ESTA COISA
aprendo o poema
apreendendo o silêncio
em silêncio
é uma forma de dizer
uma escrita
esta coisa dos versos
R
MAR MOR
Redactor = actor em Rede; de redactor a actor, a Rede está cheia… Net!
Depois dos versos, ensaio a prosa. Esta que uso sem rebuço, dando-a às palavras, nas palavras que se dão a ela. É um encontro e uma entrega, uma espécie de história de amor onde o amor não é Amor e pode ser no tanto faz como fez do Era uma vez…
Esta coisa das histórias que fazem história sem precisar entrar na História, por falta de propensão. Apenas a propulsão, uma vocação onde se convoca a acção e se dá à voz a escrita. O registo do silêncio, feito como um canto do canto, onde o canto não chega. Não chega aos versos, não se procura a récita duma Poesia, a Prosa é mesmo prosa, básica e essencial como palavras pensadas para serem pensamento a ocupar o momento. Depois de pensar, sabe-se lá?... Fica o agir agido, movido, como mó parada junto da farinha moída ou, quiçá apenas, farinha feita.
A matéria dos sonhos acordados tem cor de dados sem marcas nem pedras onde fossem marcados, simples figuras de retórica, onde a sorte se joga branca no branco da cor da tinta, se com tinta se escreve ou imprime. Quanto ao que se exprime, é o actor e o acto: ator e ato. Ato o ato ao ator: nu que se exprime, despindo as palavras, vestindo-as de sentido, dando-lhe sentidos, sentindo-as.
Disse, exprimiu-se.
Digo-me R a Rir, o que corre como um rio. Haja mar e amor, a correr do ri(s)o.
Mar Mor, o mar maior.
Nesta tua prosa, não entrou a rosa! Texto bem elaborado com a técnica ( continua a ser assim , ou com o acordo ortográfico já não o é?), que te
ResponderEliminarcaracteriza. Um ator no palco a divagar...sem vagar as horas.«A matéria dos sonhos acordados tem cor de dados sem marcas nem pedras onde fossem marcados, simples figuras de retórica, onde a sorte se joga branca no branco da cor da tinta, se com tinta se escreve ou imprime. Quanto ao que se exprime, é o actor e o acto: ator e ato. Ato o ato ao ator: nu que se exprime, despindo as palavras, vestindo-as de sentido, dando-lhe sentidos, sentindo-as.
Disse, exprimiu-se.
Digo-me R a Rir, o que corre como um rio. Haja mar e amor, a correr do ri(s)o.
Mar Mor, o mar maior.»
Encontrar poeta maior do que tu na prosa, meu amigo Fran,dificilmente se encontra.
Um aplauso, ao ator e ao autor.
Bjito amigo
meu querido, as palavras encenam um teatro vivo na leitura da prosa descrita... Adorável!
ResponderEliminarInstigante e lindo....