quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

22

O FOGO

escrever

nu libertar
a alma

ou outra
coisa…

qual quer?
Assim

12 comentários:

  1. AS ÁGUAS

    desejo
    este soltar
    a soltura

    vazar
    vagalhão

    rebentar…
    Mim
    http://diariodedetrasii.blogspot.com/2012/01/as-aguas.html

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    1. rebentar
      nu
      vazar
      a escrever
      !

      tu trazes os poemas de ontem com a cara de hoje e eu não canso de desenhar na poça d'água a distração para que passe o tempo de hoje e a tua poesia conti_nu_e amanhã (e depois e depois e depois e depois 88888888_infinito). :)

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    2. ...ah...

      beleza
      teu
      besame.....

      de fazer sonhar...

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    3. Cheia de mistérios e descobertas, tua presença!
      Vi a ligação em teu nome, beijos***
      Muito obrigado (me abriga & obriga ;)

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  2. Nenúfar sensual



    Devagar
    Anunciaram
    O temporal
    No mesmo dia
    Em que o nenúfar
    Deu à luz
    Um portinho
    De violetas
    Azuis escarlate
    Devagar
    Pediram
    À flor de laranjeira
    Uma pétala
    Apenas
    Uma apenas
    Antes que viesse
    O vendaval
    Das sílabas abençoadas
    Miraculosamente

    Devagar
    Cultivaram
    Sabão branco e azul
    Nos teus olhos
    De água
    De terra
    De gente sã
    De tradição em tradição
    De vinho escorrido na garganta
    Saboreado gota a gota


    Deixa-me voar
    Sentada
    Na cauda
    De uma saudade



    Devagar
    Derramaram
    O leite
    No leito do meu regaço
    Seio
    Ou nádega
    Deslizaram
    Beijos
    Rente
    Aos lábios
    Inchados
    Ao canto
    De uma
    Hortênsia
    Envergonhada


    Devagar
    De mansinho
    Choveram
    Cristais
    Atónitos
    Para os lados
    Do meu quintal
    Deitando abaixo
    Uma palmeira de leques
    Copulando
    No cimo das copas adormecidas


    Deixa-me voar
    Sentada
    Na cauda
    De uma saudade


    Devagar
    Muito devagarinho
    Vais subindo
    Pelas minhas coxas
    Ansiosas
    Vivazes
    Serpentes de amor
    As tua mãos
    Cintilantes
    Varonis
    Suaves, porém …


    Deixa-me voar
    Sentada
    Na cauda
    De uma saudade …


    Deixa-me
    Uma saudade
    Porém …

    Jacira Isabel

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    1. Jacira,
      Ainda não te fiz a leitura do poema anterior, o qual me entregaste em papel. Nele, fui lendo e anotando, como já uma vez te mostrei. Acabei fazendo várias anotações, determinando as áreas evolutivas do poema. No final, entre versos considerados nucleares na minha leitura, determinei várias zonas, todas elas acompanhando o evoluir do poema. Essas zonas, fui-as assinalando: situações e observações, tentando mostrar o fundo narrativo ficcional da tua poesia. Vamos ver se isso tb se pode aplicar neste poema:

      Nenúfar sensual

      Devagar (situação: disposição)
      Anunciaram (observação: dar à Luz, criar em Poesia)
      O temporal
      No mesmo dia
      Em que o nenúfar
      Deu à luz
      Um portinho
      De violetas
      Azuis escarlate
      Devagar (situação: refrão)
      Pediram (observação: «o vendaval…»)
      À flor de laranjeira
      Uma pétala
      Apenas
      Uma apenas
      Antes que viesse
      O vendaval
      Das sílabas abençoadas
      Miraculosamente

      Devagar (situação: refrão)
      Cultivaram (observação: «… em tradição»)
      Sabão branco e azul
      Nos teus olhos
      De água
      De terra
      De gente sã
      De tradição em tradição
      De vinho escorrido na garganta
      Saboreado gota a gota

      Deixa-me voar (observação: «saudade»)
      Sentada
      Na cauda
      De uma saudade

