domingo, 3 de junho de 2012

COMUNICAÇÃO


1 – Diálogo com uma possibilidade

A prosa, a poesia, de certo modo tudo o que é escrito, ou pode ser, por tanto, escrita, é uma tentativa ou a possibilidade de tentar reproduzir a comunicação. Tal com ela existe, tal como a conhecemos, coisas que queremos dizer, coisas que entendemos, coisas que podem ser em diferido, ou seja, eu escrevo para poder ser lido ou para poder ler o que escrevi. Acontece que, sempre que se escreve em função desta reprodução que há da realidade, damos conta que há alguém que escreveu, e esse alguém que escreveu por vezes apercebemos que não faz sentido nenhum sermos nós, porque nós estamos a escrever uma possibilidade de dizer coisas, coisas que dizemos para ouvir essa possibilidade e por tanto pôr em cena, criar um cenário, de algo que é um diálogo com uma possibilidade.

2 – O que é

O que é que acontece quando tentamos aprofundar essa possibilidade? Bom, podemos dizer que somos nós. Vamos perpetrar desenvolver a actividade de nos identificarmos com o que estamos a escrever, com o que estamos a pensar no momento em que escrevemos. E pronto! Não fazemos mais do que isto, que é tentar assumir um personagem, a pessoa que aparece aos nossos próprios olhos e de quem queira ler o que estamos a escrever, como sendo alguém que se realiza através daquilo que está a pôr por escrito quem escreve. Só que, quando isso acontece, eu sinto-me um proscrito. Alguém que, de certa maneira, se afastou de si próprio. Porque eu quereria pôr-me como um espectador daquilo que escrevo, então é a tal situação de como é que eu consigo ser o personagem que estou a criar, não querendo ser esse mesmo personagem.

3 – Como é

Como é que crio um “outro” que não eu? E (a)parece-me que o processo é sempre o mesmo, porque vou ter que descobrir a realidade que se cria com a escrita, lendo a realidade que outros já criaram e eu posso entender ou tentar entender ou entender sempre de alguma maneira, mesmo que seja uma maneira desentendida de entender os factos, que é: não percebo como é que os outros fazem personagens e nem como, nem o porquê e para quê. Ao fim, ao cabo, é assim, se eu entendesse, não estava para aqui a perder-me nestas cogitações. Ao ponto de… Fazia o que queria e o que acontece seria, passar para o outro. Passar para o dito cujo personagem, o tal processo onde me sinto preso. Um proscrito, ao estar afastado dos outros, está afastado do convívio. Como vou conviver com esta situação de desenvolver uma reflexão no vazio?

4 – Quem é

Se me levasse a algum lado, levar-me-ia a entender quem é que está na minha presença quando escrevo a presença de alguém. Sendo que, esse alguém, não entendo seja eu e também não entendo que não possa ser, que não seja. Ou seja, não entendo de que maneira é que eu posso deixar de ser eu. Vamos aos factos, os factos são estes: 
Quando nos lemos é diferente daquilo que escrevem as outras pessoas, as outras pessoas escrevem como sendo elas, assinam, fazem reflexões, tomam notas, criam seus próprios diários onde anotam leituras, as mais variadas possíveis, por aí vai...
São as suas cartas para este ou para aquele, por causa disto ou por causa daquilo, são felizes com certeza, porque estão a escrever aquilo que lhes vem a cabeça com a perspectiva de tudo que possam querer.

5 – O que acontece

O que acontece quando projectam um outro personagem? Dão-lhe um nome, contam uma história onde seja essa pessoa a mover-se. Dessa maneira, penso eu, criam novos universos, movem-se noutras esferas, duplicam-se, multiplicam-se, recriam-se, criam novas realidades e pronto, é aqui que estou. Será que estou a criar uma nova realidade? Com certeza que não, estou é a problematizar a realidade tal como ela se impõe. Saber se dando um nome novo a esta pessoa que escreve, supostamente projectada de mim ou sem suposição nenhuma... Isto não passa de uma tentativa, a tentativa de conseguir criar um personagem. Só que, é um personagem que tem um interesse tão relativo como dar importância a este facto e conseguir consubstanciá-lo. Então seria uma história, e este personagem estaria a debater-se com este ponto de partida de se afirmar como tendo, por exemplo, autonomia e depois teria que ter interesse este debate que ele tem consigo próprio e por tanto chegaria a um final.

