sábado, 30 de junho de 2012

MOBÍLIA


Chegar ao ponto de partida, imaginar partir para o ponto de chegada. Equacionar a circunstância de forma detalhada, tendo como resultado procurar o que este possa ser, antes de lhe dar tempo a que aconteça. As possibilidades duma tal situação só podem agradar, elas vão-se agravando, na exacta medida em que vamos gravando a possibilidade resultante. Dá a imaginar um sistema vectorial, reproduzindo um campo de forças, de modo a obter o ter de forma ob: obtido, observável, óbvio. Se viu quando, por fim, serviu. Sendo melhor dizer, aceitar, creditar, acreditando: servi-o, óbvio, observável, (ob)tido! O ponto ontológico, no ponto final do texto.

O início coincide com o fim, quando o fim é o princípio. Saber quando isto não acontece, é como ler a carta antes da escrever. Desdobrar a folha guardada no envelope, para só então pensar o que nos traz ao ponto onde escrever é praia das letras. Sentir a rebentação, ouvir o canto do mar, domar a ideia procurando na praia linhas onde se desenha o movimento da maré com seu registo do sucessivo recuo da espuma. O aluvião das frases vai de frase em frase, até ficar o texto final, imutável, finito de infinito, imperturbavelmente imóvel como móvel acabado com gavetas fechadas à espera de ser utilizado, só e apenas por quem o queira utilizar, como (se) fosse uma peça de mobília.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

CONSCIÊNCIA RESIDUAL


(A MUDANÇA)

“…você é o tijolinho que faltava na minha construção...",
A minha consciência é residual, como a água parada, no fundo dum poço. Quando chego a escrever a frase, já esqueci o pensamento que a ela me trouxe. Sou um trouxa, gosto das imagens, sejam elas quais forem. Das visuais às verbais, a única coisa que muda é a mudança em si mesma, como se (SE/se) tivesse um valor próprio. Fazer dela a personagem que se move, é mover-me com o que me move, chega a comover-me a ideia.
É pois com ideias, frases soltas, pensamentos imberbes, resquícios de equinócios, fases da lua, não quero ter uma lua brilhante, grande, escrita a letra maiúscula, duma coisa a outra só cada coisa se entende por si mesma, quando a identificamos dando identidade ao que na nossa imaginação vai acontecendo, sendo a acção. Os verbos vêm, não para vir, ir ou estar, apenas no porque sim, porque não?
Não podia ter guardado para mais tarde, a primeira interrogação teria de acontecer logo no segundo parágrafo para, ao terceiro, já poder desenvolver uma resposta a essa mesma pergunta esperando porém torná-la desnecessária. Não por já ter acontecido, mas por ter acontecido já e, de seguida, só ter de olhar para as horas, sabendo estar na hora de dar por findo mais um parágrafo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

(A)CERTA


«Dá trabalho apetecer!...», M.B.

Não apetecer é bom, tão bom como qualquer certeza. Mau é quando vai contra outra certeza maior, melhor ou mais certa, aquela que acarreta uma necessidade. Saber o que é necessário é a história de todas as vidas, tem de alimentar os contos para sentirmos que são bons ou, pelo menos, valem a pena! Quando isso acontece é como uma farpa colocada no dorso do touro, corre-se um risco mas é certo o prazer. Depois tem esta dimensão física dum risco que dá à escrita uma vitalidade, como só a própria vida faz, permite. A ficção ultrapassa os limites da linha e escreve a página. Não importa o tamanho, é como as certezas, em última ou mesmo na primeira análise, importa a importância. A certeza trá-la consigo quando isso acontece, não há dúvida, é certo.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

