É um descanso ser RedatoR duma história onde pesco: «Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "13":
Não te vi hoje na escola. Também tive uma manhã, seguida de aulas e não aulas. Apetece-me escrever-te. Tenho um bom bocado da tarde só para mim e isso é uma felicidade. Já esqueci a Alma (por enquanto) ainda não é daquela maneira que gostaria de escrevê-la. Fica. Nas gavetas da minha memória, na cómoda centenária do meu imaginário, chocando, em gestação... Agora apetece-me dizer da tua altura e de ti. Do homem bonito que tu és. Da tua voz cadenciada e sensual. Do teu porte desportivo e fleumático, dos teus olhos garotos e tranquilos, do teu andar solto e seleto. Apetece-me dizer do teu estar na vida. Sereno, inteligente e poético, sem deixares de colocar os pés em solo fértil e seguro. O teu estar é descontraído e prático. Um estar que pode passar por "deambular", mas nem pensar! Tu, Francisco, estás quase sempre extraordinariamente atento a tudo e a todos os que te rodeiam. Não há borboleta ou libelinha que te escape. Não há dúvida ou exclamação que te passe ao lado. Apetece-me dizer do teu orgulho e da tua cortesia social. Estão tão intrínsecos em ti! Como se fossem uma segunda pele. Homem e poeta confundem-se. "... o poeta é um distraído terrivelmente atento" este pensamento de Alexandre O´Neill diz do poeta que vive em ti. Diz do distraído que tu eventualmente sejas para alguém. Ler os teus textos é enriquecer-me, enquanto mulher e escritora/ poetisa/ leitora, é tornar-me adulta sem deixar de ter alma e coração de criança: "As crianças são transparentes e andam de mãos dadas com o sol". Ler-te é reaprender o amor, as letras inconformadas do alfabeto, as sílabas sofridas ou não, as palavras livres e as interditas, as frases intensas, sempre em devir... É uma partida constante do grau zero da escrita... Jacira Isabel, do fundo do meu lado mais afetivo... e poético! Beijinho. »
Mero relator neste fa(c)to faço, passo… Mas apetece aconselhar, lembrando que “a realidade mata a ficção”. Deste modo me intrometo, tento aplacar ciúmes e trazer o meu papel de redactor “ao de cima”. Divina missão, ser escanção e servir o vinho à refeição! No hoje, com data de ontem, o que ontem escrevi. Gosto destas frases onde a Lógica se torna matemática, parecendo flutuar entre os dois membros duma equação que oscila entregue às incógnitas considerações de pensamentos e sonhos onde, livremente, se igualam/ equilibram: autor = leitor. Vou pôr ao dispor o que ontem escrevi para o dia de hoje, quando hoje estamos no dia seguinte. É o seguinte, transcrevo o que escrevi ontem e ontem ficou por publicar, vindo a lume hoje. Isto… se não acontecer o mesmo que ontem. Este isto… fará dar a(o) lume a chamada de atenção para uma crónica de hoje, agora a publicar com o dia de ontem. É o meu faro narrativo para esta dança onde a imaginação se p_rosa… Com um cheiro indefinido, procura(s) de definição! Ah… Como mostraR eu a coçar a cabeça? :))
Ao escrever isto, por certo, já citei alguém. Embora a frase, só tendo significado com algum contexto, não se possa situar como citação. Citar exige um contexto específico, têm de o criar, procura a reprodução dum dizer, do seu escrito. Procuro para a crónica algo merecedor de receber história, ser tratada como acontecimento. Nada mais necessito que isto, a palavra. Por isso… procuro leitores, apressados, repousados e com tempo. Fabricar o tempo da palavra, respirar o corpo onde a mesma encontra todas as figuras de estilo. Escrever sem fazer figuras, sem ter estilo, empilhar os vocábulos, fazer paredes tortas, eis uma ideia que me seduz; ver quando – o castelo – vai cair. Procuro uma arte como a da fotografia, captando um momento, onde o precário se possa eternizar. Escrevo como se, dum momento para o outro, estivesse disposto a parar. Não paro e reparo, quando parar, isto… foi o que escrevi. Trata-se de ter uma disposição lúdica, uma predisposição retórica, esperando conseguir uma composição onde (isto) tudo se conjugue num verbo transitivo. Eis-me a chegar a algum lado, aquilo que mais me agrada quando penso que consigo acabar isto. Dando fundamento, conseguindo algo de fundamental: a consistência da imagem! Essa necessidade intrínseca onde se pode encontrar… o motivo. Pode ser, neste caso, o que é (isto?) um verbo transitivo. «Quando as acções significadas pelos verbos e praticadas pelo sujeito recaem sobre uma pessoa, uma coisa ou um animal, diz-se que esses verbos são transitivos», finalmente, cá deixo uma citação. http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Morfologia-Partes-do-discurso/Verbo/Verbos-transitivos-intransitivos-reflexos-e-defe.aspx 15.02.12