6 – Um final

Ao haver um final há um trânsito, um evoluir e depois, o final encerra a história ou deixa-a em aberto. Como é que se pode encerrar uma história destas, dar uma conclusão a este tipo de preocupação ou ocupação em discernir o que é isto de criar um personagem? Como não consigo ficar feliz com nenhuma solução para o problema, o problema existe. Existe de que maneira? Em que medida? Existe desta maneira, se agora desse um nome à presença deste texto, uma assinatura e teria criado um António, um Belmiro, um Caetano, um Delmino, uma coisa qualquer que pudesse seguir as letras do abecedário, quando chegasse ao Z, dava um salto no espaço e caía de pé sem assentar em nenhum ponto especial, visto que já tinha esgotado as letras todas e por tanto, tinha que criar um abecedário novo, desenhar uma letra qualquer que fosse um símbolo ainda desconhecido. Entrava em órbita, fazia o pino, era muito feliz… se por acaso estivesse muito bem-disposto com aquilo que tinha acabado de fazer. O que acontece é que nunca se chega a um fim numa situação destas que passou a ser um pouco um problema vital, um problema de vida, se assim quisermos, e que vida é essa? É a vida da escrita.
Vida da escrita à qual só de uma forma muito limitada consigo dar corpo, na medida em que coisas como estas que eu estou a viver neste momento, são ideias de paquiderme, uma coisa gigantesca que só tem lugar para mim nos livros. Livros que não sou capaz de escrever, porque não tenho paciência para isto que estou a fazer neste momento. 


7 - Um desafio

Um desafio este de ir pondo palavras no papel, enchendo folhas, folhas, folhas, para ver quem é que tem paciência para ler um texto tão comprido. Porque eu, eu talvez até fosse capaz de o fazer se o texto me fosse mandado por alguém que eu tenha em consideração e no fim tivesse vontade de dizer: Ora sim senhor/a, consegui ler até ao fim e devo-te dizer que não achei que fosse um tempo perdido, porque acho que… porque sim, porque disse, porque deixa, encontrei coisas com interesse como a persistência num tema onde parece que não encontras solução para o mesmo e realmente a solução para a vida continua ainda a ser a Morte e olha, sempre que escrevas textos como este podes mandar, porque acho piada. Agora vamos ver onde é que pia a piada, frases como esta e como aquela… são sempre interessantes e pronto, lá tinha eu que estar a ler o que escrevi, coisa que provavelmente não irei fazer, mas como pode haver sempre o tal amigo que receba aquilo que eu estou a escrever e que tenha paciência de ler, quanto mais não seja para descobrir a tal frase interessante, ou frases ou a persistência de um problema que se vai resolvendo porque, enquanto à vida sabe-se que há-de haver um final e é isso! Se vocês estão aqui e aqui chegaram sem dar grandes saltos de cavalo, é porque ainda devem estar à procura de saber com é que isto acaba. Bom, olha, acaba de morte natural, cansaço, as células todas a estrebucharem, as letras que já não querem sair e pronto, é um ponto final parágrafo.
Um final, nunca é o final.

38 comentários:

  1. Li tudo Poeta, concordo que o fim é quando ñosso físico ja não acompanhar ou nossa vontade acabar.
    Ah, os personagens, não fossem eles o que seria de nós?
    Já lhe fiz mil, disposta a outros millhares e todos muitos belos. Milhoes não terei tempo.Das coisas que escrevo quase tudo, lembre-se quase, tem um personagem, o Escritor e Poeta Francisco Coimbra.E dai, como são, onde estao? Só eu sei, as traduções ficam na imaginação de quem lê.O Carlos lê de uma maneira, a Betina de outra, Eleonora de outra, Bípede de outra, Você de outra, outros de outras...Bora comunicar!
    Beijos no coração!

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    1. Olá Olara,
      Seu convite à comunicação, deu show!
      Fiquei assistindo, até ontem publicar a "comunicação" estabelecida nestes comentários. Nessa altura saiu, meu comentário:
      http://diariodedetrasii.blogspot.pt/2012/06/feitios.html

      A minha amiga acaba de ganhar o 1º Prémio, que tantas vezes lhe é devido, de ser a primeira a comentar a publicação do dia! Dia 3, um dia especial: vem depois do 2, antecede o 4, agradeço a 5!
      Uma prenda, medalha ou coisa que a valha, para pôr ao peito: abraço, a_braços!!
      Que seria de mim sem você :)
      Beijos do coração!

