terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Nós...

No último segundo do ano, publico. 
Nós, ao escrevermos, podemos não saber as respostas mas temos como nossa questão saber como fazer perguntas. Todas elas têm de partir daquilo que tomamos por certo, o aspecto mais difícil. As certezas são crenças, não podemos medir e ter uma unidade física, são toda a experiência metafísica. São as que formam, criam, exigem, dão como dom – Fé; fazem parte do mistério humano: saber o que somos, o único animal capaz de se caracterizar por coisas intangíveis, benzer com água benta, levar aos sentidos todas as bênçãos.
Acho que estou no bom caminho, não chega. O caminho dá uma direcção, não garante o sentido certo. Fazer a pergunta certa não é querer saber onde fica o ponto de chegada, para que lado está em relação ao ponto onde estamos vem primeiro. A geografia por onde orientamos as ideias é muito curiosa, vai da mística à idiotia, da transcendência à coisa. Exacto, enquanto acto, é um desiderato onde não precisamos desidratar a desatar seja o que for. Embora esteja a fazer algum esforço, a calma é a alma (de tudo e coisa nenhuma, em nós). Isto para dizer, enquanto escrevo, como quero ler o que escrevi; ao mesmo tempo, é outro tempo e o mesmo.
Enquanto a mudança não se torna definitiva, quero antes de publicar escrever sobre o que escrevi. Conseguindo, ao fazê-lo, qualquer coisa semelhante ao que conseguirei depois de publicar, uma leitura. O que publico já não é só meu, é nosso. Um osso duro de roer, o esqueleto feito com ideias sobrando das palavras. Uma ideia que tenho sempre presente é a de que a ficção existe na medida em que se pode tornar realidade, o que nos leva dos personagens às pessoas e a nos descobrirmos actores. Quanto ao circo onde ontem me sentava, é hoje um palco do teatro onde a representação se apresenta hoje e sempre. Tendo como pano de fundo a fala, basta pensar. Quando não dizemos nada e mesmo assim escrevemos, é como se "eu" fosse o ectoplasma dum fantasma... a desfazer-se num ataque de asma.
Escrevi frases, histórias, contos breves, com a ideia de poder no conjunto dos dias acabar por apresentar, primeiro uma personagem, depois mais para o fim personagens para, com tudo isso, imaginar ter escrito um romance. Quem gostou, ouvindo a música certa, a imaginação tocando o silêncio, avance, dance, lendo lentamente ou correndo ao encontro dum prazer, sem prazo. Registando dias do ano, horas do dia, minutos na Hora!
Ana ("eu" em árabe)

Resumo de "Ano Bissexto":

Numa agenda de 2012, um ano bissexto, Mina começa a escrever "Ano Bissexto". Depois de concluído, o livro é dado a ler como se se tratasse dum romance ou novela, apresenta a falta de 10 semanas. Esse mistério – surge como fazendo parte do desafio que se faz – na leitura do livro, é leitura. Dez a fio… faltam as semanas de XV (exclusiva) a XXV (inclusiva).

terça-feira, 5 de novembro de 2013

TERÇA-FEIRA 5 DE NOVEMBRO


adoro saborear a morte
com excesso de requinte
dizendo-o quando seja
um momento esperado

eu não espero nada
nem quero saber
acima de tudo
fico meio mudo
 
encaro o mundo
com uma surpresa
de defunto ao fundo
das palavras olhando

uma questão de poesia?
cada interpretação alia
uma verdade própria
do dia ou da noite

saio a andar
sobre a estranheza
desejando o regresso
para poder beber um copo

Acabo De Recordar

(tinha este título
para poder declamar
de castigo, uma vez, duas;
nem uma, calhou assim)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A IDEIA DO POEMA

Dia do "Poema Dia".
Para escrever é muito bom sonhar, acontece num dia em que quero sonhar um poema. Antes de mim, Mina já escreveu ontem: "A IDEIA DO POEMA". Pego na ideia…
D_eixo…
Gosto quando tenho a ideia do poema, ela evoca – das essências aos limites e regressa, volta – do horizonte às mucosas húmidas, denunciando uma inquietação, feita de irrequietude física e mental, vontade de viajar e desvendar mistérios onde a preguiça pesa e a leveza voa.