A realidade mata a ficção. Não era meu objetivo matá-la, eu que me delicio com as minhas entradas e saídas voluntárias ou involuntárias num mundo mágico, onde as aves podem namorar os gatos... Um mundo inesgotáve e sem regras. Não era meu objetivo sequer entender realidade e ficção, como duas faces da mesma moeda. Nem era meu objetivo fazer teoria de nada. Escrevi, no meu registo, não sei outro, um apontamento mais pessoal, sem me preocupar com as linhas poéticas que os teus textos/ poemas vão traçando... Beijinho Jacira Isabel
Francisco, não gostei do leitor apressado. Apesar de tudo, o que aqui deixo registado ser ao correr dos dedos, sem pré textos ou ideias pré concebidas. Tudo o que vou deixando neste espaço livre e sempre em devir é filho de memórias antigas ou recentes,é fruto daquilo que sou, dos meus pensamentos mais ou menos resolvidos e cimentados ou de pensamentos que me assaltam espontaneamente, ou... Busco uma realidade, outra, que não a real e que, a maior parte das vezes, senão todas, nem sei muito bem qual é. Gosto de vir até aqui porque, acima de tudo, é um desafio confrontar-me com a tua poesia e depois falá-la à minha maneira. Gosto, porque gosto de me expressar através do verbo/palavra. Francisco,Sobre a tua biografia, poderei sempre alterar uma vírgula ou algumas palavras. De momento foi o que tu és. Repara que não me limitei a fazer um retrato físico. Li-te como um todo. Foi pressentido ou sentido, mas foi com verdade. Tu, representas, neste momento uma "personagem" nova na paleta das minhas tintas. Com as tuas palavras tens operado uma revolução nas tonalidades e na luminosidade dos meus dizeres. É como se estivesse a pintar uma tela sem tela...
EMD, Jacira Isabel: Comentários pessoais têm "o contra" de pedir comentários pessoais, eu devo querer crer… ser universal, como advogava Pessoa ou outra loa qualquer, algo que não doa e se doa como explicação de assim ser :) quando Assim publico e Mim, logicamente :)) Pois é, não há qualquer lógica neste comentário, já teria dito tudo, bastava agradecer e dizer do agrado. Desculpas dou, de bom grado!
a cumplicidade de Assim e Mim vai além das banalidades, além dos desgastes. Assim e Mim são perfeitos por serem imperfeitos no mais necessário sentido da imperfeição de um casal, são possessivos um do outro e se tem apenas para si, o que seria perfeito se fosse aplicado entre os casais de carne e ossos. talvez o sonho de todos seja achar a sua costela e só. Assim e Mim me dão a fotografia do encaixe dela na costela dele. são o meu ícone amoroso. :)
Os comentários que receber serão pessoais, para receber resposta pessoal. Só divulgarei se contiverem esse pedido, justificando o seu motivo. O meu motivo é este, transformar a comunicação numa intenção íntima e (bem) pessoal.
POÉTICA
ResponderEliminarronrom
distraída,
esperando
uma festa
na barriga
coisa poética ;)
Mim
http://diariodedetrasii.blogspot.com/2012/01/poetica.html
Mimo
Eliminar(Mim e Assim, sobre os telhados, roronando a necessidade de estarem juntos)
o gato salta
sobre a gata
ágata nos olhos
luz ao negrume
em noite de lume
a lua vaga...
Mima.
É um descanso ser RedatoR duma história onde pesco:
ResponderEliminar«Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "13":
Não te vi hoje na escola. Também tive uma manhã, seguida de aulas e não aulas. Apetece-me escrever-te. Tenho um bom bocado da tarde só para mim e isso é uma felicidade. Já esqueci a Alma (por enquanto) ainda não é daquela maneira que gostaria de escrevê-la. Fica. Nas gavetas da minha memória, na cómoda centenária do meu imaginário, chocando, em gestação...
