sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CORTA O VENTO

continua a manter viva a chama das palavras
com este à vontade de quem com elas conversa
deixando em versos a poesia do pensar e sentir
num fluir do mundo para a Língua como pátria
onde ninguém é pária a não ser se despreza
este prazer de ler e se fazer do som às formas
numa transformação da matéria essencial

da matéria deletéria dum pensamento vago
onde difuso se difunde o sonho que vagueia
sem marcar encontro com um pensamento
passa-se a procurar a história da ideia solta
até saltar e assaltar a atenção montando-a
como um puro sangue capaz de se deixar
levar por este prazer de quem corta o vento

2 comentários:

  1. Esse corte do vento é de Poeta
    o sentir da vida que se inventa
    encantos de donzelas... Sentimentos...
    E desses cortes são maestros teus momentos...!

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