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    2. Pois é Poeta eu sempre disse que sou intrometida e provocadora.O que não falo no real por timidez falo na net.Estou até contando uma história aos poucos num exercício de conter minha aflição.
      Esse prêmio é da Betina. Posso ser a primeira a comentar mas é Ela que sabe comentar.Então é Dela por devida capacidade.Que seria de mim sem a Betina para interpretar seus textos? Que seria de nós sem Você Poeta?
      Vou de feriado longo, beijos nos corações!

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  2. Casimiro,

    Não costumo me alongar em comentários, mas hoje, cativada diante de sua concepção a respeito da criação de personagens e histórias, gostaria de fazer algumas considerações, se me permite, e deixar formuladas questões para as quais gostaria de ver nascer debate e troca de ideias.

    • Penso que acertas quando dizes que a «A prosa, a poesia, de certo modo tudo o que é escrito, ou pode ser, por tanto, escrita, é uma tentativa ou a possibilidade de tentar reproduzir a comunicação. Tal com ela existe, tal como a conhecemos, coisas que queremos dizer, coisas que entendemos, coisas que podem ser em diferido, ou seja, eu escrevo para poder ser lido ou para poder ler o que escrevi». Escrevemos para comunicar, certamente, para deixar as impressões expostas em letras, que bem ditas por Francisco Coimbra, são como pinturas em uma tela. Está certo! Registamos, comunicamos, pintamos as letras e delas e com elas construímos a paisagem, que é a história que queremos contar, que imaginamos comunicar com a grafia das frases. A palavra que se imagina vira imagem que se verbaliza.

    • Li e achei que desenvolves maravilhosamente as etapas de uma boa escrita. Acho que a questão de criar um outro que não o “eu” que sou e ter sucesso na empreitada é o que divide as pessoas que escrevem em duas categorias, os cronistas, que são os que registam suas impressões sobre as coisas e que dão suas opiniões e por tanto, não se distanciam de suas personas para poder expor suas ideias e emoções e os Escritores, que são aqueles capazes de criar pessoas dentro da pessoa que são, “outros” que agem e vivem de forma muito diversa da forma de quem escreve e mesmo assim passam a verdade de suas existências a ponto de nos comoverem ou nos encherem de raiva ou medo. Então, estes são os personagens. Quando tu chegas ao “personagem”, que é para mim o cerne de toda a história, falas de uma dúvida com relação a não perceber como os outros criam personagens. A questão: «quem é que está na minha presença quando escrevo a presença de alguém» poderia soar para mim como uma pergunta pertinente. O questionamento me levou a pensar sobre a construção de histórias e personagens. Pego o fio da meada de teu texto e aqui faço a consideração que me parece necessária e ainda arrisco, dando como exemplo o Carlos Coelho. O Coelho, que vem a ser o personagem que identificou autores que supostamente estão a procura de um personagem, bem poderia servir de pano de fundo para a explanação magnífica que aqui está, feita por você. Não no sentido de ser um personagem construído, mas sim no sentido de ser um observador de escritores e desejar ser obra, com começo, meio e fim de uma escrita. Em suma, ter uma história! ter uma história é o desejo de todo o personagem e ter um personagem e o desejo de todo autor. É aqui que amplio a questão da criação para expor a minha dúvida: um autor busca um personagem e assim tem uma história? Ou um personagem busca um autor para ver garantida a sua história? A criação de histórias transcende a necessidade de criar um personagem? Ou a criação de um bom personagem gera, por sua simples existência, uma história a seu redor?


    Deixo um link que me parece interessante par ilustrar a criação de personagens e personalidades, de um gênio da questão:

    http://www.youtube.com/watch?v=bAeQbfOFUzo&feature=related

    Parabéns pelo texto e pela colocação das imagens, livros abertos nas mais variadas situações, ilustrando perfeitamente cada um dos tópicos. Muito bom mesmo.

    Um beijo.*.

