sábado, 30 de junho de 2012

MOBÍLIA


Chegar ao ponto de partida, imaginar partir para o ponto de chegada. Equacionar a circunstância de forma detalhada, tendo como resultado procurar o que este possa ser, antes de lhe dar tempo a que aconteça. As possibilidades duma tal situação só podem agradar, elas vão-se agravando, na exacta medida em que vamos gravando a possibilidade resultante. Dá a imaginar um sistema vectorial, reproduzindo um campo de forças, de modo a obter o ter de forma ob: obtido, observável, óbvio. Se viu quando, por fim, serviu. Sendo melhor dizer, aceitar, creditar, acreditando: servi-o, óbvio, observável, (ob)tido! O ponto ontológico, no ponto final do texto.

O início coincide com o fim, quando o fim é o princípio. Saber quando isto não acontece, é como ler a carta antes da escrever. Desdobrar a folha guardada no envelope, para só então pensar o que nos traz ao ponto onde escrever é praia das letras. Sentir a rebentação, ouvir o canto do mar, domar a ideia procurando na praia linhas onde se desenha o movimento da maré com seu registo do sucessivo recuo da espuma. O aluvião das frases vai de frase em frase, até ficar o texto final, imutável, finito de infinito, imperturbavelmente imóvel como móvel acabado com gavetas fechadas à espera de ser utilizado, só e apenas por quem o queira utilizar, como (se) fosse uma peça de mobília.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

CONSCIÊNCIA RESIDUAL


(A MUDANÇA)

“…você é o tijolinho que faltava na minha construção...",
A minha consciência é residual, como a água parada, no fundo dum poço. Quando chego a escrever a frase, já esqueci o pensamento que a ela me trouxe. Sou um trouxa, gosto das imagens, sejam elas quais forem. Das visuais às verbais, a única coisa que muda é a mudança em si mesma, como se (SE/se) tivesse um valor próprio. Fazer dela a personagem que se move, é mover-me com o que me move, chega a comover-me a ideia.
É pois com ideias, frases soltas, pensamentos imberbes, resquícios de equinócios, fases da lua, não quero ter uma lua brilhante, grande, escrita a letra maiúscula, duma coisa a outra só cada coisa se entende por si mesma, quando a identificamos dando identidade ao que na nossa imaginação vai acontecendo, sendo a acção. Os verbos vêm, não para vir, ir ou estar, apenas no porque sim, porque não?
Não podia ter guardado para mais tarde, a primeira interrogação teria de acontecer logo no segundo parágrafo para, ao terceiro, já poder desenvolver uma resposta a essa mesma pergunta esperando porém torná-la desnecessária. Não por já ter acontecido, mas por ter acontecido já e, de seguida, só ter de olhar para as horas, sabendo estar na hora de dar por findo mais um parágrafo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

(A)CERTA


«Dá trabalho apetecer!...», M.B.

Não apetecer é bom, tão bom como qualquer certeza. Mau é quando vai contra outra certeza maior, melhor ou mais certa, aquela que acarreta uma necessidade. Saber o que é necessário é a história de todas as vidas, tem de alimentar os contos para sentirmos que são bons ou, pelo menos, valem a pena! Quando isso acontece é como uma farpa colocada no dorso do touro, corre-se um risco mas é certo o prazer. Depois tem esta dimensão física dum risco que dá à escrita uma vitalidade, como só a própria vida faz, permite. A ficção ultrapassa os limites da linha e escreve a página. Não importa o tamanho, é como as certezas, em última ou mesmo na primeira análise, importa a importância. A certeza trá-la consigo quando isso acontece, não há dúvida, é certo.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

BOLA NA TRAVE

Sentei-me tranquilamente a ver a semi-final onde seria apurado o primeiro finalista do Campeonato de Futebol da Europa, depois estive a ver os pontapés, maioritariamente dados na bola do jogo. Isto até chegar aos penáltis, depois do tempo regulamentar e do prolongamento. Nesta fase final do jogo, um guarda-redes de cada equipe, revezando o outro, foram enfrentando jogadores de campo, rematando à baliza a uma distância de 11m da marca das grandes penalidades. Como não estava para ver um jogo ser decidido à sorte, pelo azar de um dos contendores, resolvi ir procurar um rapa-tira-põe-e-deixa, um pião próprio para jogos de sorte ou azar consoante quem recebe uma ou outra destas designações: Rapa, Tira, Põe, Deixa. Quando ia para decidir por minha conta a quem achava ir caber a sorte do jogo, acabei por receber uma mensagem. Claro, para bem da história, o desfecho do jogo acabará neste texto. Dizendo apenas que, depois de ler a mensagem, já não quis saber qual das equipas ia ganhar. Moral da história: as mensagens são demasiado breves e incisivas quando nos transmitem, mesmo que de forma indirecta, um resultado. Em boa verdade, o conhecimento indirecto da realidade é quase como se nos contassem um sonho ou pesadelo como se ele nos fosse transmitido e dado, como a sorte num dado ou rapa. Na verdade não resisto em transmitir, mesmo de forma indirecta, o resultado do jogo. Vou escrever o título, como se fosse a minha vez de mandar… bola na trave. Aplicando efeito na bola, deixo em suspense o leitor? Não, pense sus… to: deste não me refaço, está feito, a bola na trave não entrou, está tudo dito!

terça-feira, 26 de junho de 2012

O CIRCO


«O circo é uma arte, faz parte da cultura, (...) o teatro, os palhaços»,

Acordo esperando a esperança ter algum destino, é sempre a última a acordar. Quando ela acorda com fome e desejo, fúria e gozo, medo e desespero, nesses dias, tão diferentes uns dos outros, não tenho de esperar. Hoje, para variar, não dá acordo de si: - Terá morrido?
Monto o circo, faço os cavalos correr à roda, os cães saltar, a menina pequenina fala alto e é ampliada com a ajuda do megafone e sinto – a esperança a – inundar o peito, a correr nas veias!
O circo está montado, trabalha 24h, sempre volto quando estou com preguiça de trabalhar. O que é preciso? Entrar na roda, no circo e correr com, como… os cavalos.