BOLA NA TRAVE

Sentei-me tranquilamente a ver a semi-final onde seria apurado o primeiro finalista do Campeonato de Futebol da Europa, depois estive a ver os pontapés, maioritariamente dados na bola do jogo. Isto até chegar aos penáltis, depois do tempo regulamentar e do prolongamento. Nesta fase final do jogo, um guarda-redes de cada equipe, revezando o outro, foram enfrentando jogadores de campo, rematando à baliza a uma distância de 11m da marca das grandes penalidades. Como não estava para ver um jogo ser decidido à sorte, pelo azar de um dos contendores, resolvi ir procurar um rapa-tira-põe-e-deixa, um pião próprio para jogos de sorte ou azar consoante quem recebe uma ou outra destas designações: Rapa, Tira, Põe, Deixa. Quando ia para decidir por minha conta a quem achava ir caber a sorte do jogo, acabei por receber uma mensagem. Claro, para bem da história, o desfecho do jogo acabará neste texto. Dizendo apenas que, depois de ler a mensagem, já não quis saber qual das equipas ia ganhar. Moral da história: as mensagens são demasiado breves e incisivas quando nos transmitem, mesmo que de forma indirecta, um resultado. Em boa verdade, o conhecimento indirecto da realidade é quase como se nos contassem um sonho ou pesadelo como se ele nos fosse transmitido e dado, como a sorte num dado ou rapa. Na verdade não resisto em transmitir, mesmo de forma indirecta, o resultado do jogo. Vou escrever o título, como se fosse a minha vez de mandar… bola na trave. Aplicando efeito na bola, deixo em suspense o leitor? Não, pense sus… to: deste não me refaço, está feito, a bola na trave não entrou, está tudo dito!

terça-feira, 26 de junho de 2012

O CIRCO


«O circo é uma arte, faz parte da cultura, (...) o teatro, os palhaços»,

Acordo esperando a esperança ter algum destino, é sempre a última a acordar. Quando ela acorda com fome e desejo, fúria e gozo, medo e desespero, nesses dias, tão diferentes uns dos outros, não tenho de esperar. Hoje, para variar, não dá acordo de si: - Terá morrido?
Monto o circo, faço os cavalos correr à roda, os cães saltar, a menina pequenina fala alto e é ampliada com a ajuda do megafone e sinto – a esperança a – inundar o peito, a correr nas veias!
O circo está montado, trabalha 24h, sempre volto quando estou com preguiça de trabalhar. O que é preciso? Entrar na roda, no circo e correr com, como… os cavalos.

Xico

segunda-feira, 25 de junho de 2012

OPINIÃO


«formas mais econômicas de praticar meditação»,
MPSquassábia

Nasci numa altura de crise conjugal! Curiosamente fui usado como solução para a crise, meu pai aproximou-se, minha mãe acolheu-nos, isso deu uma série de fotografias de grupo onde eu sou o mais sorridente, tendo concorrência cerrada de meus pais. Parece que esta minha visão das coisas, a qual mostra um pendor para a competição, é uma característica trazida do berço. Talvez seja surpreendente a minha profissão, nela uso uns sapatos exageradamente grandes e uma bola vermelha no nariz, sou palhaço. Minha mãe, ultimamente, vai chorar e rir para as minhas actuações. O meu pai deu baixa, por encaixotamento, em caixão. Tenho paixão antiga pela trapezista, felizmente sou aceite. O meu humor não encontra o acolhimento devido na indiferença que recebe, não valorizo em excesso, tratasse apenas duma opinião; é o que digo, quer dizer, penso; quer dizer, tento não pensar no assunto, é só uma opinião.

domingo, 24 de junho de 2012

CONSCIENTE


«O óbvio  é azucrinante. – Eis uma boa resposta às dúvidas estrondosas»,

Vou ficar refém destas palavras, por isso, esqueço-as. Melhor será deixá-las, dizem apenas o que quiserem e forem capazes. Se isso é tudo e tudo é isto, isso e isto, o tudo do todo se completa!
Depois de ler Freud fiquei com frio na espinha, os cabelos eriçarem na nuca. Só à noite, quando já sonhava profundamente adormecido, me apareceu F. transformado em fantasma. Percebi que tudo se perceberia, se ficasse bem claro como me era caro perceber o subconsciente.
Deixei o subconsciente falar: - Piu!?

