(A MUDANÇA)
“…você é o
tijolinho que faltava na minha construção...",
A minha consciência é residual, como a água
parada, no fundo dum poço. Quando chego a escrever a frase, já esqueci o
pensamento que a ela me trouxe. Sou um trouxa, gosto das imagens, sejam elas
quais forem. Das visuais às verbais, a única coisa que muda é a mudança em si
mesma, como se (SE/se) tivesse um valor próprio. Fazer dela a personagem que se move, é
mover-me com o que me move, chega a comover-me a ideia.
É pois com ideias, frases soltas,
pensamentos imberbes, resquícios de equinócios, fases da lua, não quero ter uma
lua brilhante, grande, escrita a letra maiúscula, duma coisa a outra só cada
coisa se entende por si mesma, quando a identificamos dando identidade ao que
na nossa imaginação vai acontecendo, sendo a acção. Os verbos vêm, não para
vir, ir ou estar, apenas no porque sim, porque não?
Não podia ter guardado para mais tarde, a
primeira interrogação teria de acontecer logo no segundo parágrafo para, ao
terceiro, já poder desenvolver uma resposta a essa mesma pergunta esperando
porém torná-la desnecessária. Não por já ter acontecido, mas por ter acontecido
já e, de seguida, só ter de olhar para as horas, sabendo estar na hora de dar
por findo mais um parágrafo.
sempre quando o venho ler acabo por me interessar, depois de dissecar o conteúdo, pela forma com a qual você escreve.
ResponderEliminara forma me encanta, seja na imagem, seja na modelagem que se aplica ao que se quer desenhar para dar a ver com as palavras. perceber que a sua grande paixão na escrita é a própria escrita é ver a forma (como as que usamos para fazer bolo...) da sua Arte.
gostei muito do texto, do desenrolar, da ideia de ter um objectivo ao almejar terminar um parágrafo, da importância de trabalhar com as palavras.
fui visitar o carpinejar, fui ao blog que se chega pela foto,
fiz o passeio e agora deixo a minha impressão: aqui há arte!
PS.também me pergunto por onde anda bbrian...
mais um beijo.*.
Eu ando aqui Eleonora, lendo vocês, apreciando a arte.
EliminarBeijos no coração!
Eleonora e Olara,
EliminarEleonora registando a sua passagem, deixando pistas da sua acção e leitura, Olara fazendo parte da moldura (introduzindo novo tópico, para amanhã, próximo mês) vindo no apelo! Ler as amigas é sensação no pelo, na pele, onde começa o imaginário e o que é a realidade? Venho de acrescentar um texto MOBÍLIA à mobília do(s) texto(s) publicados.
Beijos do coração!
Poeta, o movimento das ideias, das palavras, de acontecer sem esperar as respostas. Muita vitalidade espiritual e da escrita que brota constante. O Poeta buscando a escrita como o tijolinho que sempre falta e nunca completa.
ResponderEliminarViajei nas imagens,maravilhosas. Beijos no coração!
Devolveria as palavras, de tão perfeitas me parecem, para dizerem o que disse. Obrigado, meus parabéns!
EliminarSabe Poeta, eu gosto de ler sua opinião aos comentários. A mim traz segurança no sentido que aprendi ler um pouquinho. Sua escrita abre caminhos a uma pessoa com tantos limites como eu.Agradeço sempre a oportunidade de aprendizado.Beijos no coração!
Eliminarapareceu a nossa margarida! :)
ResponderEliminarBelo nome para uma flor! ;)
EliminarBoa noite Francisco,
ResponderEliminartal como anunciado, já vim deixar a presença e dizer que já na segunda repasso o seu abraço ao casal.
Vá perdoando minhas limitadas considerações, vou tentar ser atuante em dizer algo que se aproveite.
Abraço meu,
Solange Amaral.
Solange,
EliminarBem vinda! Espero goste e nos ajude a fazer deste blog um convívio, onde a apreciação de cada um é o assumir dum risco sem cálculo, onde todos vamos descobrindo que ao falar do que lemos falamos mais de nós que dos textos. Ou, falamos por igual das duas coisas: objecto e sujeito.
Saber que irá repassar ao casal meu abraço, é ter a certeza que também nos trará as observações do professor e de Dona Isaura sempre que se queiram tornar presença. No entanto, peço deixemos o mistério rodear as nossas pessoas, pois as histórias vivem do que ficcionamos da realidade.
Abraço seu, meu.
Francisco,
ResponderEliminarbom dia,
o autor do primeiro texto dispensa perfis psicológicos, é um cara que a vida dotou de sabedoria e afecto e vive a felicidade de ser pleno no que faz. Eu o admiro!
O segundo autor é o autor deste blog, um homem que também admiro mas que tenho o cuidado de guardar as minhas anotações psicológicas a respeito dele para quando for publicar a biografia dele na toca. Toca a andar! Rs
Consciência residual é um texto que eu usaria para ilustrar alguma fala minha, se fosse convidado a dizer sobre o ócio criativo e a manifestação artítica. Gostei bastante e a escolha da imagem foi perfeita.
Estou econômico? Verdade, estou sem tempo nenhum...
Tendo eu deixado um recado para a nossa querida bbrian, minha tatua predileta, espero encerrar a ausência dela imediatamente pois se ela desaparecer daqui ou da toca eu entro na toca e não saio mais. Ouviu, bbrian?
Abraço, amigo.
Ouvi sim Senhor!Como um Coelho tão divertido e inteligente ficar na toca? Eu tiro Você de la nem que tenha pedir ajuda a Deborah.Meu terapeuta oras! Beijos nos corações!
EliminarCarlos Coelho e Olara,
EliminarCC falou bem, Olara respondeu. Eu venho dar razão a Olara com MOBÍLIA, às vezes a vontade de comentar se fica pela ausência dela. O que se vem registando e registo, é o prazer de comentar quem comenta. Fomentamos deste modo uma fome de outro tipo de alimento muito além da razão, o sentimento. Belo alimento, de que ambos são férteis.
Beijos do coração!
Poeta, sou ficcionista é a única coisa que posso ser.E acho a ficção a forma de sentimentos.
EliminarMas a razão é insistente e algumas vezes me pega, então entro num processo de silêncio como estivesse armazenando folego e passa. Acho momentos racionais também importantes é um encontro verdadeiro do nosso eu com nosso eu.Beijos no coração!
Não resisto: acho engraçado me chamar de Olara.Beijos no coração!
EliminarCoelho, eu nao desapareço é que às vezes não entendo nada que escrevem.São tantos, rsrsrs!Beijos no coração!
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