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    1. Eleonora,
      Uma delícia te ler e acompanhar tuas sugestões, Parabéns!
      Beijo(*)

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  3. Eleonora, sei que a opinião pretendida é a do Poeta Francisco.Aflita que sou me intrometo e peço desculpas.
    Eu acho que nem uma coisa nem outra, autores e personagens surgem quando as almas encontram.Quando há uma empatia dos espíritos, canais de comunicação mesmo à distância, mesmo nas diferenças.
    Veja o Francisco e eu, eu e você, é algo natural de pessoas que atraem como parte umas das outras.Confesso que já fiz milhares de personagens do Poeta Francisco e de Você, talvez nem escritos.
    Tudo parece meio louco quando eu penso Nele e em Você como nos conhecêssemos numa vida real.É muito estranho, mas quem é capaz de entender ou explicar? Beijos no coração!
    Francisco, por favor apague esse comentário, fui demais indelicada em opinar parecendo querer antecipar você.Perdão mais uma vez!

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    1. minha querida, já tão querida, bbrian,

      eu nem consigo imaginar este blog sem a sua presença, muito menos sem as suas observações! fico muito feliz por você responder e dar a opinião, pois coloquei uma questão que nos envolve, tanto como gente que gosta de escrever quanto como leitores: os personagens, seus desdobramentos, suas histórias e criações. estava mesmo esperando a sua opinião!

      acho uma graça a sua delicadeza, a sua preocupação, a sua forma tão doce e gentil de mostrar sempre que respeita o espaço, as pessoas... mas, eu considero que somos amigas, mesmo que virutais, já nos vejo cercadas da virtude de nos querer bem. então, por favor, comente sempre e se antecipe muito, é sinal de cuidado e deferencia para com o que se escreve. e gosto! :)))))

      um beijo bem grande.

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    2. Francisco,li-te até ao fim com alguma sofreguidão e alma. Porque queria ver como seria o desfecho? Não, não foi só por isso. Foi também porque, à medida que te ia lendo fui acompanhando, bebendo a tua escrita, buscando as tuas interrogações, deliciando-me com as conclusões e com as palavras que ficam sempre em aberto. Ler é uma delícia porque nos alimenta e nos abre a novo mundos, completamente intocáveis até ali. Ler-te é ir descobrindo passo a passo o teu planeta, o teu percurso ao serviço seja de que ideia for. Bebi-te fui bebendo as tuas palavras sabendo que me ia saber bem. Ler-te ou ler é mesmo uma transcendência!!!
      A questão das personagens encanta-me também.Aprecio o modo como te desdobras, como te "metamorfoseias", como levas a efeito todas as transmutações, como sabes ser versátil, sem deixares de ser fiel a ti próprio.
      Ler é tão íntimmo que me atreveria a dizer que é como se fossem dois amantes, num uníssono permanente!
      Adorei ler-te sobretudo hoje porque abriste mais janelas, mais varandas, mais pessoas que coabitam no teu interior. Beijos no coração! Gostei mesmo! Jacira

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    3. Olara,
      Pede para apagar seu comentário, sabendo de antemão minha resposta :)
      Beijo do coração!

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    4. Eleonora,
      Você sendo o eco no oco, mostrando o poder de ressonância, a música dum diálogo que nos diz haver algo, aqui. Obrigado, abrigado em seu peito aceite receber meus bb.s inspirados
      Beijos do coração!

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    5. «sofreguidão e alma», corpo e espírito, palavra e leito à leitura, rios correndo para o mar, águas evaporando às nuvens, o ciclo completo, as transformações da matéria e toda a léria sem fazer miséria!
      «como se fossem dois amantes», o texto e a leitura? A imaginação se apura, a fantasia é pura e tudo o mais nada esteja a mais! Gostei.

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  4. Li-te com sofreguidão e alma!
    Deliciei-me com as tuas reflexões, conclusões...!
    Abriste mais janelas, muitas janelas, e varandas também!
    Apaixonei-me pelas pessoas que habitam em ti!
    Bebi-te, embriagei-me com o teu dizer!
    Isto da escrita é único! Trascendetal! Ler-te é viajar por esse teu planeta fora, que não tem fim. Nem precisa. Lert-te é entrar em comunhão com qualquer uma das tuas ideias, das tuas personagens, tendo-te como pano de fundo! Ler-te é contagiante e inspirador. É algo muito íntimo, eu nem sei explicar!
    Li-te com sofreguidão e encantei-me com o teu dizer...
    Boa noite beijos no coração!!!
    Jacira Amaral

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    1. Não há repetição, e na sobreposição, acontece a redundância redonda, a dança em roda do dizer, tudo e o que se queira. Espero gostes do reencontro! Encantei :)

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  5. Francisco, por favor apaga o segundo comentário. Pareceu-me que o primeiro não tinha sido publicado! Jacira