Xico

segunda-feira, 25 de junho de 2012

OPINIÃO


«formas mais econômicas de praticar meditação»,
MPSquassábia

Nasci numa altura de crise conjugal! Curiosamente fui usado como solução para a crise, meu pai aproximou-se, minha mãe acolheu-nos, isso deu uma série de fotografias de grupo onde eu sou o mais sorridente, tendo concorrência cerrada de meus pais. Parece que esta minha visão das coisas, a qual mostra um pendor para a competição, é uma característica trazida do berço. Talvez seja surpreendente a minha profissão, nela uso uns sapatos exageradamente grandes e uma bola vermelha no nariz, sou palhaço. Minha mãe, ultimamente, vai chorar e rir para as minhas actuações. O meu pai deu baixa, por encaixotamento, em caixão. Tenho paixão antiga pela trapezista, felizmente sou aceite. O meu humor não encontra o acolhimento devido na indiferença que recebe, não valorizo em excesso, tratasse apenas duma opinião; é o que digo, quer dizer, penso; quer dizer, tento não pensar no assunto, é só uma opinião.

domingo, 24 de junho de 2012

CONSCIENTE


«O óbvio  é azucrinante. – Eis uma boa resposta às dúvidas estrondosas»,

Vou ficar refém destas palavras, por isso, esqueço-as. Melhor será deixá-las, dizem apenas o que quiserem e forem capazes. Se isso é tudo e tudo é isto, isso e isto, o tudo do todo se completa!
Depois de ler Freud fiquei com frio na espinha, os cabelos eriçarem na nuca. Só à noite, quando já sonhava profundamente adormecido, me apareceu F. transformado em fantasma. Percebi que tudo se perceberia, se ficasse bem claro como me era caro perceber o subconsciente.
Deixei o subconsciente falar: - Piu!?

sábado, 23 de junho de 2012

EXTRAVAGÂNCIA


«Biografia de quem?»,

Intrigante, mas nada inquietante. Antes pelo contrário, movimenta a imaginação, dá que pensar, o que é sempre agradável quando com a Arte nos entretemos. É uma boa criação, como a lê a sua autora? É uma pergunta que não agrada a muitos autores, não sei se se dará o caso. A resposta é facultativa, claro!
No meu caso nu, todo o excesso é reduzido ao mínimo, o rodízio das palavras é apenas esta extravagância J

sexta-feira, 22 de junho de 2012

BELA ADORMECIDA

«O que posso dizer é que escrevo», 

Até que um dia, saindo das palavras, deixando as frases, acordou com o canto dum galo. Estava mudo, os pensamentos eram agora acordes musicais, escutava música. Como nunca aprendera a representar notas, acordes, sons e tons se entoavam nele, espantado, nem piscava...
Voltou para a cama esperando que a sua Bela Adormecida acordasse e lhe desse um beijo na boca. Era um conto infantil, chegando com a variante de quem dava um beijo a quem. Aos poucos? De repente! Voltava a conhecer ideias, pensamentos, histórias, voltava aos contos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

EFEITO ESPECIAL


" O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele e o psiquiatra cobra o aluguer."


O que leva uma pessoa a interessar-se pela outra é quase sempre o despertar duma troca, uma troca de emoções. Uma das pessoas interessa-se por qualquer coisa na outra, a outra interessa-se por esse interesse. A emoção, essa semente da poesia que as pessoas partilham, surge poesia na Poesia, como uma forma de escrita. Elementar… ter formas de afecto é, com efeito, a matriz.
"Matrix", um filme que se faz com o que pode ser tudo, tudo que é a vida, uma luta alienígena com a criação dos sonhos que nos levam a criar novos mundos? A certeza surge óbvia, como pergunta sem resposta, reposta na pergunta, dúvida apenas, sem procurar certeza alguma. Embora esse seja um "efeito especial", esperamos sempre uma resposta!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

BAILADO


«parece que existe no cérebro uma parte específica que poderíamos chamar memória poética que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida», Kundera citado em

"a insustentável leveza do ser [de te ser]"


A perplexidade tem destas coisas, tem até coisas que não tem! Tem tudo, junta-lhe mais alguma coisa, obtêm a coisa em si. Em si, na coisa, o que é sempre surpreendente. Como se alguma coisa fala-se connosco, mesmo sem sabermos nós responder.
Percebemos uma intenção onde, a coisa nenhuma que se forma como alguma coisa, é o pensamento a cozinhar o momento.
Depois, é só servir as ideias, como se as linhas do texto fossem fios. Imagina-se o esparguete a fazer da espargata inicial da massa dura, uma espiral em torno dum garfo, bailando no movimento duma garfada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

CESÁRIO


«Por obediência às vontades, tracemos nosso reflexo nestas telas.»

