quarta-feira, 22 de junho de 2011

Versos dum fado

«A minha canção é verde, verde,
mas porque é verde não sei»

Oiço este versos dum fado e sem enfado começo, esta prosa que começada continua. Deixo-a seguir seu fado, enquanto Fado vou ouvindo. E é a canção da língua, cantada na ponta da língua, por quem a sabe cantar. Penso voltar ao que ontem escrevi, para passar uns versos, deixando do dia que passou um dia que ficou. Antes disso é ainda isto, o silêncio que fica quando ficamos em silêncio…

CAPOTE RODANDO

aquilo que digo quando penso
poder dar-te do sentimento arte,
è capote rodando em mão toureira,
ensaiando a dança ao movimento

uma última verónica,
no limiar onde a imaginação
perpetrando o número… é faena

2 comentários:

  1. Belo Poeta, os últimos suspiros, as últimas vontades.É a vida na arena onde os versos bailam iguais as capas dos toureiros e os movimentos dos touros.
    Eu tenho encanto pelas touradas,sinto ter um perdedor.Deveria ser só um espetaculo traduzindo a seduçao e coragem. Aplausos!
    Beijos no coração!

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