PROCESSO CRIATIVO
Dizer o que dito quando digo às minhas mãos para escreverem o que quero que elas façam?... Não tem ciência nenhuma conhecida, a técnica passa para um plano tão secundário como o chão do palco para a representação. Se o chão estiver em mau estado pode dar cabo da representação, se estiver desmemoriado posso não me lembrar de nada, se estiver com fome posso não conseguir concentrar-me. Isto de sermos um todo psicossomático, é um somatório que não tem súmula. Quanto à ideia pedida à Física duma resultante (capaz de traduzir um conjunto de forças aplicadas num corpo), leva-nos a pensar em quê?
Transmito ideias às mãos, elas escrevem palavras. Então caracteres com letras e sinais de pontuação é o que tenho para tentar imprimir o meu carácter ao que escrevo, chega. Digo, aproveito para dizer: chega, é isto que quero dizer. Podia começar um conto onde estas frases fizessem parte dum enunciado onde um autor se dispusesse a falar do seu "processo criativo", estar em qualquer ponto dum romance onde viesse à história esta história, fico-me por uma redacção com o tema do conto, um elemento de acção do romance, numa crónica deste momento que vou dar por acontecido a... agora, com tecido de todos os géneros de realidade e ficção que conheço ou imagino e desejo... sem fim.
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