Há mulheres que têm a profundidade de uma superfície lisa, plana como a pele que cobre seu corpo. Todas elas se tornam profundas, é onde se funda a Fé, com seus fundamentos capazes de dar a perplexidade aos mais cépticos.
Quanto aos homens, sendo filhos das mulheres, costumam ter mais pelo na pele. As diferenças pouco interessam, para o caso desta história, só conta o que possa ser a perplexidade.
Claro está, não resisti a escrevê-la. Como se a esperasse, saindo para o mundo. Vinda de onde vim, presa pelo umbigo. Sendo eu o produto duma cesariana, a César o que e de César…

Querêncio

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CORPO E ALMA


«Pergunto-me se acaso sentes o que há de encanto no amor sem sangue», E.A.

Prefiro escrever pouco a escrever de mais, ou nada escrever. O conto não têm história pré-definida quando decorre do correr da(s) mão(s) fazendo a escrita, a sua construção é a história curtida de sentir onde a escrita lhe dá corpo e alma.
Não procuro dizer coisas especiosas, mas gosto da viagem de quem procura especiarias, ir, voltar, nos Descobrimentos (onde, dizem, os portugueses ficaram desempregados)!...
Viajo ao Amor, sem deus de asinhas. A Mitologia mia, dei-lhe nome, já era gata e gatinha quando, langorosa, vagarosa se avizinha. Passa a hora a ser dela, vou às festas.

domingo, 17 de junho de 2012

O RISO & O SISO


RISO

Espelho, espelho meu, serei na imagem tua: teu, meu, eu? As palavras nada valem, sem alguém que as leia, como palavras. Palavras são coisas, sem ser. Ser é o acontecer da humanidade, na humanidade e, em verdade, é a humanidade o que encontramos no ser de todas as coisas.
Olhas para mim e sorris, espelho meu. Dá-te vontade de rir a minha confusão, rimos então! Fica como quando atiramos uma pedra na água, só se vê o riso!...

SISO

Estava sisudo a olhar o espelho, quando pensei “Poderá o espelho estar a rir-se, de me ver tão sério?” Mais sério fiquei como saber?? Vou-me transformar em espelho do espelho!!!
Tentei, sem me mover, eliminar a imagem do espelho. Enquanto recriava a imagem ovalada da superfície lisa do vidro, com a folha de estanho por trás e a armação de madeira doirada.

Esqueci tudo, imaginei a primeira manhã do mundo em que alguma coisa, alguém, foi alguém! Muito simplesmente, já era o espelho, só via… quem me olhava.

Patrocínio

sábado, 16 de junho de 2012

ALVO DO BRANCO


«O que eu chamo de paixão pela forma, se é que estou interpretando Whitehead corretamente, é a parte central do que ele chama de experiência de identidade», Rollo May (p.113) A Coragem de Criar

«Talvez, para contrabalançar tanta pressão de sermos garotos-propaganda de nós mesmos, aumentando nosso capital de convencimento na internet ou nas relações de trabalho, deveríamos trocar dicas e experiências sobre práticas de auto-esquecimento. Algo como: "Hummm... Que máximo... Foi como entrar num filme ou ser personagem de um livro», Marta Barcellos em Esquecendo de mim

ALVO DO BRANCO

Quando comecei a respirar soube que era um pássaro, trazia as asas às costas e gostava de voar, mesmo estando poisado. Ao descobrir pensamentos humanos, comecei a regurgitar pelo bico e passei a ser esferográfica. Desde esse momento voo, não quero outra coisa.
Quando encontrei o primeiro poiso, ao passar o bico nas flamulas do peito, descobri na emoção um segredo desconhecido, uma revelação ainda por revelar. Estava pronto para enfrentar o primeiro paradoxo, saber que ele se prolonga e projecta, até poder ser a sombra do último.
A identidade formou-se por acção da luz, o mais alvo do(s) branco(s): nem sombra de sombra, nada s_obrando!…

Otávio

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PALMIRA


«Carlos se atem ao que é postado aqui e valoriza a obra que aqui se desenvolve», EMD

«O Poeta Francisco um personagem. Fosse meu o poema dedicaria a Você, com todo respeito, créditos e autoria criativa do Poeta Danilo MM», Olara

Ater é um verbo a ter em conta, mais para crente que para ateu? Se a Fé é apanágio privilegiado de quem tem uma filiação teológica, aceito duvidar.   

Assim & Mim 15.06.12

CONTO

num papel dobrado
uma história aguarda
ser lida para ela

leva à guarda
de letras

verdades insuspeitas!
Assim

TONTO

como você é belo
dando-me para abrir
um papel meu

só de imaginar
o que conta

sem que saiba o quê!
Mim

PALMIRA 20.08.11

Num bolso – acaba em sua existência de conto – a personagem. O seu percurso, a sua história. Trata-se de um apaixonado, para quem a fantasia toma a existência fantástica que o leva a conhecer o coelho que poderia ser da Alice. Apenas uma das muitas manifestações da sua imaginação apaixonada – capaz de tirar dum dos vários bolsos com que adorna as suas vestes – uma estrela, a lua, inevitáveis flores.
A narrativa não hesita em desafiar a filosofia, banaliza-a, sem lhe dar foros de possuir respostas à altura da realidade. Talvez seja engano da personagem, uma interpretação errónea? Quem se importará de errar, se consegue entrar dentro dum dos seus bolsos, aí ficando na esperança, usando espera de ser encontrado pela sua amada!
Uma personagem interessante, capaz de se pôr no caminho da Filosofia. Não aconteceu, os substantivos às vezes dissipam sua substância: ciência da fantasia? Ela, Palmira; ele, não sabemos.

