segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ABSOLUTAMENTE INSTÁVEL


No guião... 
«Aqui foi onde tive o acidente e morri»

ABSOLUTAMENTE INSTÁVEL

Insto a vossa atenção, para o que se segue.
Partilhar estados de consciência é a droga mais absolutamente instável que existe, pensa_R.

Quando tu pensas
O que eu penso
Tu não pensas O
Que tu pensas.!.

Introduz esta realidade na verbalização do verbo e voltas ao Verbo, à dança alucinada da partilha das palavras que não são, nem tuas nem minhas, nossas como os ossos dum esqueleto desconhecido que queremos conhecer como arqueólogos dum tempo que escapa no Futuro onde vivemos o Presente procurando o Passado. Cada passo é ébrio, de bebé que começa a andar.
Arrisquemos falar de Ouroana:

«Com o tempo, Ouroana foi-se habituando à vida muçulmana e a compreender o papel que cabia a cada um naquela sociedade»
(…)
«Chegou mesmo o momento em que percebeu melhor as diferenças do rito religioso dos muçulmanos em relação ao seu, a que estava habituada na sua terra natal, obediente à religião de Cristo»
Com isto entramos nos ritos, na percepção de ritmos profundos da compreensão. Cristo é cristão? Tem por ambição a Cruz? Substituir (a)gentes do Templo? Voltamos a Salomão, ou, guiados por nossa mão, escrevamos coisas que escrevemos e deixemos os crentes entregues às suas crenças, carentes e vãos como o pensa_R.

Outro que sou eu
E vos dá a Luz
Ilumina-nos
De Poesia
Luz.!.

Fá-lo
Ereto/Falo
Na poesia Assim!

O processo de divinização instala-se, instila o veneno.
Voltemos a Ouroana:
«A senhora da casa(…). Ninguém da sociedade cordovesa perdia essa obrigação, fosse por convicção religiosa, ou porque se tratava de uma oportunidade única para conviver. No caso específico das mulheres, possibilitava-lhes a saída do harém, passear pelas ruas e apanhar um pouco do ar citadino» p.211
«A jovem cativa deu alguns passos em frente, procurando ganhar melhor ângulo de vista» p.213 de "A Escrava de Córdova" de S. Santos. O livro há-de acabar quando chegar à p.453, onde posso ler "Etimologia de Ouroana e Abdus". Poderei ler o "Glossário" p.455, ou ainda, "Datas históricas relevantes da época" p.461, e também o "Índice" p.467. Mesmo nessa altura… «A trama desta história decorre na Península Ibéria» p.7 e, também, no Norte de África, durante algumas páginas.
O que há de livro num livro? As páginas, a edição, o papel, a cor. Acordemos, acordem quando quiserem, vou contar até três e estalar os dedos, sentir-se-ão acordados/as e bem dispostos/as!

«Ourana é um nome feminino usado durante a Idade Média na Península Ibérica cristã (com várias cambiantes: Oroana, Oureana, Auroamna…). Deverá ter a mesma raiz etimológica que Oriana, nome generalizado, embora não muito comum, pelas línguas europeias. Poderá ainda ter origem no Celta Irlandês “louro” ou “dourado” ou, eventualmente, advir de um mais latino “aparecimento” (conexa com a mesma raiz da palavra oriente)» p.453
Quem quiser, oriente-se… Porto Editora/ Julho 2008.
Outro video:

Relaxe 
 

1 comentário:

  1. Versatilidade!
    Os poemas surgem desta propriedade, versar o til da ação que lhes dá idade, até ao infinito.
    O rock a agitar, a música assente na batida, ritmo e fantasia. Deixei a leitura embalada por um "estado de alma", capaz de desenhar - a traço largo - minudências. Até me deter, a reter duma audição repetida, o silêncio que fica.

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