domingo, 30 de junho de 2013

BOAS HISTÓRIAS

Para meu pai, sem anos feitos, deixo depois de ter sido, tudo que fui. Feito que não lhe adiantará de muito, assim sendo, fica a saber o que perde. A minha colecção de memórias arquivadas de A a Z e de z a a… Como as poderia aceder é fácil, ido para a Eternidade ficaria a sonhar as letras em combinações infinitas, com suas fintas e remates: golooo… Glorioso destino me dou: - Boas histórias, meu Pai!
Vou de férias… o blog de férias fica.
Quem quiser jogue aos dados com a leitura, recolhendo a sorte como sinónimo certo. No dia em que o Brasil ganha mais uma taça, pela Taça das Confederações: Parabéns ao Brasil!

domingo, 23 de junho de 2013

ANCORAR

Domingo, é hoje. Tem tempo de sobra, mãos há obra, vamos fazer um conto daqueles que nascem já prontos. Como se tivesse a ideia e, escrevê-la, fosse soltar a vela e velejar. Com a sensação de voar sobre as vagas, subindo na crista das ondas. Bem, chegar até nem é importante de mais... em vez de aportar, vou ancorar!

sábado, 22 de junho de 2013

SINTO/SINTO

SINTO MIM

sento-me
sem pensar ainda
o que sinto

"sou o que sinto"
a ideia o_corre-me…

leve e remansosa
Assim


SINTO ASSIM

o tempo
de vivermos
juntos

em espírito
e corpo

das palavras

Mim

sexta-feira, 21 de junho de 2013

C)

- Quando me abre* Assim 
   é o Céu
- É o Seu
   e o Meu

(anúncio de Assim & Mim para o MEO)

*abre = abraço (!)

(SOL)

Vou para a Estiva… período estival, chegou o Verão!

(MAR)

Primeiro mergulho na praia

quinta-feira, 20 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

JOGANDO OS DADOS I

Voltando ao dia de ontem, jogando os dados. Manipular o tempo, é a mais bela Rosa para os diálogo, prosa poesia, incluindo os
e
 x
  e
   r
    c
     í
     cios caligráficos.


Fui dar a A)

terça-feira, 18 de junho de 2013

INSPIRAÇÃO/INSPIRO


INSPIRAÇÃO

no fim da linha
dum novo
verso

faço a volta
a outro

até ficar a Mim
Assim
INSPIRO

inspiro perfume
das linhas
a ler

os teus versos
chegando

a mim toda tua
Mim

segunda-feira, 17 de junho de 2013

PSICANÁLISE

Vou para o divã fazer psicanálise: primeiro dou a fala à Psic, logo a Análise dirá de sua justiça. Comecei... a Psic em silêncio, a Análise nada. Perante este cenário imagino que o problema reside nos personagens, para final de história conto o que aconteceu. A história onde me inspirei era perfeita, sentindo-me imperfeita, resolvi ouvir o meu caso. As vozes interiores não vieram, resolvi exteriorizar, escrevi.

domingo, 16 de junho de 2013

PEQUENO-ALMOÇO


Ser, Foder: dar ao duo – a manhã de domingo – para se fazer(!) Meter a boca mater no falo fater, a língua deslizar na vagem, viagem at+e descarrilar, até: es_porrar… A linguagem da viagem é vária, varia, avaria, entra em afasia, esvazia: fica vazia como a concha cheia de memória do dia e noite, da estrela e do açoite, o coiote canta e adianta à Lua: a diante… hora de comer o pequeno: Ate… AtÉ… Até... Ave!


Da publicação ilustrada:
O ser mais o que faz quando procria, a explicação: o Ser a borboleta, Foder uma Ave-do-paraíso, tão feliz que parece ter perdido o juízo. Ideia errada, enganada, nada em boa verdade. A boa da verdade está a dormir e tem sonhos eróticos, é a boca onde o Ser pousa de asas a bater :)))

sábado, 15 de junho de 2013

COISAS DO PÉNIS...


 
Há coisas do pénis que o comum dos mortais desconhece, em boa verdade podemos ficar por aqui... Saber que esse corpo delicado pode ter quatro cabeças, com a cabeça, só se chega lá observando. Ver para crer faz todo o sentido, pois é incrível. Isto acontece com… "a" equidna, é ver para crer.
  http://hypescience.com/o-penis-mais-estra