Newton

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ONTEM


O teu surgir sugeriu-me ter as potencialidades dum personagem, pelo vigor e rigor de quem se situa fazendo duma situação uma cena. Como se faz uma coisa destas? Se todos soubéssemos, o teatro e toda a representação, seria uma coisa simples! Desafiei-te a provar não seres uma mulher, coisa como sabemos provocadora para qualquer macho que se prese. Melhor dizendo, para qualquer um que se torna fácil desprezar.
Continuo rigorosamente onde estava, na apetência em conhecer e ver se tua presença se reforça e materializa na matéria de facto dos factos. E é um facto que a minha aposta está ganha, no prazer pessoal que sinto em ver crescer o autor que de outros faz autores, ou seja, não será, seus personagens?
Nesta vida só se confunde quem fica confuso, mesmo sem desdizer, é bom que se diga que, se fosse capaz de criar como personagem uma pessoa tão rica de matéria humana, meteria mãos à obra e me tornaria romancista.
Aceita que a nossa relação continue nesta senda, sendo matéria ficcional para a nossa mútua compreensão do mundo. Desta forma tão prazenteira e aprazível de partilhar uma realidade moldada de molde a dar forma à forma, de forma à forma, uma vez cheia, dar forma à forma nela.
Isto é tudo menos simples de compreender para quem quer ter certezas onde a certeza se dá à intuição, sem dizer a ninguém o que escrevemos por dedução do trabalho dos dedos sobre um teclado.
Como os últimos são os primeiros, comecei pelo teu comentário! Ah, o tratamento por tu, espero não te importe. Se isso for abrupto, a  Déborah me perdoe na pessoa de seu homem e dela mesma, no caso de ser tomado por despropositado à vontade.
Quanto ao título ONTEM, vou tentar não deixar que se cumpra... tento dar por findo ainda hoje este texto. Tenho de ir ver ainda quem o assina! Seja como for, o autor dos Contos Breves, nunca poderia querer ser autor desta prosa. O que é, no mínimo, uma afirmação digna de ser subscrita por qualquer dos autores deles contos. Pois, fica o segredo revelado, todos foram escolhidos pelo seu sentido de humor, mesmo se não se notar…
Abraço

quarta-feira, 13 de junho de 2012

HOJE


9 publicado, à procura de autor…
Hipólito
Estou passando, para encontrar os autores... em Contos Breves, para actualizar os dias de Junho que vão passando!
Ainda não considero os comentários "bem lidos", mas a minha resposta é também ser leitor deles e agradecer sempre a presença, generosidade, amizade, tudo e mais... com que são e sejam feitos!
Abraço, a_braços!!
Sempre de braços abertos, mesmo para quem queira ser anónimo ou si_nónimo... do que sente em Si (dentro de si)...
Espetador/espectador... sempre quero poder ser, reserv(and)o-me o direito de o ser.
/
Isidro
/
Juvenal
Sempre uma meiga e luminosa presença!
Beijos do coração!
/
Luiz
Teria sido curioso surgir no Dia de Portugal…

Mário

terça-feira, 12 de junho de 2012

ANTES DE DEPOIS


nada x nada = nada...

ANTES DE DEPOIS

As histórias pequenas nascem com a beleza das flores frágeis, belas e efémeras. Vivem a vitalidade da inspiração, com se fossem a preparação de um mergulho para a água ou um salto em altura, projectando o corpo para o ar.
Sobre a fasquia o ajuste da elevação se prepara para a queda, num desamparo controlado esperamos o embate da queda. No entretanto se deu o que nos entretém, o resultado do salto, o superar ou não da fasquia.
As histórias são esta tentação pelo impossível, ficar sobre a fasquia, em equilíbrio, entre antes e depois. 

Teria sido curioso surgir no Dia de Portugal…

quinta-feira, 7 de junho de 2012

NOME PRÓPRIO


Um Diário é habitual ser um registo pessoal, ao ser feito em público, sendo partilhado, ganha outras características. Ontem esse aspecto foi levado à evidência possível, transformando a publicação num conjunto de respostas a quem vem partilhando o blog.
O título "FEITIO(S)", remetendo para uma leitura deixada em epígrafe, sem dúvida chama a atenção para como são os "feitios" a característica mais notória da caracterização, quando incide sobre qualquer aspecto envolvendo um carácter descrito através de caracteres onde, letra a letra, palavra a palavra, cada um se ocupa de si mesmo ou dos outros tentando desvendar a realidade do que são, do que sejam, do que desejam?
Pessoalmente escrevo para ter um registo pessoal, através do qual me revejo numa forma plástica de me religar com o mundo. Esta última característica é dada etimologicamente à religião, de forma religiosa a procuro e pratico.
As imbecilidades próprias e dos outros, curiosamente também ligam as pessoas. Tanto que lhes permitem engalfinhar-se, guerrear, pelejar, lutar. Nada que nos deixe de luto me trás, mas luto por evitar desavenças onde as mesmas não são desejadas.
Uma coisa percebo, é mau quando as pessoas não são capazes de se identificarem, nem para terem um personagem. Quanto a esta última característica, é uma forma de caracterização, tem tudo a ver com o teatro, faz parte do universo da escrita, muito dela um pôr em cena, uma encenação.
O ter tido necessidade de dizer que não me desmultiplico em personagens, explica o porquê de não me agradarem pseudónimos. Se a isto acrescentar uma explicação, tenho o que vou tentar fazer. Acho que tudo que fazemos, para ser valorizado, tem de ter uma explicação. As explicações podem ser difíceis e complexas, não me parece deva ser o caso dum pseudónimo. É pseudónimo para não ter de ser ele mesmo, podendo ficar resguardado e mantendo a posição de observador.
Não tenho nada contra os pseudónimos, já o anonimato é completamente diferente e não tem mesmo nenhuma explicação aceitável. Querer ter opinião, sem ter coragem para ser alguém que assuma responder por ela? Participar numa história, sem fazer parte dela? Ser parte, sem arte? E por aí vai…
Estou a falar depois de ler uma opinião perfeitamente aceitável, feita sobre a capa duma situação que me recuso a justificar. Dito isto, como dar isto a assinar a um autor tão anónimo como o pode ser um "nome próprio"?
Os nomes quase nunca os temos de justificar, foram-nos dados. Deixo que esta seja a situação, assinando com o nome que veio com a história que me trouxe. Neste caso, um nome que pode levar à história. Fica então esta curiosidade de ver como se casa o nome com a história, tudo que neste caso se foi escrevendo.
(já é tarde, amanhã assino :)