Agora apetece-me dizer da tua altura e de ti. Do homem bonito que tu és. Da tua voz cadenciada e sensual. Do teu porte desportivo e fleumático, dos teus olhos garotos e tranquilos, do teu andar solto e seleto.
Apetece-me dizer do teu estar na vida. Sereno, inteligente e poético, sem deixares de colocar os pés em solo fértil e seguro. O teu estar é descontraído e prático. Um estar que pode passar por "deambular", mas nem pensar! Tu, Francisco, estás quase sempre extraordinariamente atento a tudo e a todos os que te rodeiam. Não há borboleta ou libelinha que te escape. Não há dúvida ou exclamação que te passe ao lado. Apetece-me dizer do teu orgulho e da tua cortesia social. Estão tão intrínsecos em ti! Como se fossem uma segunda pele.
Homem e poeta confundem-se. "... o poeta é um distraído terrivelmente atento" este pensamento de Alexandre O´Neill diz do poeta que vive em ti. Diz do distraído que tu eventualmente sejas para alguém.
Ler os teus textos é enriquecer-me, enquanto mulher e escritora/ poetisa/ leitora, é tornar-me adulta sem deixar de ter alma e coração de criança: "As crianças são transparentes e andam de mãos dadas com o sol". Ler-te é reaprender o amor, as letras inconformadas do alfabeto, as sílabas sofridas ou não, as palavras livres e as interditas, as frases intensas, sempre em devir... É uma partida constante do grau zero da escrita...
Jacira Isabel, do fundo do meu lado mais afetivo... e poético! Beijinho.
»
Mero relator neste fa(c)to faço, passo…
Mas apetece aconselhar, lembrando que “a realidade mata a ficção”. Deste modo me intrometo, tento aplacar ciúmes e trazer o meu papel de redactor “ao de cima”. Divina missão, ser escanção e servir o vinho à refeição!
No hoje, com data de ontem, o que ontem escrevi. Gosto destas frases onde a Lógica se torna matemática, parecendo flutuar entre os dois membros duma equação que oscila entregue às incógnitas considerações de pensamentos e sonhos onde, livremente, se igualam/ equilibram: autor = leitor.
Vou pôr ao dispor o que ontem escrevi para o dia de hoje, quando hoje estamos no dia seguinte. É o seguinte, transcrevo o que escrevi ontem e ontem ficou por publicar, vindo a lume hoje. Isto… se não acontecer o mesmo que ontem.
Este isto… fará dar a(o) lume a chamada de atenção para uma crónica de hoje, agora a publicar com o dia de ontem. É o meu faro narrativo para esta dança onde a imaginação se p_rosa… Com um cheiro indefinido, procura(s) de definição!
Ah… Como mostraR eu a coçar a cabeça? :))
Vamos lá:
ResponderEliminar(AO ESCREVER) ISTO
Ao escrever isto, por certo, já citei alguém. Embora a frase, só tendo significado com algum contexto, não se possa situar como citação. Citar exige um contexto específico, têm de o criar, procura a reprodução dum dizer, do seu escrito.
Procuro para a crónica algo merecedor de receber história, ser tratada como acontecimento. Nada mais necessito que isto, a palavra. Por isso… procuro leitores, apressados, repousados e com tempo. Fabricar o tempo da palavra, respirar o corpo onde a mesma encontra todas as figuras de estilo.
Escrever sem fazer figuras, sem ter estilo, empilhar os vocábulos, fazer paredes tortas, eis uma ideia que me seduz; ver quando – o castelo – vai cair. Procuro uma arte como a da fotografia, captando um momento, onde o precário se possa eternizar.
Escrevo como se, dum momento para o outro, estivesse disposto a parar. Não paro e reparo, quando parar, isto… foi o que escrevi. Trata-se de ter uma disposição lúdica, uma predisposição retórica, esperando conseguir uma composição onde (isto) tudo se conjugue num verbo transitivo.
