nempensar
Um kilo de tocorreno.
BOM APETITE!
bbrian,
ResponderEliminarBom ser trazido por teu comentário e vir sorrindo, parabéns pelo bolo :))
Jacqueline,
ResponderEliminarA dissipação...
A DISSIPAÇÃO
começo a pensar
até ficar a sonhar
em conformidade
com o realismo
de realizar
verso inteiramente
Assim
Grato pelo comentário! A_braços!!
bbrian,
ResponderEliminarFalou bem (bato palmas)!! > “REGISTO”
REGISTO
Errar é um verbo que gosto de levar pelo seu lado errante, variado, inesperado! Dizer o que se quer, é a possibilidade de acertar sempre! Se se acerta no que os outros querem? Eu gosto de quem também gosta de errar, neste sentido mais sentido do sentir.
Errar sem errar, errar sem falhas, procurar o prazer do dizer no fazer nu - de quem se despe de preocupações, para apenas se ocupar - deste errar onde se funda e funde(m): fazer (prazer) dizer…
Deixar escrito o registo desta escrita, é fazer a escrita deste registo.
R
Registo, logo existo.
Ai Poeta, não tem como não rir. Pensei que o puxão de orelha seria mais forte, rsrsrs!
ResponderEliminarImaginação é imaginação, gosto é gosto e eu respeito.Beijos no coração!
Amiga,
ResponderEliminarTeus comentários vão fazendo o "suxesso" ser aberto e fechado, com nosso encontro em paráda e resposta sempre praseirosa! Um primeiro de três:
OUROANA DOS CABELOS DE OURO (três cantos/contos)
A PASSAR O ESTAR
Ouroana chegou à cidade montada num burro, num tempo em que burros e cavalos ainda eram comum modo de transporte. Sendo possível em poucas palavras dar conta deste começo da acção, fica difícil dizer donde vem, para onde pode ir? Antes de poder ir, tem de passar o estar, é aqui que se colocam todos os problemas que se nos colocam.
Como este é um conto sem a ambição de ter uma história maior que um enunciado onde nos entretemos a ler o que possamos ser levados a pensar pela sua leitura, Ouroana recebeu o seu nome da sua cabeleira cor de ouro e viaja em zona de meridionais onde a sua cor de cabelo e a sua pele branca se demarcam da cor morena dos homens, mulheres e crianças da região.
Ouroana pode procurar uma casa de hóspedes, estalagem ou albergue onde pessoas de passagem são paisagem rotineira. Saberá falar a língua, terá dinheiro para pagar a sua alimentação e estadia. Como evitar ser abordada pelos homens? Essa seria uma fórmula feita da forma distante como se comporta, para já vai resultar. Não tarda irá deitar-se, ninguém a irá acompanhar.
A história é... sobre a importância da imaginação? Beijos do coração!
Imaginar eu imagino Poeta! Mesmo assim rio. De Dona Fea a
ResponderEliminarCantada – Ferreira Gullar
Você é mais bonita que uma bola prateada
de papel de cigarro
Você é mais bonita que uma poça dágua
límpida
num lugar escondido
Você é mais bonita que uma zebra
que um filhote de onça
que um Boeing 707 em pleno ar
Você é mais bonita que um jardim florido
em frente ao mar em Ipanema
Você é mais bonita que uma refinaria da Petrobrás
de noite
mais bonita que Ursula Andress
que o Palácio da Alvorada
mais bonita que a alvorada
que o mar azul-safira
da República Dominicana
Olha,
você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro
em maio
e quase tão bonita
quanto a Revolução Cubana
Uma declaração :)
ResponderEliminar– "Cantada" é um canto cheio de pujança, vai de 707 até à Revolução Cubana, mas você é ainda mais bonita! Poesia é coisa incomparável, vamos na prosa:
IMAGENS PRÓXIMAS
Ouroana só irá parar quando encontrar junto à estrada uma casa de pasto, onde possa ela pastar a pasta da casa. Gosta de massa e está numa região onde ela é famosa, faz um bom tempo que ouve música. Foi fazendo o seu burro retardar a marcha, parece que o cavaleiro que a segue fez o mesmo ao seu cavalo pois não se aproxima. Parece isso sim ser trovador e não haver qualquer dúvida sobre estar a segui-la, quando se deixa seguir e vai meditabunda sentada sobre uma albarda com as duas pernas viradas para a berma da estrada, mais sobre a direita do caminho seguido.