Francisco

quarta-feira, 6 de junho de 2012

VIAGEM NO TEMPO

Em vez de repetir a minha foto nas respostas, dou a foto de quem respondo. É como se fosse a pessoa a quem respondo? É... Somos sempre outro, em função dos outros. Ou, não é? Pois é... vejamos como vai ficar – tentar responder – como prognosticado:
quanta responsabilidade há na necessidade de ter habilidade, de ser hábil, lábil. Ter lábia, paleio, ora é uma virtude, ora é visto como coisa de manhoso, enganador, tudo e mais alguma coisa.
Valorizamos ler cada comentário como se fosse único, irrepetível, vou tentar responder como a aragem tocando na flor levando com amor o seu aroma! Não espero dar grandes respostas, boas serão se forem lidas como a atenção que, envolvendo o leitor, me faz, nos faz, leitor e leitores dum momento que – continua(n)do no tempo – é tempo de leitura.
Ainda não aconteceu, vai acontecer. Deve acontecer, como uma viagem no tempo, voltando ao dia 3.
Olá Olara,
Seu convite à comunicação, deu show!
Fiquei assistindo, até ontem publicar a "comunicação" estabelecida nestes comentários. Nessa altura saiu, meu comentário:
A minha amiga acaba de ganhar o 1º Prémio, que tantas vezes lhe é devido, de ser a primeira a comentar a publicação do dia! Dia 3, um dia especial: vem depois do 2, antecede o 4, agradeço a 5!
Uma prenda, medalha ou coisa que a valha, para pôr ao peito: abraço, a_braços!!
Que seria de mim sem você :)
Beijos do coração!
Eleonora,
Uma delícia te ler e acompanhar tuas sugestões, Parabéns!
Beijo(*)
Olara,

Pede para apagar seu comentário, sabendo de antemão minha resposta :)

Beijo do coração!
Eleonora,
Você sendo o eco no oco, mostrando o poder de ressonância, a música dum diálogo que nos diz haver algo, aqui. Obrigado, abrigado em seu peito aceite receber meus bb.s inspirados
Beijos do coração!
«sofreguidão e alma», corpo e espírito, palavra e leito à leitura, rios correndo para o mar, águas evaporando às nuvens, o ciclo completo, as transformações da matéria e toda a léria sem fazer miséria!
«como se fossem dois amantes», o texto e a leitura? A imaginação se apura, a fantasia é pura e tudo o mais nada esteja a mais! Gostei.
Não há repetição, e na sobreposição, acontece a redundância redonda, a dança em roda do dizer, tudo e o que se queira. Espero gostes do reencontro! Encantei :)
Jacira,
Não ia mesmo correr o risco de apagar! Noutro dia, o mês passado, Olara, bbrian?, pediram para apagar, apaguei e desapareceram todos os comentários feitos, sem dar para selecionar o de antes, o depois. E depois, ficou bem? Eu acho, podemos continuar a achar ;)
Francisco
Cada qual com as suas idiossincrasias, ideia de índio :) Cá te deixo uma palavra que gosto, estou correndo para acabar esta empreitada de respostas. Na volta, até já, continuo.

Bordando com o bordão, a agulha de crochê...
Beijos do coração!
Olara, Você dá e pede "um olhar ameno", linda poesia!
Coelho, Carinho meu para esposa e filhotes! :))
O Blogger acaba de ficar saturado com tanto comentário, não estou conseguindo enviar!
Navego no Word, escrevendo por fora…
Coelho,
Agradando a Olara, consegue agradar a todos!
A menção a ‘E’RETO/FALO não passa despercebida, beleza!
A envolvência do comentário chega a todos, toca até Teca; me tocou ;)
Olara,
Vamos viver felizes, é li(n)do, merecido!
Boa, tarde ainda, Jacira!
«Cada pessoa tem a sua maneira de se expressar» tem tanto que se diga, fica transcrito!
Hã-hã... Coelho o terrível!
De 1 – Diálogo com uma possibilidade
a 7 - Um desafio
Foi um belo desafio!
Abraço, a_braços!!