sábado, 23 de junho de 2012

EXTRAVAGÂNCIA


«Biografia de quem?»,

Intrigante, mas nada inquietante. Antes pelo contrário, movimenta a imaginação, dá que pensar, o que é sempre agradável quando com a Arte nos entretemos. É uma boa criação, como a lê a sua autora? É uma pergunta que não agrada a muitos autores, não sei se se dará o caso. A resposta é facultativa, claro!
No meu caso nu, todo o excesso é reduzido ao mínimo, o rodízio das palavras é apenas esta extravagância J

sexta-feira, 22 de junho de 2012

BELA ADORMECIDA

«O que posso dizer é que escrevo», 

Até que um dia, saindo das palavras, deixando as frases, acordou com o canto dum galo. Estava mudo, os pensamentos eram agora acordes musicais, escutava música. Como nunca aprendera a representar notas, acordes, sons e tons se entoavam nele, espantado, nem piscava...
Voltou para a cama esperando que a sua Bela Adormecida acordasse e lhe desse um beijo na boca. Era um conto infantil, chegando com a variante de quem dava um beijo a quem. Aos poucos? De repente! Voltava a conhecer ideias, pensamentos, histórias, voltava aos contos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

EFEITO ESPECIAL


" O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele e o psiquiatra cobra o aluguer."


O que leva uma pessoa a interessar-se pela outra é quase sempre o despertar duma troca, uma troca de emoções. Uma das pessoas interessa-se por qualquer coisa na outra, a outra interessa-se por esse interesse. A emoção, essa semente da poesia que as pessoas partilham, surge poesia na Poesia, como uma forma de escrita. Elementar… ter formas de afecto é, com efeito, a matriz.
"Matrix", um filme que se faz com o que pode ser tudo, tudo que é a vida, uma luta alienígena com a criação dos sonhos que nos levam a criar novos mundos? A certeza surge óbvia, como pergunta sem resposta, reposta na pergunta, dúvida apenas, sem procurar certeza alguma. Embora esse seja um "efeito especial", esperamos sempre uma resposta!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

BAILADO


«parece que existe no cérebro uma parte específica que poderíamos chamar memória poética que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida», Kundera citado em

"a insustentável leveza do ser [de te ser]"


A perplexidade tem destas coisas, tem até coisas que não tem! Tem tudo, junta-lhe mais alguma coisa, obtêm a coisa em si. Em si, na coisa, o que é sempre surpreendente. Como se alguma coisa fala-se connosco, mesmo sem sabermos nós responder.
Percebemos uma intenção onde, a coisa nenhuma que se forma como alguma coisa, é o pensamento a cozinhar o momento.
Depois, é só servir as ideias, como se as linhas do texto fossem fios. Imagina-se o esparguete a fazer da espargata inicial da massa dura, uma espiral em torno dum garfo, bailando no movimento duma garfada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

CESÁRIO


«Por obediência às vontades, tracemos nosso reflexo nestas telas.»

Há mulheres que têm a profundidade de uma superfície lisa, plana como a pele que cobre seu corpo. Todas elas se tornam profundas, é onde se funda a Fé, com seus fundamentos capazes de dar a perplexidade aos mais cépticos.
Quanto aos homens, sendo filhos das mulheres, costumam ter mais pelo na pele. As diferenças pouco interessam, para o caso desta história, só conta o que possa ser a perplexidade.
Claro está, não resisti a escrevê-la. Como se a esperasse, saindo para o mundo. Vinda de onde vim, presa pelo umbigo. Sendo eu o produto duma cesariana, a César o que e de César…

Querêncio

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CORPO E ALMA


«Pergunto-me se acaso sentes o que há de encanto no amor sem sangue», E.A.