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    1. Jacira,
      Não ia mesmo correr o risco de apagar! Noutro dia, o mês passado, Olara, bbrian?, pediram para apagar, apaguei e desapareceram todos os comentários feitos, sem dar para selecionar o de antes, o depois. E depois, ficou bem? Eu acho, podemos continuar a achar ;)
      Francisco

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  6. Vim comentar mas acabo sendo obrigado a dizer que não percebo, mesmo, seriamente intrigado, o por quê de Jacira querer transformar TUDO o que lê aqui em ato íntimo, ou seja: sexo. Isto é claramente um problema de exibicionismo, sem sombra de dúvidas. Deixa o espaço com um tom de vulgaridade desnecessário e Barthes se revira na sepultura. Compostura é necessária em público, sempre. Não é possível que com tanta intimidade e explícita lasciva, não se possa dizer tais palavras por e-mail, de maneiras que não se comprometa a qualidade da publicação. Se a leitora partilha a cama do autor e quer deixar isto claro para o "público" que crie um blog com suas aventuras sexuaios junto aos mil Franciscos que a possuirem, mas que mantenha por aqui um pouco de compostura. Que vulgaridade, pá!
    Não sei quem se diverte com tal situação.
    Volto depois.

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    1. P.S e ainda copia o pordão iluminado de uma das melhores pessoas da internet. Beijos no coração é a assinatura de Bbrian e faça o favor de respeitá-la!

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    2. Digo: Bordão! Mas bem poderia ser perdão, pois Bbrian é uma doçura de criatura!

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    3. Cada qual com as suas idiossincrasias, ideia de índio :) Cá te deixo uma palavra que gosto, estou correndo para acabar esta empreitada de respostas. Na volta, até já, continuo.

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    4. Bordando com o bordão, a agulha de crochê...
      Beijos do coração!

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  7. Agora que vi os beijos no coração da Jacira.Faz mal não, os beijos dela são dela, os meus são meus.Tá tudo bem Coelho. Beijos no coração a la bbrian!

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    1. Carlos, preocupa não, o Poeta Francisco conhece minha escrita de cabeça pra baixo. Sabe que não sei escrever, dos meus erros de concordâncias e tudo mais.Saber da minha escrita é a coisa mais fácil do mundo. Beijos no coração, aliás nos corações também de Déborah e filhos.

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    2. Olara,
      Nossa e de toda a gente, a grande metáfora, batendo do peito, em nós...
      Beijos do coração!

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  8. Carlos, quero esclarecer:
    Reli o texto da Jacira, sinceramente achei maravilhoso, digno de uma mulher muito bem resolvida.Assim como Jacira bebeu o texto do Poeta Francisco eu bebi o Dela.
    De rompante após sua manifestação me incomodou somente a possibilidade de confundirem eu e Jacira.Da expressão Beijos no coração! não sou dona, Jacira ou outras pessoas podem sim usa-la e nao considero desrespeito. Minha intenção é deixar claro que não sou Jacira e isso fica muito fácil perceber, visto que Ela escreve espetacular.Tive sim uma uma tristeza com Ela uma vez que imaginei que Ela fazia o Francisco sofrer, mas isso é da alçada Deles.Carlos, releia Jacira com um olhar ameno e verá que é uma linda poesia. Beijos nos corações!A Você Carlos corações no plural sempre pensando em Déborah e filhos.

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    1. Obrigado por sempre ser gentil com minha esposa e filhotes. É muito bom receber teu carinho.

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    2. Olara, Você dá e pede "um olhar ameno", linda poesia!
      Coelho, Carinho meu para esposa e filhotes! :))
      O Blogger acaba de ficar saturado com tanto comentário, não estou conseguindo enviar!
      Navego no Word, escrevendo por fora…

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    3. Coelho é um sucesso!beijos nos corações!

