I
estou frente às mãos que escrevem
as palavras que me escrevem
e escrevo-as eu a elas
acendem-se como velas
abrindo seu pano ao vento
um verso trás às mãos o alimento
II
verso desliza como casco nas águas
vazio de dor ou de mágoas
meus versos são telas
escrevo o finito
fazendo uma parelha com o infinito
guardando coisas belas
III
meus pincéis são remos
mergulhando na transparência
descubro a minha odisseia
entre seus extremos
conjugam os meios das ideias
tendo por ciência os sentimentos
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