sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

10

CANTA

vibrando agudo
como gritos
sua voz

machadadas
de som

fantástica ave.!.
Assim

7 comentários:

  1. CANTO

    tua voz voa elo
    vindo voo
    a voar

    fantástica
    - Ave!

    cesária presença*
    Mim

    * à Cesária Évora
    (in memorian)
    http://diariodedetrasii.blogspot.com/2012/01/canto.html

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  2. Uma história não precisa de personagens, basta a acção acontecer com o tempo e a flexão verbal, num exercício narrativo onde ‘se’ narra a própria narração entregue a uma voz. Um narrador que, no limite, pode ser (a) voz, (um) dizer… ser a ter, do som necessário para a voz acontecer, voz.
    Narrador entregue a uma acção entremeada de poesia e tudo, e nada, e silêncio, e tudo o mais... O tudo, pleonástico (por isso aparece, pelo menos duas vezes)!
    Alimenta esta narração a possibilidade de comentar presenças com vozes próprias, interesses próprios e um destino comum se, como um, se entender o todo onde o tudo encontra seu chão.
    Dentro destas vozes próprias:
    1) My PreciouzzzFeb 10, 2012 04:30 AM
    Eu gosto muito de comentários, mas da próxima vez pode ser menos pro-lixo? Mai lóve??
    +
    «My PreciouzzzFeb 10, 2012 04:35 AM
    Piu piu. Ovo estrelado. Mar...beelhec! Argh! (RS)», no texto de ontem.
    +
    «My PreciouzzzFeb 9, 2012 04:15 AM
    Tanta poesia quer da poesia quer dos comentários - mimosos - provocou-me um humilde ataque de caspa. Que coisa mais estúpida!», no texto de antes-de-ontem.
    Dois comentários, feitos na mesma linha, bem expressa…
    «Mar...beelhec! Argh!»; «quer da poesia quer dos comentários (…) Que coisa mais estúpida!»; «pode ser menos pro-lixo? Mai lóve??».
    Meu comentário a estes comentários:
    Quem será que se dá ao trabalho de vir ler e ficar, a comentar comentários pró lixo, «Mai lóve??»
    Aproveito a interrogação, a quem será dedicada? Mimo, Francisco, R…
    2) «MimaFeb 8, 2012 12:24 PM
    Mimo,
    a sua estupidez, a minha estupidez, a nossa estupi_dez somadas são a razão de sermos iluminados pelo destino, pela asa livre do não saber, do não programar, do não tomar conhecimento, só sentir. nossa estupidez não nos impede de sentir e nem de dizer o que sentimos ao mundo e o mundo nos julgar pelo que sentimos como estúpidos... seguimos nossa trilha estúpida, de beleza surreal e por tanto, estúpida, com a inocência das crianças que não são nem estupidas, nem esperta, são puras, puras à ponto de parecerem como estúpidas!
    "cada ser tem sonhos a sua maneira"
    nós temos o nosso sonho, a nossa maneira. :)
    se tocar em meu nome, te mimo com música!
    tua Mima, mimada pela tua presença. ;)»
    3) «AnónimoFeb 8, 2012 04:30 AM
    Francisco, a sensação que senti foi de almas em harmonia. Assim e Mim transcendentes mais que nunca. Beijos no coração! bbrian.»
    Há quem não seja afetado pela harmonia, não a encontra.
    Eu harmonizo-me,
    R

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    Respostas
    1. Professor, trabalho foi ser sua aluna... vir aqui e comentar não é trabalho e o professor até diz que se pode comentar o que se quiser. Mas eu explico, professor, e espero que bem melhor do que ... 1- pro-lixo é prolixo: limitei-me a imitar a sua técnica de separar sílabas. Sempre fez isso. Lembro-me que houve quem comprasse um livrinho seu de poemas. Já nessa altura você fazia isso. Eu, sua ex-aluna, copiei. Sabe o que é prolixo? Penso que sim.Excuso de explicar. Eu própria estou a ser prolixa, neste momento. 2- piu, piu / vem em ave (ou algo parecido do seu poema); ovo estrelado /ovo (do seu poema); mar/ búzio (poema s); belherc, argh/ nhanha (ou coisa que o valha do seu poema) 3- estive portanto a manter um diálogo com o que o professor escreveu. 4- "mai lóve", faz parte da linguagem de Gollum, possivelmente não viu o Senhor dos Anéis. Nem eu já tenho paciência para certos filmes. A idade passa. Não chamei portanto "mai lóve" a si e aos seus heterónimos ainda menos. Sabe, professor, você já era assim. Muito simpático, mas mal aflorava algo que lhe desagradasse, perdia a pose de bom rapaz. As minhas colegas andavam apaixonadas por si e as outras professoras também. Longe de mim de não o achar bonito. Mas não gostava da sua forma de ser. Passe bem, professor. Não há aqui grande coisa para ler, visto que se tem estado a repetir. As suas comentadoras fixas dizem-lhe aquilo que você gosta de ouvir. A menos que achem que você anda infeliz ou é humilde...Passe bem, professor. Fui! Anónima.

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    2. «Quem será que se dá ao trabalho de vir ler e ficar, a comentar comentários pró lixo, «Mai lóve??»
      Aproveito a interrogação, a quem será dedicada? Mimo, Francisco, R…»
      Ainda voltei, para lhe dizer que isto é a coisa mais cómica que li nos últimos tempos. A sua dúvida relativamente a quem se dirigia o "Mai lóve" é das coisas mais hilariantes. Mas as entendidas : Francisco, Mimo e R são de antologia! Só falta o Mim e o Assim. Não se leve tanto a sério, professor!

