Quando me apercebo, começo a trabalhar as pausas, a descobrir o ritmo, descubro este rito. Um ritual onde me rio comigo mesmo de haver tristeza, mais ainda de conhecer o seu ri(s)o a desaguar sons no silêncio. Vou da nascente à voz onde mudo de mudo ao modo de modelar o casulo do silêncio a criar crisálidas, desvendo-as vendo a transparência tornar-se lúcida da sua opacidade, libertando luz: translúcida.
Agora passo um poema que escrevi e publiquei em livro, há quase vinte e seis anos.
Da ausência de palavras
ResponderEliminarnasce um intervalo
ondo oiço "os sons do silêncio"
e descodifico a pausa
a luz "translúcida"
do silêncio que me lê
e onde está tudo
sem a cicatriz da "omissão"
E os sons que saem
do silêncio
são um meio de acesso
a outra dimensão
Pertence ao Poeta
o que está
para lá dos sons.
Francisco, ao tentar comentar, saiu-me este "poema", talvez porque... o melhor que me pode acontecer depois de ler um bom texto, é o espanto...
Abraço
Maria João Oliveira
O espanto assenta como um sapato nas nuvens se nelas encontramos apoio, coisa nada fácil que resulta como a magia do teu comentário feito em versos. Abraço
ResponderEliminarTeu pequeno texto de «sons no silêncio», é fabuloso meu querido amigo Fran.
ResponderEliminarCito«Vou da nascente à voz onde mudo de mudo ao modo de modelar o casulo do silêncio a criar crisálidas, desvendo-as vendo a transparência tornar-se lúcida da sua opacidade, libertando luz: translúcida.»
Translúcidas são as tuas palavras.
Bjito amigo e boa semana!
Tecas, Grato! Seguiste o link?...
ResponderEliminarhttp://saboreamo-nos.blogspot.com/2011/03/sons-no-silencio.html
Aí o texto está completo. Bjitos
É lindo!
ResponderEliminarhttp://kiroamiga.blogspot.com/2011/03/blog-diario-de-letras-ii.html
gostei demais ♥