Depois de um peixe, um pássaro, um
mamífero… vem mesmo a calhar. Calhou olhar-me ao espelho e ver que tenho mamas,
sou mamífero, mamífera. Fiquei fera, mostrei as unhas para o espelho. Depois
cedi à coqueteria, tornei-me coquete. Penteei-me, só desisti quando pensei como
seria – dizer que me penteava para sentir – festas no cabelo, passando da
cabeça a todo o corpo. Ainda estou a pensar, sempre pensando, à falta de uma
ideia melhor, posso voltar a escovar o cabelo.
[ah... Roger Rabbit irresistível! ;)]
ResponderEliminarMina mira-se no espelho e pode ser tudo, até mulher! muito bom!
a autonomia afectiva de produzir suas próprias festas na cabeça, ao pentear os cabelos, é um sonho de consumo! rs fico aqui pensando: como a Mina é moderna. :)
adorei o texto, sua versatilidade encanta ao leitor. ;)
um beijo.*.
É possível. O cabelo. Ou a escova. Quando a palavra não é punhal, ou a fera (ainda) não está ferida. Mesmo assim, há a opção. Da história ser ficção ou realidade. E mesmo sendo realidade, de mudar o cenário. Da floresta. Ou do penteado.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Ficção da realidade/realidade da ficção:
EliminarBom fim de semana!