Eis-me a chegar a algum lado, aquilo que mais me agrada quando penso que consigo acabar isto. Dando fundamento, conseguindo algo de fundamental: a consistência da imagem! Essa necessidade intrínseca onde se pode encontrar… o motivo. Pode ser, neste caso, o que é (isto?) um verbo transitivo. «Quando as acções significadas pelos verbos e praticadas pelo sujeito recaem sobre uma pessoa, uma coisa ou um animal, diz-se que esses verbos são transitivos», finalmente, cá deixo uma citação.
http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Morfologia-Partes-do-discurso/Verbo/Verbos-transitivos-intransitivos-reflexos-e-defe.aspx
15.02.12
R
Eliminarpelo que leio tu já tens a crônica, basta tocá-la no papel com a letra certa sobre a mesa certa na hora incerta de escreveres.
se teus motivos são os verbos transitivos, já tens a verve nas mãos pois as imagens que tais verbos proporcionam são intensas!!!
te beijo, R***
A realidade mata a ficção. Não era meu objetivo matá-la, eu que me delicio com as minhas entradas e saídas voluntárias ou involuntárias num mundo mágico, onde as aves podem namorar os gatos... Um mundo inesgotáve e sem regras.
EliminarNão era meu objetivo sequer entender realidade e ficção, como duas faces da mesma moeda.
Nem era meu objetivo fazer teoria de nada.
Escrevi, no meu registo, não sei outro, um apontamento mais pessoal, sem me preocupar com as linhas poéticas que os teus textos/ poemas vão traçando...
Beijinho Jacira Isabel
Francisco, não gostei do leitor apressado. Apesar de tudo, o que aqui deixo registado ser ao correr dos dedos, sem pré textos ou ideias pré concebidas.
EliminarTudo o que vou deixando neste espaço livre e sempre em devir é filho de memórias antigas ou recentes,é fruto daquilo que sou, dos meus pensamentos mais ou menos resolvidos e cimentados ou de pensamentos que me assaltam espontaneamente, ou...
Busco uma realidade, outra, que não a real e que, a maior parte das vezes, senão todas, nem sei muito bem qual é.
Gosto de vir até aqui porque, acima de tudo, é um desafio confrontar-me com a tua poesia e depois falá-la à minha maneira. Gosto, porque gosto de me expressar através do verbo/palavra.
Francisco,Sobre a tua biografia, poderei sempre alterar uma vírgula ou algumas palavras. De momento foi o que tu és. Repara que não me limitei a fazer um retrato físico. Li-te como um todo. Foi pressentido ou sentido, mas foi com verdade. Tu, representas, neste momento uma "personagem" nova na paleta das minhas tintas. Com as tuas palavras tens operado uma revolução nas tonalidades e na luminosidade dos meus dizeres. É como se estivesse a pintar uma tela sem tela...
Parabéns pelo pequeno-almoço. Jacira Isabel
EMD, Jacira Isabel:
EliminarComentários pessoais têm "o contra" de pedir comentários pessoais, eu devo querer crer… ser universal, como advogava Pessoa ou outra loa qualquer, algo que não doa e se doa como explicação de assim ser :) quando Assim publico e Mim, logicamente :))
Pois é, não há qualquer lógica neste comentário, já teria dito tudo, bastava agradecer e dizer do agrado. Desculpas dou, de bom grado!
(...)
ResponderEliminar14.02.12
(Fica para... depois) ;)
R
Acompanhemos Assim & Mim:
BANALIDADE(S)
1
PARADO NO TEMPO
só olhando alguém que fala
da forma mais distraída
é que me apercebo
de como sou quando
assim me escrevo
numa fala, sem nada dizer…
Assim
NO TEMPO PARADA
desse modo procuro ouvir
olhando o que me dás
a ler toda inebriada
esperando revelação
quando ela tarda
até nada saber acontecer
Mim
14.02.12
(continua)
francisco,
Eliminara cumplicidade de Assim e Mim vai além das banalidades, além dos desgastes.
Assim e Mim são perfeitos por serem imperfeitos no mais necessário sentido da imperfeição de um casal, são possessivos um do outro e se tem apenas para si, o que seria perfeito se fosse aplicado entre os casais de carne e ossos. talvez o sonho de todos seja achar a sua costela e só.
Assim e Mim me dão a fotografia do encaixe dela na costela dele.
são o meu ícone amoroso. :)
beijos***
PS. aguardo conti_nua_ção...