sexta-feira, 1 de outubro de 2010

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Dá-me jeito começar pelo fim, saber de antemão onde irei chegar quando concluir a história, não que sempre o faça. Dizer isto não é o mesmo que não dizer nada, mesmo nada decidindo sobre o que já tiver acontecido. Há uma ideia genérica, escrever as 24h dum dia. Começando hoje às 24h transformadas em 0h, charneira do dia, dobradiça do tempo, janela aberta a grande altura, num 24º andar onde não vale a pena ir à janela procurar a luz do dia quando este ainda é noite.
A perfeição dos parágrafos surge quando eles se transformam em versos, deixando pensar a prosa como um longo poema que não espera limitar a sua existência a uma linha, antes a desenvolvendo e dando em várias cuja essência faz parte da natureza narrativa do texto quando nele encetamos da ficção o rosto numa expressão que tentamos desencadear, na procura de arrancar alguma emoção do leitor que interioriza o que lê.
O “verso” anterior não me leva a lado nenhum, apenas colecciono boas intenções sem delas chegar a sair, a não ser que desenvolva uma ideia. Sendo racional e lógico, vou procurar desenvolver um silogismo.

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