Tenho uma dessas coisas às quais espero um
dia dar nome, enquanto vou pensando palavras improváveis. Deste modo, desde
este momento, aguardo inspiração. De certo modo, o modo incerto, inserto em
meus pensamentos: viajo.
A luxúria sempre foi o meu pecado favorito,
nem sendo pecado, ela não peca em sua qualidade virtuosa de voluptuosa fonte de
imaginação. Já em relação à acção, vamos lá, pedem-me uma história, procuremos
um casal.
A. e M., A&M, uma parceria apetitosa,
capitosa…
A. escreveu, M. respondeu, conheceram-se.
Desde o primeiro momento souberam que o futuro de um seria o futuro do outro,
deste modo encontraram-se prontos para ter um futuro comum. Uma coisa se sabe,
a resposta de M. à pergunta de A. sobre esse "pecado mortal", a
luxúria: É um luxo.!.
A resposta de M. de tal modo exaltou A. que
este perguntou, pedindo: Posso ir visitar você? Para mim a história acabava
aqui, pois ela só tem valor com a imaginação vivida por quem a tem de viver:
você.
A. não conseguiu esperar a resposta de M.,
teve de ir acasalar com Y.. Aquela história romântica e impoluta, sem traição
nem dúvida, já não levanta mais duvidas, não existe. Mas é mentira, M. adorou
saber como A. era realizado.!.
A partir daqui é que julgo já não ser
preciso acrescentar muito mais, acabaram todos por se encontrar, sendo K.
apresentado a M., foi a promiscuidade total.
Quanto à luxúria, em si mesma, essa é uma
outra história. Ela não resiste à sua definição, podendo ser uma qualquer,
aceitamos a seguinte definição:
«Luxúria: apego e valorização extrema aos
prazeres carnais, à sensualidade e sexualidade; desrespeito aos costumes;
lascívia.»
Não queria acabar esta narrativa, mesmo
vazia de descrição de actos que não pertençam apenas à sua natureza duma ficção
fictícia, sem dizer como a lascívia é uma delícia. Provar?
M. no seu dia-a-dia não mostra a lascívia
que tem ou sente, passou a guardá-la para A. e é esta a mensagem do amor
romântico desenvolvido entre A. e M. a ponto de formarem a parceria A & M.
Terá ficado a faltar saber sobre Y. e K.
notícias seguintes, a seguir no futuro? O futuro já aconteceu, já é passado.
Felizmente para todos nós, o futuro a todos nos espera. Uma frase um pouco
esdrúxula, digna de cartas de amor já escritas e a escrever.
Descrever quanto tarda para o quando chega
o final, já não falta nada, ele chegou. Sei que é uma descrição demasiado
sucinta para que a consiga saborear com luxúria, é um luxo a que não me posso
dar. Ainda tenho muitos outros pecados, a bem dizer… todos os pecados ficam por
contar. Pergunto-me, o que conta é a intenção?
Então não acabo, recomeço.
M. mete a língua dentro da orelha de A.,
acariciando o seu ouvido. Acaricia, sem conseguir penetrar o que perpetra… na
sua boca. Eles acariciam-se de língua, de forma lasciva, vão-se despindo das
roupas. Tocam-se nos respectivos sexos, não param por aí. Envolvem-se
abraçando-se, atrasando a penetração que continua por acção da língua de cada
um na boca do outro.
A coisa fica tão deliciosa que se torna
difícil acreditar que se possa manter por muito mais tempo o atraso onde já se
adiantaram, em proporções transcendentes para a capacidade da língua servir
para dizer tudo que duas línguas conseguem dizer e fazer em simultâneo.
Insatisfeito, aguardo o desfecho improvável
com que deve culminar este conto, está pronto, pronta? O final apronta, como
não podia deixar de ser.!. É do sexo, começaram e não vão acabar, não querem
acabar. O que acontece é tão prosaico que obedece apenas à prosa, este conto
não se prolonga para o verso. Acaba porque tem de acabar, onde esta página irá acabar.
Porém, para não nos ficarmos por um determinismo tão seco, A. massaja de sémen
M. e de que forma isso tem maneira é o final do conto, dá-lhe tempo para
acariciar a ideia sugerida: introduza os dedos até sentir plenamente a
introdução, nela me comprazi sobre o teclado. Agradeço, faça sua esta
conclusão. Se quiser acrescentar mais alguma coisa, tenha toda a luxuria do
mundo!
que texto, heim?! ufa!
ResponderEliminaro que fica em mim é o Voyeurismo literário de leitora, a fome de letras, a luxúria de imaginar a história em pormenores. :)dizer mais é sair da luxúria e entrar no erotismo verbal. :D
ah, sim, e o bonequinho fazendo tudo o que lhe apetece é a cara da luxúria!
grande retorno ao blog, com textos bastante criativos. gostei :)))
beijo.
Quem diria eu vir incentivar e agradecer "o Voyeurismo", Beijão (*)
EliminarBeijo ;)
ResponderEliminarOi Teca :))
EliminarDeu-me a tentação de pedir um beijo ou um abraço, ainda bem você sabe como é inspiradora!
Beijo