Este conto vai acabar aqui, à hora de mais uma refeição e já no dia seguinte àquele onde a história teve inicio. Mesmo se os dias se podem confundir, um ontem que estava de sol com um hoje igualmente ensolarado. Tanto que Ouroana pôs um lenço garrido a cobrir o cabelo, sem conseguir cobrir a farta e longa cabeleira ainda visível onde não è coberta pelo tecido avermelhado, muito leve parece ser, debruado com uma faixa verde. Larga, pois tem franjas feitas no que parecem ser pequenos encordoados.
Ouroana vai imaginado ser seguida por um trovador a compor uma letra para ela, sem da mesma a sua voz ainda ter deitado mão. Tenho na minha esta história, penso eu na altura em que decidi ir abrir mão dela. Acaba onde o leitor(a) a poderá continuar, compondo na sua imaginação a letra que mereceria haver, para a música imaginada dos sons dum bandolim que talvez seja mais uma viola, cheia de doces sons macios com seu som vibrando no ar - a sofrer o efeito do ar quente - onde a luz parece mover-se criando imagens próximas duma miragem.
– Até amanhã!
Ah Poeta, como você eu também alimento a odisséia.Faz tempo,muito tempo observo.
ResponderEliminarOuroana não é ficção, exitem algumas. E por mais ironizadas e ridicularizadas que sejam são pessoas sábias e atentas, movidas por amor,talvez por isso tão rejeitadas.
Como é possível(seria miragem?) uma tatua compreender Ouroanas?Tenho certeza que surpreendi nessa.
Leitora que sou ja tenho este momento, morrerá comigo, espero o seu. Até amanhã, beijos no coração!
Vamos ver se nossa Odisseia tem uma Ítaca, onde Ulisses volte a casa, onde Ouroana nos dê um terceiro canto do nosso conto. Vamos a ele...
ResponderEliminarA PASTAR O CAVALO
Ouroana não pode ficar muito tempo, isso ela sabe por experiência própria. Caso contrário será importunada, coisa que procura evitar. Já aconteceu: ao sair da cidade no seu burro, dá-se conta de ser seguida. Trata-se dum homem apenas, aparentemente não procura apanhá-la, segue-a. Parou longe, em sítio nenhum, saltou do cavalo; este capina nas ervas da berma da estrada. O cavaleiro parece procurar algo nos alforges, está por ali, ao sol.
Como este é outro conto sem ambição de dizer seja o que for de forma mais informada do que estar de forma informal a informar do que sabe da história quem a vai inventando, Ouroana bebeu duma fonte e senta-se à sombra olhando para o cavaleiro desmontado que foi enrolando um cigarro que acendeu usando uma pederneira. Um desses isqueiros onde o combustível é apenas uma mecha facilmente incendiável, acesa por ação das faíscas duma pedra friccionada lançando chispas.
Ouroana viu como num único gesto acendeu a mecha, soprou para ela ficar em brasa, depois acendeu um cigarro. Olha para ela a uma distancia suficientemente grande para não poder ver onde param os seus olhos, mesmo se é sobre ela que julga incidir a sua atenção. Pode ser sobre a fonte? Estar à espera que ela deixe de estar junto à água, para de seguida vir refrescar-se. Essa seria uma delicadeza que não faz grande sentido, não há como saber de momento.
Cá fico esperando mais um comentário seu :) Bjs
Francisco, Você escreve tão bem e eu não tenho capacidade para interpretar, eu tento ler como posso.A escrita é de cada olhar, às vezes escrevemos A e alguém lê B. Acredito que é sim, sobre a fonte, Ouroana não atrai olhar. A visão que tenho dela é de uma mulher sofrida, com feridas abertas, de rosto marcado e físico nada atraente.Na verdade eu imagino que ela desperta piedade do trovador.Vai viajando Poeta, eu sigo como posso.Beijos no coração!
ResponderEliminarEsquci de dizer Poeta, caso de outro conto que a passividade dela diante de todo sofrimento o irrita muito.Beijos no coração!
ResponderEliminarBBRIAN,
ResponderEliminarAmanhã é sábado, virei continuar nossa conversa ;)
Cá voltamos ao "Suxesso"!
ResponderEliminarbbrian,
Fico aguardando seu "clik", vamos continuar a falar de Ourana?
Bom fim-de-semana!
Beijos do coração!
Tentei clicar, nada apareceu . Beijos no coração!
ResponderEliminarJá activei e avermelhei os "clik" em À CATA TUA! Bjs
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