Deodoro,
é este nome herdado duma carta dum bisavô, para a bisavó. Já essa mãe do avô
morrera e dissera ao pai do meu pai, filho dela, não perceber a assinatura na
carta. Carta de namoro, normal, duma ocasião em que viajara o namorado.
O
avô nunca conhecera o pai dele por Deodoro, os papéis haviam ardido;
desaparecidos. Ir a um cartório perguntar pelo bisavô, seria outra história;
fiquei assim, com o nome herdado duma carta.
Deodoro
VELA ACESA
ResponderEliminaras palavras ardem
papéis voláteis
ardendo
espirais fina
de fumo
a vela ardendo!
Assim
ACESA VELA
o tremular
da luz bailarina
teu cheiro
dá a estearina
derradeira
lágrimas de cera!
Mim
Quando leio um conto, sou crítico; como toda a gente…
Penso que poderia haver um motivo dado pelo bisavô à bisavó, para ter assinado Deodoro e ela ter esquecido. Penso que, com o regresso do namorado, a bisavó pode ter esquecido completamente a carta; pode até, nem ter querido saber que Deodoro seria aquele nome, para evitar não perceber a explicação?
Explicações inexplicáveis, são das explicações mais comuns. Como seria pôr o Deodoro, o autor, a explicar como é que o avô, filho da bisavó, pai dele, deixara em claro esclarecer melhor o nome na carta. Qual o papel do pai, na preservação da carta?
Certamente teriam tido acesso aos papéis “ardidos”, desaparecidos… certidão de nascimento do bisavô, conservatória do registo civil onde pudesse… ter alterado o nome?
Qual seria o nome do bisavô? As histórias duma história são infinitas, mesmo a história sendo só uma!
Pois é, emprestaram-me um transformador, estou com o portátil a funcionar.
Funciona teu portátil e nós agradecemos!
ResponderEliminarNão sejas duro com Deodoro... Bem sabes que os persona_gens agem com a imaginação de seus leitores e caberá a nós, que lemos do Deodoro acreditarmos na hipóteses que ele narra, pensando inclusive que o mistério se trata de algo muito delicado para a família e como não raro acontece, inventaram-lhe qualquer história para o nome apenas para não revirar o baú de recordações pouco dignas da bisavô :).... Quem sabe? O que sabemos é que Deodoro dividiu conosco uma história e devemos, como leitores, questionar, mas nunca duvidar! Todos os personagens são admiráveis! Eu, particularmente, gostei da história que ele contou e acreditei que ele acredita nela e fez dela verdade!
Bom ler a continuação alfabética, embora tenha achado muito oportuna as tuas publicações extras, assim tive o prazer de conhecer, em texto primoroso, a importância emocional de Coimbra para o Coimbra!
Beijo.*.
Ainda bem que o portátil está operacional! jacira com pressa, aqui e agora.
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