      Devagar (situação: refrão)
      Derramaram (observação: «Beijos»)
      O leite
      No leito do meu regaço
      Seio
      Ou nádega
      Deslizaram
      Beijos
      Rente
      Aos lábios
      Inchados
      Ao canto
      De uma
      Hortênsia
      Envergonhada

      Devagar (situação: refrão)
      De mansinho (observação: «Copulando»)
      Choveram
      Cristais
      Atónitos
      Para os lados
      Do meu quintal
      Deitando abaixo
      Uma palmeira de leques
      Copulando
      No cimo das copas adormecidas

      Deixa-me voar (observação: «Na cauda»)
      Sentada
      Na cauda
      De uma saudade

      Devagar (situação: refrão)
      Muito devagarinho (observação: «Pelas minhas coxas»)
      Vais subindo
      Pelas minhas coxas
      Ansiosas
      Vivazes
      Serpentes de amor
      As tua mãos
      Cintilantes
      Varonis
      Suaves, porém …

      Deixa-me voar (observação: «Sentada»)
      Sentada
      Na cauda
      De uma saudade …

      Deixa-me (observação: «Porém…»)
      Uma saudade
      Porém …

      Jacira Isabel


      POREI

      porém
      di_rei assim
      como sou um rei

      gozando
      do teu gozo

      prazer da fazer (!)
      Assim

      PAIRO

      porão
      dum casco
      flutuando leve

      com o sabor
      da onda

      nas vagas de amar
      Mim

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    2. Boa noite, os teus versos em "Porei" são quase como que um prolongamento de alguns conceitos meus!? Há, tanto na tua análise, como nestas últimas palavras o tal fluir ininterrupto do dizer. Assenta com uma luva de cetim em Mim. Gosta da subversão gramatical: "prazer da fazer" e do Assim entroncado neste microcosmo amoroso, belo, ternurento. As tuas palavras são sempre divinais e transparentes. Há uma leveza surpreendente na tua poesia!E há também um fazer-se como a malha ou o "crochet",ou o mel, encadeado, bem encadeado. Como num tecido...Por entre fios mágicos paira o amor sempre novo, o amor constantemente renovado entre Mim e Assim... Francisco, digo-te que este poema é dos mais belos que já li e dizer isto é sempre dizer quase nada...
      "Nas vagas de amar/ Mim",retorno à pujança do Assim, ao seu dizer arrebatador, ao seu modo mais viril de amar!?... Também não fico indiferente à força verbal de por, num tempo futuro,funcionando como uma espécie de premonição, aliás, o mesmo se verifica em "direi"... Paira sobre este poema um certo misticismo secular(não sei se era esta a palavra...)com sabor a infinito, a plenitude, a tranquilidade... a felicidade completa, até..O "porão" de verbo passa a substantivar-se, porque os conceitos o pedem, quase por arrastamento.E o porão, local mais profundo da embarcação está ao serviço de ideias, sentimentos, pensamentos, que por si só são simples e leves, mas que estão enraizados, profundamente enraizados...Também gosto do mar(outro símbolo da água), envolvendo tudo... Assim e Mim em comunhão jubilosa...!O MAR, o grande MAR, como em Ulisses, temperando e guardando esta paixão explosiva, este amor consistente. O tão só MAR abençoando este par sigular... jacira, a caminho da cama, mas cheia de ti ou das tuas sílabas.

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    3. Francisco, a caminho da cama... Bom te ler, boa noite!

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  3. Francisco, o meu filho ajudou-me e consegui! Estou feliz!Quando puderes faz um comentário. Não é difícil! Os teus dois últimos poemas estão bonitos: fogo e água! Não deve ser por acaso... Assim e Mim duas forças da natureza poética e não só... O rebentar das águas em Mim levou-me logo ao nascimento ou ao renascimento, que está ímplicito e envolto em água. Água, o tal conceito do meu trabalho! Vês, como na escrita tudo se inter relaciona? A água também é símbolo do constante fluir do tempo, por exemplo, nos rios ou na chuva, o tempo da escrita e o cronológico. Continua a deixar fluir essse diálogo encantador e eterno, entre as tuas personagens, ou os teus dois amantes... Não tarda,... as tuas palavras têm de saltar para dentro de mais um livro...! beijinho