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  9. Bbrian, sempre tão doce,
    deixe que eu esclareça também, quem não gosta da Jacira sou eu, declaradamente e sem sombra de dúvidas! Reler um texto de Jacira seria para mim revirar-me em metáforas sexuais e pouca poesia, encontro tal coisa em revistas masculinas classe c. Veja lá, escrever é mais do que colocar um amontoado de códigos em papel! Requer alma! O que Jacira faz aqui e eu descobri e a denuncio, é fazer o Francisco de escada e de quebra arrumar umas quecas com ele.
    Gosto muito de si, Bbrian, mas não me peças para admirar a arrogante e exibida Jacira, não tem a menor possibilidade. Barthes e os desaforos ainda estão entalados na garganta do Coelho e para dizer a verdade, não estou nem um pouco preocupado com a genitália de Francisco, cujo o contato só tive de forma literária lendo o excelente "ERETO FALO", a fora isso, não sou preocupado com quem os homens levam para suas camas, mesmo que tenha opinião formada sobre isso, não a emito nem para os meus parceiros de pocker as sextas. Lamentarei sim se souber que um poeta tão bom e homem de tanto valor, se mistura com mulheres vazias e mal educadas, que tem o orgulho na frente da afeição, aí eu lamentarei. Por aqui meu problema foi a palavra lançada contra mim e contra si também e contra Eleonora, Teca, leitores deste blog. Claro que a palavra lançada contra o Francisco foi terrível mas se ele não liga, isso é lá com ele. Eu ligo, e muito.
    Beijinho.

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    1. Coelho,
      Agradando a Olara, consegue agradar a todos!
      A menção a ‘E’RETO/FALO não passa despercebida, beleza!
      A envolvência do comentário chega a todos, toca até Teca; me tocou ;)

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    2. Poeta ainda compro ERETO/FALO, vai ser o primeiro livro lido da minha vida. Prá não ser tão vergonhoso li um até hoje, A HIERARQUIA DOS ILUMINADOS que acabei emprestando a um amigo e nunca me devolveu.
      Mas o seu vou ler! Beijos no coração!

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    3. Querida bbrian,
      Sou agente literária do Assim Mesmo no Rio de Janeiro, se quiser o livro é só entrar em contato comigo por email:
      eleonoramduarte@gmail.com
      ou on-line através do site da Livraria Arlequim (deixei o link no meu nome), basta procurar Ereto Falo:
      http://www.arlequim.com.br/listbusca.php?page=1
      ;)
      Beijos!

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  10. Esqueça isso Carlos, vamos viver felizes, nem lembro mais do acontecido,nem entendo de Barthes, eu também fiz e faço minhas besteiras, um dos meus piores defeitos é ser impulsiva, mas dai 2 minutos esqueço e arrependo tanto.Como é dificil nos policiarmos, nos polirmos.
    Beijos nos corações!

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  11. Obrigado bbrian por compreender-me e à minha escrita. Cada pessoa tem a sua maneira de se expressar. A minha pode não agradar a Carlos, paciência. Tem todo o direito de dizê-lo, embora eu considere que ele já disse tudo aquilo várias vezes. Torna-se cansativo, repetitivo e tem com um quê de fanatismo.
    Francisco volto mais tarde para trocarmos ideias, palavras, versos ou frases. Admiro-te muito e vou continuar a admirar-te. Não tenho por hábito ficar com nada entalado na garganta. Sempre procurei ser livre e limpa. Não quero deixar de ser como sou. Nunca! Estou viva e tenho uma voz, um sonho, uma "filosofia" que são parte de mim. Gosto de mim como sou. Penso que exibir-me não faz o meu modo de sentir o mundo. Essa bola mágica e bela que nos empurra para a frente e que me faz ser melhor, a cada lua que passa.
    Há que fazer um hino, um bailado de borboletas etéreas à vida, que só um artista como Deus e a Natureza souberam arquitetar.Um bailado de poalha de oiro ou de sol deslumbrante!
    Boa noite, Francisco! Jacira Amaral

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    1. Boa, tarde ainda, Jacira!
      «Cada pessoa tem a sua maneira de se expressar» tem tanto que se diga, fica transcrito!

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  12. Hã-hã... Me engana que eu gosto, Amaral. Ainda bem que posso copiar e colar a qualquer tempo as suas palavras aqui mesmo. Sou fanático por coisas claras e limpas, o oposto de ti. Do jeito que falas tenho certeza, és my preciuzzz e desde sempre esteve a zombar do Francisco.

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  13. Hã-hã... Coelho o terrível!
    De 1 – Diálogo com uma possibilidade
    a 7 - Um desafio
    Foi um belo desafio!
    Abraço, a_braços!!

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Os comentários que receber serão pessoais, para receber resposta pessoal. Só divulgarei se contiverem esse pedido, justificando o seu motivo. O meu motivo é este, transformar a comunicação numa intenção íntima e (bem) pessoal.