No papel de contista, conto: 
Fui ao dia de ontem, segui Deodoro, lá em "DEODORO" procurei a publicação mais próxima dando-lhe o dia seguinte, nele me encontrei em "(QUASE)" :)

Eliseu

terça-feira, 5 de junho de 2012

FEITIO(S)

«“É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo  o que sinto como o que sinto se transforma lentamente  no que eu digo...»,

«A distribuição da autora dentro de cada uma das figuras é visível, mas é forçoso acentuar que isto não constitui defeito, porque não há a tirania sobre as personagens, mas um feitio próprio de cada uma delas fotografado em linguagem poética pelo feitio da autora. (...) O cuidado em gravar não o acontecimento, mas o eco interior de cada acontecimento, seduz muito mais Clarice Lispector, verdadeira apaixonada disto que os maus poetas tanto desmoralizam: 'o estado d'alma', esse lugar-comum que aqui se revaloriza e se prestigia», Guilherme de Figueiredo, escrevendo sobre "Perto do coração selvagem", primeiro romance de Clarice Lispector.
Está na hora, dar fechamento ao devaneio e captar do mundo obras de espírito, meros "estados de alma"?

Comentários do Dia 03 de junho de 2012


olara, um castelo de sonhos3 de Junho de 2012 21:04
Li tudo Poeta, concordo que o fim é quando nosso físico já não acompanhar ou nossa vontade acabar.
Ah, os personagens, não fossem eles o que seria de nós?
Já lhe fiz mil, disposta a outros milhares e todos muito belos. Milhões não terei tempo. Das coisas que escrevo quase tudo, lembre-se quase, tem um personagem, o Escritor e Poeta Francisco Coimbra. E dai, como são, onde estão? Só eu sei, as traduções ficam na imaginação de quem lê. O Carlos lê de uma maneira, a Betina de outra, Eleonora de outra, Bípede de outra, Você de outra, outros de outras... Bora comunicar!
Beijos no coração!

Eleonora Marino Duarte3 de Junho de 2012 21:13
Casimiro,
Não costumo me alongar em comentários, mas hoje, cativada diante de sua concepção a respeito da criação de personagens e histórias, gostaria de fazer algumas considerações, se me permite, e deixar formuladas questões para as quais gostaria de ver nascer debate e troca de ideias.
• Penso que acertas quando dizes que a «A prosa, a poesia, de certo modo tudo o que é escrito, ou pode ser, por tanto, escrita, é uma tentativa ou a possibilidade de tentar reproduzir a comunicação. Tal com ela existe, tal como a conhecemos, coisas que queremos dizer, coisas que entendemos, coisas que podem ser em diferido, ou seja, eu escrevo para poder ser lido ou para poder ler o que escrevi». Escrevemos para comunicar, certamente, para deixar as impressões expostas em letras, que bem ditas por Francisco Coimbra, são como pinturas em uma tela. Está certo! Registamos, comunicamos, pintamos as letras e delas e com elas construímos a paisagem, que é a história que queremos contar, que imaginamos comunicar com a grafia das frases. A palavra que se imagina vira imagem que se verbaliza.
• Li e achei que desenvolves maravilhosamente as etapas de uma boa escrita. Acho que a questão de criar um outro que não o “eu” que sou e ter sucesso na empreitada é o que divide as pessoas que escrevem em duas categorias, os cronistas, que são os que registam suas impressões sobre as coisas e que dão suas opiniões e por tanto, não se distanciam de suas personas para poder expor suas ideias e emoções e os Escritores, que são aqueles capazes de criar pessoas dentro da pessoa que são, “outros” que agem e vivem de forma muito diversa da forma de quem escreve e mesmo assim passam a verdade de suas existências a ponto de nos comoverem ou nos encherem de raiva ou medo. Então, estes são os personagens. Quando tu chegas ao “personagem”, que é para mim o cerne de toda a história, falas de uma dúvida com relação a não perceber como os outros criam personagens. A questão: «quem é que está na minha presença quando escrevo a presença de alguém» poderia soar para mim como uma pergunta pertinente. O questionamento me levou a pensar sobre a construção de histórias e personagens. Pego o fio da meada de teu texto e aqui faço a consideração que me parece necessária e ainda arrisco, dando como exemplo o Carlos Coelho. O Coelho, que vem a ser o personagem que identificou autores que supostamente estão a procura de um personagem, bem poderia servir de pano de fundo para a explanação magnífica que aqui está, feita por você. Não no sentido de ser um personagem construído, mas sim no sentido de ser um observador de escritores e desejar ser obra, com começo, meio e fim de uma escrita. Em suma, ter uma história! Ter uma história é o desejo de todo o personagem e ter um personagem é o desejo de todo autor. É aqui que amplio a questão da criação para expor a minha dúvida: um autor busca um personagem e assim tem uma história? Ou um personagem busca um autor para ver garantida a sua história? A criação de histórias transcende a necessidade de criar um personagem? Ou a criação de um bom personagem gera, por sua simples existência, uma história a seu redor?
Deixo um link que me parece interessante para ilustrar a criação de personagens e personalidades, de um gênio da questão:
Parabéns pelo texto e pela colocação das imagens, livros abertos nas mais variadas situações, ilustrando perfeitamente cada um dos tópicos. Muito bom mesmo.
Um beijo.*.

olara, um castelo de sonhos3 de Junho de 2012 21:56
Eleonora, sei que a opinião pretendida é a do Poeta Francisco. Aflita que sou me intrometo e peço desculpas.
Eu acho que nem uma coisa nem outra, autores e personagens surgem quando as almas encontram. Quando há uma empatia dos espíritos, canais de comunicação mesmo à distância, mesmo nas diferenças.
Veja o Francisco e eu, eu e você, é algo natural de pessoas que atraem como parte umas das outras. Confesso que já fiz milhares de personagens do Poeta Francisco e de Você, talvez nem escritos.
Tudo parece meio louco quando eu penso Nele e em Você como nos conhecêssemos numa vida real. É muito estranho, mas quem é capaz de entender ou explicar? Beijos no coração!
Francisco, por favor apague esse comentário, fui demais indelicada em opinar parecendo querer antecipar você. Perdão mais uma vez!


