terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MEMÓRIA INEXISTENTE


MEMÓRIA INEXISTENTE

o inexistente buzina
passando a andar
na sua bicicleta
de rodas ímpares
(como o bico do flamingo
alimentando-se
em águas pouco profundas)

olho pelo espelho retrovisor
enquanto lavo a cara
tentando acordar
da forma mais rápida
(atrás de mim uma cortina
circunda meia banheira
encastrada na parede)

olho em frente e penso
se fixar todas estas palavras
desisto das escrever
... das escrever
(ganhamos sempre
uma memória inexistente 
em águas pouco profundas)

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