terça-feira, 17 de janeiro de 2012

HISTÓRIA(S)

– Assim & Mim –

UMA HISTÓRIA
(única!)

o tempo corre sem pressa
hoje de manhã
aqui

conta uma história
ao poema

ele quer dar-se em versos
Assim

HISTÓRIA – UM
(única?)

uma história me chega
trazida por você
feita na voz

dum canto
breve

onde se deram versos
Mim

OUTRA IDEIA

sem pressa eu espero
o que está ainda
por chegar

dum canto
solto

salto a outra história
Assim

HISTÓRIA – DOIS

tinha razão ao esperar
desenvolvimento
do momento

ainda o canto
se canta

levando versos no ar!
Mim

OUTRO PONTO

chegado o momento
o gado recolhe
para casa

se pastoreado
por mim

fica de barriga cheia J
Assim

HISTÓRIA – TRÊS

quero ficar de barriga
cheia se apenas
tem prazer

a saborear
canto

num naco… de rosa.!.
Mim

9 comentários:

  1. francisco,

    chega o momento em que os personagem se cansam de ser estória, perdem a vocação ficcional e desejam virar história! Assim e Mim, Mim e Assim já necessitam da materialização de seus corpos através de um livro! (talvez o primeiro de um milhão de livros, quem sabe quanto material lírico possa dar à escrita um amor eterno?) o livro é a materialização de um corpo que não tem corpo, como no caso de um heterônimo....

    vejo crescer a poesia entre o casal ficando claro que se trata de um motor impulsionado pelo desejo de manifestar-se como obra definitiva e registrada.

    agora dividem conosco Histórias! estão obedecendo um curso de existência, de presença real e material, memórias são histórias que se contam.

    imagino que os versos foram escritos no que chamam de "surto criativo" que é excelente para quem não tem receio de criar...

    falando do casal, eles são presentes em nosso presente faltando apenas dar-lhes o rosto da capa de um livro como retrato de suas identidades.

    Assim já tem livro solo,
    agora deveria se estabelecer o livro duo...

    gosto tanto da ideia de eles existirem como pessoas que eu mesma já os personifiquei em minha cabeça e os trato com o carinho que se dá aos escritores que mais gostamos.

    particularmente vejo na poesia de Mim um vigor no verso que me agrada muito, principalmente em como ela se coloca em igual condição afetiva com o Assim!

    eu poderia ficar aqui falando a noite toda, tietando a você e a eles, mas gostaria que a importância do comentário estivesse em: é preciso que exista um livro;

    é preciso que você continue a fazer a gentileza de os permitir existir! ;)

    um beijo***

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    Respostas
    1. E.
      Acho que o Assim ainda não reencontrou a sua “veia” excretora que o levou à necessidade de publicar ‘E’RETO/FALO, entretanto… escreveu e não sei se te responde algo ;)
      Bjs
      F

      QUALQUER COISA, AMOR

      Poder escrever qualquer coisa, deixa-me escrever qualquer coisa? Antes que a resposta surja das palavras, adianto a ideia onde vou buscar a resposta: - Sim, é a resposta!
      Na verdade não tenho certeza nenhuma, procuro ter a verdade, é a verdade que tenho. A certeza que passei a ter e passeia no que escrevo é esta, a de poder escrever “qualquer coisa”.
      Sem pressa, mas de maneira determinada, vou passando do nada para o tudo: tudo é qualquer coisa. Basta-me escrever parte de tudo e qualquer coisa te_rei… conseguido.
      Sem a certeza tudo é incerto, a arte é a única certeza possível, esta é a minha poesia. Com ela vou construindo a minha Poesia, a minha p_rosa nasce aqui tão nítida como os versos nascem num poema e se multiplicam numa obra que pode ser um livro ou uma vida.
      Qualquer coisa é a minha vida, na qual desejei escrever este conto. Este, com tempo e determinação, será o resultado prático, aplicado, disto que pratico: a poesia da Prosa. A Rosa Mítica da poesia aqui liberta o seu aroma, essa é o minha certeza, a verdade que possuo com amor. Com ele, tenho tudo, tudo posso e escrevo “qualquer coisa” dizendo ao meu amor desse Amor.
      O amor tudo envolve, nele tudo volve. Emigro das ideias para a escrita, imigrando nela vindo das ideias. Muitas, várias, variadas, tantas quantos os capilares, vénulas e veias desaguando no coração, de onde se irrigam de sangue vindo das artérias e arteriolas.
      No centro da vida está o coração, que começa a bater no feto humano depois de três meses, numa estimativa dada pela observação feita do feto dentro da barriga das gestantes.
      Resta saber que tamanho terá este, para saber quando vai terminar esta qualquer coisa, quando darei por pronto e acabado este “qualquer coisa”. Quanto este feto estiver feito, a escrita passou a ser – a mãe deste conto! E eu, não conto? Conto, eu sou o pai.!.
      Assim
      Assim assino o meu nome na prosa, uma vez sem exemplo, apenas para dizer quem sou. Fui! Vou-me, pois qualquer coisa me diz que “qualquer coisa” chegou ao fim: – Fui.
      FIM