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  3. Mimo, meu mimo querido,

    "Há quem não seja afetado pela harmonia, não a encontra.
    Eu harmonizo-me" :)

    "cada ser tem sonhos a sua maneira" :)

    vim te mimar, que é também uma forma de mimar a mim mesma, já que recebemos sempre aquilo que distribuímos!

    Tem mimo em mim ;)

    um beijo, meu doce.

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  4. Mima,
    Há coisas que são um mimo! Nem imaginadas são realizáveis, a verdade é que a sua realidade é o tal assombro de onde sobram as sombras capazes de encarnar os fantasmas da fantasia!
    Então, antecipo o narrador, anexo-o como um nexo deste nosso encontro como personagens duma ficção real.
    Mimou, deu-me e me devolvo
    Mimo

    Para haver diálogo pede-se um pouco mais ao algo que se dá, pede-se poesia. Das melhores coisas da vida, uma boa conversa. Quanto à poesia, entra aqui como metáfora daquilo que ela é como meta, por dentro, interior_mente: verdade!
    Sempre gostei de coisas difíceis, delicadas e complexas em simultâneo. Entre(m)os…
    «
    Professor, trabalho foi ser sua aluna...
    vir aqui e comentar não é trabalho e o professor
    até diz que se pode comentar o que se quiser.
    Mas eu explico, professor, e espero que
    bem melhor do que ... 1- pro-lixo é
    prolixo: limitei-me a imitar
    a sua técnica de separar sílabas.
    Sempre fez isso. Lembro-me
    que houve quem comprasse
    um livrinho seu de poemas.
    Já nessa altura você fazia isso.
    Eu, sua ex-aluna, copiei.
    Sabe o que é prolixo? Penso que sim.
    Excuso de explicar. Eu própria estou a ser
    prolixa, neste momento.
    2- piu, piu / vem em ave
    (ou algo parecido do seu poema);
    ovo estrelado /ovo (do seu poema);
    mar/ búzio (poema s);
    belherc, argh/ nhanha (ou coisa que o valha
    do seu poema) 3- estive portanto a manter
    um diálogo com o que o professor escreveu.
    4- "mai lóve", faz parte da linguagem de Gollum,
    possivelmente não viu o Senhor dos Anéis.
    Nem eu já tenho paciência para certos filmes.
    A idade passa. Não chamei portanto "mai lóve"
    a si e aos seus heterónimos ainda menos.
    Sabe, professor, você já era assim.
    Muito simpático, mas mal aflorava algo que
    lhe desagradasse, perdia a pose de bom rapaz.
    As minhas colegas andavam apaixonadas por si
    e as outras professoras também.
    Longe de mim /de/ não o achar bonito.
    Mas não gostava da sua forma de ser.
    Passe bem, professor. Não há aqui grande coisa
    para ler, visto que se tem estado a repetir.
    As suas comentadoras fixas dizem-lhe
    aquilo que você gosta de ouvir.
    A menos que achem que você anda infeliz
    ou é humilde...Passe bem, professor. Fui!
    Anónima.
    »
    Entremos, extremos, saímos. Pelo meio, em entremos deixo (o) m… se assimilar, semelhante às letras que com ele formam a palavra manipulada. É isso ler, a leitura mexe com o texto.
    Fica um poema muito estranho, onde me entranho no interior (nu interior), procurando resolver a separação do soluto do solvente, entrando na solução (o texto dado/encontrado) procurando chegar ao que a terá antecedido.
    Antes das frases formarem o texto, palavras formaram as frases. O desafio, procurar o fio onde as contas foram sendo enfiadas, para formar o colar.
    Na minha leitura e interpretação, trata-se dum colar que não cola… Não o consigo imaginar a ser usado com vontade, coerência, interesse, em suma, com verdade.
    Parece uma desculpa esfarrapada para depreciar, alguém de quem não se gosta? Até isso é estranho…
    É pois sobre a estranheza que locubrei, humildemente, deixando que ela possa ser lida sem estranheza. Essa é a beleza do poema, Anónima.

    Anónima,
    Sei que não escreveu para fazer poesia, mas sempre que se escreve com entrega e despida coerência, atinge-se…
    Espero atingir a capacidade da poesia ser o inimaginável, até ser dado a imaginar; vou procurar uma imagem:

    IDENTIDADE M

    «ao subir as escadas
    encontrei um homem
    que não estava lá,
    hoje encontrei-o
    lá outra vez,
    quem me dera
    que lá não estivesse»

    Poema recolhido do filme “Identidade Misteriosa”, ‘M’_et_ri_ficado por
    R
    «O seu HTML não pode ser aceite: Tem de ter no máximo 4 096 caracteres»
    Mais uma realidade, para formatar esta fantasia? Responder, a quem só nos quer dizer… coisas.

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    Respostas
    1. Como esta(s)

      «Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "10":

      «Quem será que se dá ao trabalho de vir ler e ficar, a comentar comentários pró lixo, «Mai lóve??»
      Aproveito a interrogação, a quem será dedicada? Mimo, Francisco, R…»
      Ainda voltei, para lhe dizer que isto é a coisa mais cómica que li nos últimos tempos. A sua dúvida relativamente a quem se dirigia o "Mai lóve" é das coisas mais hilariantes. Mas as entendidas : Francisco, Mimo e R são de antologia! Só falta o Mim e o Assim. Não se leve tanto a sério, professor!»

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