sexta-feira, 18 de março de 2011

SONS NO SILÊNCIO

Quando me apercebo, começo a trabalhar as pausas, a descobrir o ritmo, descubro este rito. Um ritual onde me rio comigo mesmo de haver tristeza, mais ainda de conhecer o seu ri(s)o a desaguar sons no silêncio. Vou da nascente à voz onde mudo de mudo ao modo de modelar o casulo do silêncio a criar crisálidas, desvendo-as vendo a transparência tornar-se lúcida da sua opacidade, libertando luz: translúcida.

Agora passo um poema que escrevi e publiquei em livro, há quase vinte e seis anos.

5 comentários:

  1. Da ausência de palavras
    nasce um intervalo
    ondo oiço "os sons do silêncio"
    e descodifico a pausa
    a luz "translúcida"
    do silêncio que me lê
    e onde está tudo
    sem a cicatriz da "omissão"

    E os sons que saem
    do silêncio
    são um meio de acesso
    a outra dimensão

    Pertence ao Poeta
    o que está
    para lá dos sons.


    Francisco, ao tentar comentar, saiu-me este "poema", talvez porque... o melhor que me pode acontecer depois de ler um bom texto, é o espanto...

    Abraço
    Maria João Oliveira

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  2. O espanto assenta como um sapato nas nuvens se nelas encontramos apoio, coisa nada fácil que resulta como a magia do teu comentário feito em versos. Abraço

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  3. Teu pequeno texto de «sons no silêncio», é fabuloso meu querido amigo Fran.
    Cito«Vou da nascente à voz onde mudo de mudo ao modo de modelar o casulo do silêncio a criar crisálidas, desvendo-as vendo a transparência tornar-se lúcida da sua opacidade, libertando luz: translúcida.»
    Translúcidas são as tuas palavras.
    Bjito amigo e boa semana!

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  4. Tecas, Grato! Seguiste o link?...
    http://saboreamo-nos.blogspot.com/2011/03/sons-no-silencio.html
    Aí o texto está completo. Bjitos

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  5. É lindo!

    http://kiroamiga.blogspot.com/2011/03/blog-diario-de-letras-ii.html

    gostei demais ♥

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