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    1. Jacira,
      Respondo, tendo por pressuposto que, quem nos lê, te toma por mais uma criação literária do Assim, Mim ou de mim. O R não tuge nem muge, está ao ralenti… Funciona, como uma máquina queda, quieta a trabalhar, motoR a rodaR. Faz micro contos :))
      Digo eu, deixando que ele Realize, alisando a passadeira para… desfila_R dois micro contos:
      «
      PONTO :(

      Já pensou o que seria escrever para a Vodafone e ao chegar, já ter uma carta com um cartão telefónico para poder falar comigo ao telelé? Não, não pensou.
      Pense, a Vodafone devia pagar este anúncio, não o faz :(

      SORRY

      Quem diria que seria aqui o Fim?
      Fiquei sério um bom momento, depois apetecia-me escrever: ri, mas só sorri :)
      »
      Eles poderiam ser princípio e fim de uma colectânea, o que me levou aqui:
      «
      http://diariodedetrasii.blogspot.com/2010/11/dia-7.html
      A CARTA MICRO

      Sonhei contigo, um sonho encantador, andávamos de noite empurrando uma traquitana com música e vídeo, levávamos uma lanterna nas mãos, tu e eu.

      levávamos lanternas nas mãos, tu e eu.
      »
      Aqui terá de entrar o R, o relatoR. Tem jeito não…
      «
      Ficção em tópicos


      ________________________________________
      Dica 83: Entenda a diferença crucial entre enredo, história e tema.
      Posted: 21 Feb 2012 01:08 PM PST
      Enredo é o que acontece em uma história de ficção. Está relacionado à ação e movimentação dos personagens na narrativa. O enredo é físico, concreto, objetivo.
      História é como os personagens principais se sentem em relação ao que acontece com eles no enredo. Está relacionada à reação emocional dos protagonistas. A história é mental, abstrata, subjetiva.
      Tema é o assunto principal que a história apresenta. Está relacionado com o conflito central da narrativa, que em essência se relaciona à dificuldade e capacidade de superação do espírito humano. O tema é dramático, sujeito à interpretação do leitor. É uma verdade sobre a vida que emerge da experiência dos personagens da história.
      Ajude outros escritores a descobrir esse texto simplesmente clicando no botão [+1] no site. Leia também:
      • Dica 71: Conheça sua história antes de começar a escrever.
      • Como escrever diálogos envolventes para suas histórias de ficção?
      • Como uma conversa franca com seus personagens pode mudar o rumo da sua história?
      • Como criar um documentário que mostre a verdade sobre um tema.
      • Dica 79: Coloque a sua história em ordem.
      http://ficcao.emtopicos.com/2012/02/dica-enredo-tema-historia/

      »
      Para terminar, mais um micro, com contexto.
      «
      OBSCURO

      Dá vontade de não parar de ler, reler vai ser a solução! Ainda não, vou a caminho do fim...
      Depois do primeiro parágrafo é que me perguntei: - Que estás a fazer?
      Como não houve resposta, cheguei à conclusão conhecida, estou sozinho!
      Fazer o quê? Está claro, é obscuro: escrever.

      Claro, um abraço: A_braços!!
      http://e-chaleira.blogspot.com/2011/10/um-poeminimo-um-miniconto-spleet.html
      »
      Dou o tema por concluído por aqui, continuo em teu outro comentário.
      O teu filho só te vai ajudar quando fizer com que a mãe nos presenteie com um blog, para daqui te podermos seguir :))
      Abraço, a_braços!!

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  4. Que lindo Francisco, o fogo se liberando como lavas vulcânicas e escorrendo para água que flui mansa. Bela harmonia.Grande mistura! Beijos no coração! bbrian.

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    Respostas
    1. BB,
      Não percas um dos duetos mais perfeitos do Assim & Mim, nos comentários do dia… creio que ontem.
      Tu_a leitura sempre enriquece a escrita ;)
      Beijos do coração!

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