Prefiro escrever pouco a escrever de mais, ou nada escrever. O conto não têm história pré-definida quando decorre do correr da(s) mão(s) fazendo a escrita, a sua construção é a história curtida de sentir onde a escrita lhe dá corpo e alma.
Não procuro dizer coisas especiosas, mas gosto da viagem de quem procura especiarias, ir, voltar, nos Descobrimentos (onde, dizem, os portugueses ficaram desempregados)!...
Viajo ao Amor, sem deus de asinhas. A Mitologia mia, dei-lhe nome, já era gata e gatinha quando, langorosa, vagarosa se avizinha. Passa a hora a ser dela, vou às festas.

domingo, 17 de junho de 2012

O RISO & O SISO


RISO

Espelho, espelho meu, serei na imagem tua: teu, meu, eu? As palavras nada valem, sem alguém que as leia, como palavras. Palavras são coisas, sem ser. Ser é o acontecer da humanidade, na humanidade e, em verdade, é a humanidade o que encontramos no ser de todas as coisas.
Olhas para mim e sorris, espelho meu. Dá-te vontade de rir a minha confusão, rimos então! Fica como quando atiramos uma pedra na água, só se vê o riso!...

SISO

Estava sisudo a olhar o espelho, quando pensei “Poderá o espelho estar a rir-se, de me ver tão sério?” Mais sério fiquei como saber?? Vou-me transformar em espelho do espelho!!!
Tentei, sem me mover, eliminar a imagem do espelho. Enquanto recriava a imagem ovalada da superfície lisa do vidro, com a folha de estanho por trás e a armação de madeira doirada.

Esqueci tudo, imaginei a primeira manhã do mundo em que alguma coisa, alguém, foi alguém! Muito simplesmente, já era o espelho, só via… quem me olhava.

Patrocínio

sábado, 16 de junho de 2012

ALVO DO BRANCO


«O que eu chamo de paixão pela forma, se é que estou interpretando Whitehead corretamente, é a parte central do que ele chama de experiência de identidade», Rollo May (p.113) A Coragem de Criar

«Talvez, para contrabalançar tanta pressão de sermos garotos-propaganda de nós mesmos, aumentando nosso capital de convencimento na internet ou nas relações de trabalho, deveríamos trocar dicas e experiências sobre práticas de auto-esquecimento. Algo como: "Hummm... Que máximo... Foi como entrar num filme ou ser personagem de um livro», Marta Barcellos em Esquecendo de mim

ALVO DO BRANCO

Quando comecei a respirar soube que era um pássaro, trazia as asas às costas e gostava de voar, mesmo estando poisado. Ao descobrir pensamentos humanos, comecei a regurgitar pelo bico e passei a ser esferográfica. Desde esse momento voo, não quero outra coisa.
Quando encontrei o primeiro poiso, ao passar o bico nas flamulas do peito, descobri na emoção um segredo desconhecido, uma revelação ainda por revelar. Estava pronto para enfrentar o primeiro paradoxo, saber que ele se prolonga e projecta, até poder ser a sombra do último.
A identidade formou-se por acção da luz, o mais alvo do(s) branco(s): nem sombra de sombra, nada s_obrando!…

Otávio

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PALMIRA


«Carlos se atem ao que é postado aqui e valoriza a obra que aqui se desenvolve», EMD

«O Poeta Francisco um personagem. Fosse meu o poema dedicaria a Você, com todo respeito, créditos e autoria criativa do Poeta Danilo MM», Olara

Ater é um verbo a ter em conta, mais para crente que para ateu? Se a Fé é apanágio privilegiado de quem tem uma filiação teológica, aceito duvidar.   

Assim & Mim 15.06.12

CONTO

num papel dobrado
uma história aguarda
ser lida para ela

leva à guarda
de letras

verdades insuspeitas!
Assim

TONTO

como você é belo
dando-me para abrir
um papel meu

só de imaginar
o que conta

sem que saiba o quê!
Mim

PALMIRA 20.08.11

Num bolso – acaba em sua existência de conto – a personagem. O seu percurso, a sua história. Trata-se de um apaixonado, para quem a fantasia toma a existência fantástica que o leva a conhecer o coelho que poderia ser da Alice. Apenas uma das muitas manifestações da sua imaginação apaixonada – capaz de tirar dum dos vários bolsos com que adorna as suas vestes – uma estrela, a lua, inevitáveis flores.
A narrativa não hesita em desafiar a filosofia, banaliza-a, sem lhe dar foros de possuir respostas à altura da realidade. Talvez seja engano da personagem, uma interpretação errónea? Quem se importará de errar, se consegue entrar dentro dum dos seus bolsos, aí ficando na esperança, usando espera de ser encontrado pela sua amada!
Uma personagem interessante, capaz de se pôr no caminho da Filosofia. Não aconteceu, os substantivos às vezes dissipam sua substância: ciência da fantasia? Ela, Palmira; ele, não sabemos.