Eleonora Marino Duarte3 de Junho de 2012 23:12
minha querida, já tão querida, bbrian,
eu nem consigo imaginar este blog sem a sua presença, muito menos sem as suas observações! fico muito feliz por você responder e dar a opinião, pois coloquei uma questão que nos envolve, tanto como gente que gosta de escrever quanto como leitores: os personagens, seus desdobramentos, suas histórias e criações. estava mesmo esperando a sua opinião!
acho uma graça a sua delicadeza, a sua preocupação, a sua forma tão doce e gentil de mostrar sempre que respeita o espaço, as pessoas... mas, eu considero que somos amigas, mesmo que virtuais, já nos vejo cercadas da virtude de nos querer bem. então, por favor, comente sempre e se antecipe muito, é sinal de cuidado e deferência para com o que se escreve. e gosto! :)))))
um beijo bem grande.


Anónimo 3 de Junho de 2012 23:24
Francisco, li-te até ao fim com alguma sofreguidão e alma. Porque queria ver como seria o desfecho? Não, não foi só por isso. Foi também porque, à medida que te ia lendo fui acompanhando, bebendo a tua escrita, buscando as tuas interrogações, deliciando-me com as conclusões e com as palavras que ficam sempre em aberto. Ler é uma delícia porque nos alimenta e nos abre a novo mundos, completamente intocáveis até ali. Ler-te é ir descobrindo passo a passo o teu planeta, o teu percurso ao serviço seja de que ideia for. Bebi-te fui bebendo as tuas palavras sabendo que me ia saber bem. Ler-te ou ler é mesmo uma transcendência!!!
A questão das personagens encanta-me também. Aprecio o modo como te desdobras, como te "metamorfoseias", como levas a efeito todas as transmutações, como sabes ser versátil, sem deixares de ser fiel a ti próprio.
Ler é tão íntimo que me atreveria a dizer que é como se fossem dois amantes, num uníssono permanente!
Adorei ler-te sobretudo hoje porque abriste mais janelas, mais varandas, mais pessoas que coabitam no teu interior. Beijos no coração! Gostei mesmo! Jacira


Anónimo 3 de Junho de 2012 23:36
Li-te com sofreguidão e alma!
Deliciei-me com as tuas reflexões, conclusões...!
Abriste mais janelas, muitas janelas, e varandas também!
Apaixonei-me pelas pessoas que habitam em ti!
Bebi-te, embriagei-me com o teu dizer!
Isto da escrita é único! Trascendetal! Ler-te é viajar por esse teu planeta fora, que não tem fim. Nem precisa. Lert-te é entrar em comunhão com qualquer uma das tuas ideias, das tuas personagens, tendo-te como pano de fundo! Ler-te é contagiante e inspirador. É algo muito íntimo, eu nem sei explicar!
Li-te com sofreguidão e encantei-me com o teu dizer...
Boa noite beijos no coração!!!
Jacira Amaral

Anónimo 3 de Junho de 2012 23:40
Francisco, por favor apaga o segundo comentário. Pareceu-me que o primeiro não tinha sido publicado! Jacira

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 01:09
Vim comentar mas acabo sendo obrigado a dizer que não percebo, mesmo, seriamente intrigado, o por quê de Jacira querer transformar TUDO o que lê aqui em ato íntimo, ou seja: sexo. Isto é claramente um problema de exibicionismo, sem sombra de dúvidas. Deixa o espaço com um tom de vulgaridade desnecessário e Barthes se revira na sepultura. Compostura é necessária em público, sempre. Não é possível que com tanta intimidade e explícita lasciva, não se possa dizer tais palavras por e-mail, de maneiras que não se comprometa a qualidade da publicação. Se a leitora partilha a cama do autor e quer deixar isto claro para o "público" que crie um blog com suas aventuras sexuaios junto aos mil Franciscos que a possuirem, mas que mantenha por aqui um pouco de compostura. Que vulgaridade, pá!
Não sei quem se diverte com tal situação.
Volto depois.

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 01:13
P.S e ainda copia o pordão iluminado de uma das melhores pessoas da internet. Beijos no coração é a assinatura de Bbrian e faça o favor de respeitá-la!

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 01:36
Digo: Bordão! Mas bem poderia ser perdão, pois Bbrian é uma doçura de criatura!


olara, um castelo de sonhos4 de Junho de 2012 01:54
Agora que vi os beijos no coração da Jacira. Faz mal não, os beijos dela são dela, os meus são meus. Tá tudo bem Coelho. Beijos no coração a la bbrian!


olara, um castelo de sonhos4 de Junho de 2012 02:05
Carlos, preocupa não, o Poeta Francisco conhece minha escrita de cabeça pra baixo. Sabe que não sei escrever, dos meus erros de concordâncias e tudo mais. Saber da minha escrita é a coisa mais fácil do mundo. Beijos no coração, aliás nos corações também de Déborah e filhos.

 

olara, um castelo de sonhos4 de Junho de 2012 16:12
Carlos, quero esclarecer:
Reli o texto da Jacira, sinceramente achei maravilhoso, digno de uma mulher muito bem resolvida. Assim como Jacira bebeu o texto do Poeta Francisco eu bebi o Dela.
De rompante após sua manifestação me incomodou somente a possibilidade de confundirem eu e Jacira. Da expressão Beijos no coração! não sou dona, Jacira ou outras pessoas podem sim usa-la e não considero desrespeito. Minha intenção é deixar claro que não sou Jacira e isso fica muito fácil perceber, visto que Ela escreve espetacular. Tive sim uma tristeza com Ela uma vez que imaginei que Ela fazia o Francisco sofrer, mas isso é da alçada Deles. Carlos, releia Jacira com um olhar ameno e verá que é uma linda poesia. Beijos nos corações! A Você Carlos corações no plural sempre pensando em Déborah e filhos.

