3.
A história que mais gosto de contar faço-a só para mim,
procurando surpreender o seu segredo, o secreto – desejo de – perder e
encontrar.
Saber existir depois de registar, guardar, expor, possuir, compor e voltar na intuição ou no intelecto, ou viajar, incumbida de subir esta palavra até ao degrau de baixo, caindo para cima, deslizando na maionese, mergulhando a colher na boca, cheia de gelatina, tremente.
Saber existir depois de registar, guardar, expor, possuir, compor e voltar na intuição ou no intelecto, ou viajar, incumbida de subir esta palavra até ao degrau de baixo, caindo para cima, deslizando na maionese, mergulhando a colher na boca, cheia de gelatina, tremente.
Experimente-se
registar cada pausa, para sentir cada avanço. Um balanço de balancé, deixa-me satisfeita, baloiçando.
(3.)
O bom dos comentários, isso leva-me à consideração
sobre o narrador presentificar o leitor: ser sempre, ou permitir, histórias
dentro da história; sendo uma boa história muitas histórias, tantas quantas os
comentários possíveis das possíveis leituras, até ao infinito? As coisas que um
texto nos dá a pensar, como isso pode variar e varia, de dia para dia, de hora
a hora, de momento a momento.
Se eu fosse personagem do autor, não vejo
como não ser, inventava-me a pessoa que ele não sendo gostasse de ser. Lá está,
seria seu personagem, sendo dela. Já que o narrador é ela.
Estou-me a "vender" à autora, a
"vender a minha imagem?". Quem sabe não sou um vampiro, procurando o
sangue da escrita!? Imagino um espelho, nele não tenho imagem. É a certeza de
vampiro ser, é giro? Giro…»
Acabo de
surpreender a Mina a escrever, cometo a maior indiscrição!
Obrigado
por vires, seres, estares… presente. Estares, gosta desta palavra assim
exposta, aparecendo como um morto-vivo, ganhando uma extra realidade? Vou
deitar, para começar o Domingo a horas decentes :))
Mina,
ResponderEliminarvocê narra as emoções num passo a passo que prende a nossa atenção!
adorei o texto!
beijo.
EMD,
EliminarAcabei de acrescentar (3.) ;)
Depois da meia-noite, Cindarela cirandeia de novo. :)
Beijo (*)
O texto e o contexto são almas gémeas na boa literatura. Aqui encontro os dois e você, Fancisco, é um mestre da escirta contemporânea bem feita.
ResponderEliminarVida longa ao autor e seus personagens!
Forte abraço.
CC
EliminarCreio criar o texto no contexto, a personagem exprimindo a sua experiência. Coloco-me como "promotor", promovendo a sua vida/vinda da escrita para a leitura. Grato pelo comentário!
Forte abraço.
Poeta, complexo e cheio de reflexos... eu eu aqui, totalmente sem nexo, te deixo um amplexo.
ResponderEliminarBeijo carinhoso (marca indelével!!!)