quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dia 17

ARGUMENTO

Comentar é antes de tudo mais, mais um acto de escrita. Agradeço o facto de, regularmente, incorreres nesta componente da leitura que a projecta na esfera da partilha. Peço desculpa de nem sempre corresponder, agora o faço.
Este poema podia ser perfeito, pode ser perfeito, o que necessita? Aqui o orador teria de entrar num esquema cénico, fazer teatro. Como quem se distrai do que ia dizer, começa a ler o poema: quando acaba, termina. Se, quando termina, as fundações do poema não tremem e o equilíbrio for perfeito, o poema está dito e feito, ficou perfeito! O único senão pode estar na sensação que se leva para a atenção e nos torna desatentos? Permite questionar: - Acabou? Porquê estas palavras e não outras? Este poema tem esta capacidade, comporta tudo... é infinito. Logo, talvez seja como a capela inacabada do Mosteiro da Batalha, chama a atenção! Mas, se na capela inacabada o que falta é o fechamento do teto, deixada a céu aberto, neste poema nada falta se a leitura lhe der voz em nada lhe faltando.
Foi complexo o raciocínio do comentário? Não pretendia ser, apenas chama a atenção para a atenção e como ela se requer infinita nesta "fita" da qual concluo agora o argumento.

No próximo mês não escreverei neste blog, a não ser através de publicações agendadas: é essa a minha "agenda", transformar o próximo mês num "regresso ao passado". Contudo, não esperarei pelo próximo mês para publicar do dia 1 do presente mês. {Isto só aconteceu a vinte e três... 23}

2 comentários:

  1. Francisco!

    Um "Argumento" perfeito, que em momento algum faz o leitor sair do texto. Quase uma aula de como ler e compreender.

    Belo, poeta!

    Beijos

    Mirze

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  2. Mirze,
    Boa a tua companhia, ao encontro do "argumento" os comentários!
    Abraço transatlântico!!

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Os comentários que receber serão pessoais, para receber resposta pessoal. Só divulgarei se contiverem esse pedido, justificando o seu motivo. O meu motivo é este, transformar a comunicação numa intenção íntima e (bem) pessoal.