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 17:26
Obrigado por sempre ser gentil com minha esposa e filhotes. É muito bom receber teu carinho.

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 17:25
Bbrian, sempre tão doce,
deixe que eu esclareça também, quem não gosta da Jacira sou eu, declaradamente e sem sombra de dúvidas! Reler um texto de Jacira seria para mim revirar-me em metáforas sexuais e pouca poesia, encontro tal coisa em revistas masculinas classe c. Veja lá, escrever é mais do que colocar um amontoado de códigos em papel! Requer alma! O que Jacira faz aqui e eu descobri e a denuncio, é fazer o Francisco de escada e de quebra arrumar umas quecas com ele.
Gosto muito de si, Bbrian, mas não me peças para admirar a arrogante e exibida Jacira, não tem a menor possibilidade. Barthes e os desaforos ainda estão entalados na garganta do Coelho e para dizer a verdade, não estou nem um pouco preocupado com a genitália de Francisco, cujo o contato só tive de forma literária lendo o excelente "ERETO FALO", a fora isso, não sou preocupado com quem os homens levam para suas camas, mesmo que tenha opinião formada sobre isso, não a emito nem para os meus parceiros de pocker as sextas. Lamentarei sim se souber que um poeta tão bom e homem de tanto valor, se mistura com mulheres vazias e mal educadas, que tem o orgulho na frente da afeição, aí eu lamentarei. Por aqui meu problema foi a palavra lançada contra mim e contra si também e contra Eleonora, Teca, leitores deste blog. Claro que a palavra lançada contra o Francisco foi terrível mas se ele não liga, isso é lá com ele. Eu ligo, e muito.
Beijinho.

olara, um castelo de sonhos4 de Junho de 2012 17:38
Esqueça isso Carlos, vamos viver felizes, nem lembro mais do acontecido, nem entendo de Barthes, eu também fiz e faço minhas besteiras, um dos meus piores defeitos é ser impulsiva, mas dai 2 minutos esqueço e arrependo tanto. Como é difícil nos policiarmos, nos polirmos.
Beijos nos corações!

Anónimo 4 de Junho de 2012 22:45
Obrigado bbrian por compreender-me e à minha escrita. Cada pessoa tem a sua maneira de se expressar. A minha pode não agradar a Carlos, paciência. Tem todo o direito de dizê-lo, embora eu considere que ele já disse tudo aquilo várias vezes. Torna-se cansativo, repetitivo e tem com um quê de fanatismo.
Francisco volto mais tarde para trocarmos ideias, palavras, versos ou frases. Admiro-te muito e vou continuar a admirar-te. Não tenho por hábito ficar com nada entalado na garganta. Sempre procurei ser livre e limpa. Não quero deixar de ser como sou. Nunca! Estou viva e tenho uma voz, um sonho, uma "filosofia" que são parte de mim. Gosto de mim como sou. Penso que exibir-me não faz o meu modo de sentir o mundo. Essa bola mágica e bela que nos empurra para a frente e que me faz ser melhor, a cada lua que passa.
Há que fazer um hino, um bailado de borboletas etéreas à vida, que só um artista como Deus e a Natureza souberam arquitetar.Um bailado de poalha de oiro ou de sol deslumbrante!
Boa noite, Francisco! Jacira Amaral

O COELHO DE DÉBORAH4 de Junho de 2012 23:47
Hã-hã... Me engana que eu gosto, Amaral. Ainda bem que posso copiar e colar a qualquer tempo as suas palavras aqui mesmo. Sou fanático por coisas claras e limpas, o oposto de ti. Do jeito que falas tenho certeza, és my preciuzzz e desde sempre esteve a zombar do Francisco.

Comentar?
Acho haver uma boa história, o que aqui procuro reproduzir, dando os sucessivos momentos onde nos envolvemos num tempo que deixo em aberto. Digamos, falta haver a resposta do Francisco aos comentários que lhe foram dirigidos. Imagino uma brevidade nas respostas, uma simplicidade e poder de síntese, um desenvencilhar das questões, um prazer notório pelo prodígio, frases cortadas da peça servida, um rodízio?
Sendo eu apenas um personagem-autor, fico ao dispor de poderes divinatórios capazes de me conduzir a um prognóstico cuja certeza raia o absoluto! O Francisco, se não foramanhã, depois de amanhã, voltará ao dia 3 e lá deixará a sua presença/ pertença, frente/ verso, alimento/ progresso. Não levo muito a sério as palavras quando brincar me diverte, provavelmente: diverte-me brincar!  
Bom, a verdade verdadinha verdadeira é que sou personagem mais que autor, quando todos os autores da série masculina dos Contos Breves aqui se juntam em equipe. Por aqui fico, fiquem bem!

A minha amiga acaba de ganhar o 1º Prémio, que tantas vezes lhe é devido, de ser a primeira a comentar a publicação do dia! Dia 3, um dia especial: vem depois do 2, antecede o 4, agradeço a 5!
Uma prenda, medalha ou coisa que a valha, para pôr ao peito: abraço, a_braços!!
Que seria de mim sem você :)
Beijos do coração!


Ligação na foto, à origem recente onde a fui buscar!