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    2. francisco,

      sei como se sente com relação ao teu heterônimo.. ele manda como mestre e tu obedeces como servo. é assim que é e é assim que deve ser, porém eu acredito que a mente do ser humano, a sua mente criativa de escritor, pode direcionar um pensamento repetido, criando uma vontade que se plasme na consciência e acabe por convencer ao outro, o outro que mora em ti! penso que há um livro pronto entre Assim e Mim, um livro dos dois, um livro de amor ou do amor entre eles. tanto que a prosa apresentada aqui por Assim me respondeu perfeitamente e generosamente no sentido da necessidade de se escrever o Amor. destaco:

      "O amor tudo envolve, nele tudo volve. Emigro das ideias para a escrita, imigrando nela vindo das ideias. Muitas, várias, variadas, tantas quantos os capilares, vénulas e veias desaguando no coração, de onde se irrigam de sangue vindo das artérias e arteriolas.
      No centro da vida está o coração,..."

      a resposta de Assim vem de encontro ao que eu penso a respeito de haver um livro já plasmado no mundo em que eles estão habitando, o mundo das ideias. ele está amando e sendo amado, não é possível que sendo a escrita o único meio de ele ter um corpo, não lhe tente a ponto de registrar o amor em um objeto palpável e físico como é um livro...
      sei que não depende de ti, mas gostaria que você se permitisse convencer-se para assim dar o estado de consciência que poderia convencer o Assim. quanto a Mim? bem, uma vez que o teu mestre decida escrever um livro em duo com a Mim ela certamente estará a postos!!!!

      adorei ler a resposta do Assim! obrigada por trazer.

      um beijo***

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    3. Teríamos de perguntar à Mim, vc sabe como? ;)
      Beijo

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    4. hum... acho que se Assim for iniciando um livro, Mim vai correspondendo... mas sei lá, não sei mesmo, nunca tive um heterônimo!!! ;) acho que Mim é eco de Assim, ... então... que enrascada! Ôh! parece um beco sem saída, ou, um problema matemático! +_+ morri de pensar! :)

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    5. pOIs
      ou
      como dizer?

      Os heterónimos aceitam bem iniciativas dos outros, se alguém se propuser fazer um livro sobre Assim & Mim, só terá que o apresentar:
      Fica um piscar de olho ;)

      FALO

      nu
      para
      ser bem

      visível
      o poema

      fazendo-se.!.
      Assim

      DIGO

      no
      afago
      acarinho

      (a)
      Poesia

      em mim ()
      Mim

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    6. pois!

      se puseres uma letra na direção de um livro para o Assim e Mim, mim vai atrás. (picar de olhos!)
      mas se achas que alguém pode fazer um livro com Assim e Mim.. quem sabe alguém não vem ao livro e o faz? (outro piscar, + um sorriso rasgado!)

      a tua ligação-link no artigo "A" trouxe-me aqui, aqui vejo mais do que tens de sobra: poesia entre Assim e Mim, os versos enxutos, como a pressa explícita dos que querem logo ir ao acto(!)de expressar-se...

      beijo***

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