Newton

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ONTEM


O teu surgir sugeriu-me ter as potencialidades dum personagem, pelo vigor e rigor de quem se situa fazendo duma situação uma cena. Como se faz uma coisa destas? Se todos soubéssemos, o teatro e toda a representação, seria uma coisa simples! Desafiei-te a provar não seres uma mulher, coisa como sabemos provocadora para qualquer macho que se prese. Melhor dizendo, para qualquer um que se torna fácil desprezar.
Continuo rigorosamente onde estava, na apetência em conhecer e ver se tua presença se reforça e materializa na matéria de facto dos factos. E é um facto que a minha aposta está ganha, no prazer pessoal que sinto em ver crescer o autor que de outros faz autores, ou seja, não será, seus personagens?
Nesta vida só se confunde quem fica confuso, mesmo sem desdizer, é bom que se diga que, se fosse capaz de criar como personagem uma pessoa tão rica de matéria humana, meteria mãos à obra e me tornaria romancista.
Aceita que a nossa relação continue nesta senda, sendo matéria ficcional para a nossa mútua compreensão do mundo. Desta forma tão prazenteira e aprazível de partilhar uma realidade moldada de molde a dar forma à forma, de forma à forma, uma vez cheia, dar forma à forma nela.
Isto é tudo menos simples de compreender para quem quer ter certezas onde a certeza se dá à intuição, sem dizer a ninguém o que escrevemos por dedução do trabalho dos dedos sobre um teclado.
Como os últimos são os primeiros, comecei pelo teu comentário! Ah, o tratamento por tu, espero não te importe. Se isso for abrupto, a  Déborah me perdoe na pessoa de seu homem e dela mesma, no caso de ser tomado por despropositado à vontade.
Quanto ao título ONTEM, vou tentar não deixar que se cumpra... tento dar por findo ainda hoje este texto. Tenho de ir ver ainda quem o assina! Seja como for, o autor dos Contos Breves, nunca poderia querer ser autor desta prosa. O que é, no mínimo, uma afirmação digna de ser subscrita por qualquer dos autores deles contos. Pois, fica o segredo revelado, todos foram escolhidos pelo seu sentido de humor, mesmo se não se notar…
Abraço

quarta-feira, 13 de junho de 2012

HOJE


9 publicado, à procura de autor…
Hipólito
Estou passando, para encontrar os autores... em Contos Breves, para actualizar os dias de Junho que vão passando!
Ainda não considero os comentários "bem lidos", mas a minha resposta é também ser leitor deles e agradecer sempre a presença, generosidade, amizade, tudo e mais... com que são e sejam feitos!
Abraço, a_braços!!
Sempre de braços abertos, mesmo para quem queira ser anónimo ou si_nónimo... do que sente em Si (dentro de si)...
Espetador/espectador... sempre quero poder ser, reserv(and)o-me o direito de o ser.
/
Isidro
/
Juvenal
Sempre uma meiga e luminosa presença!
Beijos do coração!
/
Luiz
Teria sido curioso surgir no Dia de Portugal…

Mário

terça-feira, 12 de junho de 2012

ANTES DE DEPOIS


nada x nada = nada...

ANTES DE DEPOIS

As histórias pequenas nascem com a beleza das flores frágeis, belas e efémeras. Vivem a vitalidade da inspiração, com se fossem a preparação de um mergulho para a água ou um salto em altura, projectando o corpo para o ar.
Sobre a fasquia o ajuste da elevação se prepara para a queda, num desamparo controlado esperamos o embate da queda. No entretanto se deu o que nos entretém, o resultado do salto, o superar ou não da fasquia.
As histórias são esta tentação pelo impossível, ficar sobre a fasquia, em equilíbrio, entre antes e depois. 

Teria sido curioso surgir no Dia de Portugal…