(A) SENSUALIDADE
às letras dou todos os sentidos
onde elas se dão ao corpo e alma
com que a elas me entrego
sobre que seja (o) soneto,
forma clássica dum obrar
dos versos onde (o) cometo
quando como agora conto
as sílabas para produzir
uma métrica mais perfeita
ajeitada ao jeito a vir
directa desta inspiração
que procura na forma compor
improviso e respiração
como (o) mais completo fluir
onde o que se pensa ao por
é (o) ovo no seu eclodir!
Voltando ao dia de ontem, comentário e [n]ovo poema:
Antes de mais grato por não deixarem o poema cair em "saco roto". Quanto à discussão rica e sempre inacabada da importância da forma e das suas implicações com o conteúdo (...) a composição que vou apresentar de seguida. Não sem antes dizer que não leio como um soneto o poema que publiquei antes. Formalmente sim, pelo número de versos, pelo tipo de rima; o ritmo do poema e a sua métrica escapam por completo, são outra coisa que o soneto não é. Um soneto é uma composição dum lirismo tangível, já o poema que escrevi é quase um "ensaio" sobre a sensibilidade às sensações inerente à expressão poética dum grito. Todo o poema vive da plástica das palavras, ambicionaria poder dizer que faz a construção da sua própria beleza num todo onde se quis reforçar a importância da forma. Se não o leio como um soneto, leio como é, efectivamente, muito marcado pela forma. Um à parte, gostei imensamente dum verso: «aberta como um vale cavado num perfume» metaforizando a palavra "garganta".
ECLOSÃO
Antes de mais grato por não deixarem o poema cair em "saco roto". Quanto à discussão rica e sempre inacabada da importância da forma e das suas implicações com o conteúdo (...) a composição que vou apresentar de seguida. Não sem antes dizer que não leio como um soneto o poema que publiquei antes. Formalmente sim, pelo número de versos, pelo tipo de rima; o ritmo do poema e a sua métrica escapam por completo, são outra coisa que o soneto não é. Um soneto é uma composição dum lirismo tangível, já o poema que escrevi é quase um "ensaio" sobre a sensibilidade às sensações inerente à expressão poética dum grito. Todo o poema vive da plástica das palavras, ambicionaria poder dizer que faz a construção da sua própria beleza num todo onde se quis reforçar a importância da forma. Se não o leio como um soneto, leio como é, efectivamente, muito marcado pela forma. Um à parte, gostei imensamente dum verso: «aberta como um vale cavado num perfume» metaforizando a palavra "garganta".
ECLOSÃO
(o) eco na composição
vamos cá com calma ponderar sobre que seja (o) soneto,
forma clássica dum obrar
dos versos onde (o) cometo
quando como agora conto
as sílabas para produzir
uma métrica mais perfeita
ajeitada ao jeito a vir
directa desta inspiração
que procura na forma compor
improviso e respiração
como (o) mais completo fluir
onde o que se pensa ao por
é (o) ovo no seu eclodir!
ECLOSÃO
ResponderEliminarBelíssimo na ate da palavra este Soneto,
que caminha entre o som e o vento.
Efigenia
Tens razão. De Soneto, a forma estética e superficial, neste e n'outro.
ResponderEliminarEmprestaste um audaz e sóbrio ar de profundo significado à casca (soneto) que tens como arte, com certeza!!!
Da aprendizagem sou fã, és um mestre singular!
Obrigada.
Amei o novo post, inspirador e magnanimo!!!
Um beijo carinhoso ♥