sexta-feira, 15 de junho de 2012

PALMIRA


«Carlos se atem ao que é postado aqui e valoriza a obra que aqui se desenvolve», EMD

«O Poeta Francisco um personagem. Fosse meu o poema dedicaria a Você, com todo respeito, créditos e autoria criativa do Poeta Danilo MM», Olara

Ater é um verbo a ter em conta, mais para crente que para ateu? Se a Fé é apanágio privilegiado de quem tem uma filiação teológica, aceito duvidar.   

Assim & Mim 15.06.12

CONTO

num papel dobrado
uma história aguarda
ser lida para ela

leva à guarda
de letras

verdades insuspeitas!
Assim

TONTO

como você é belo
dando-me para abrir
um papel meu

só de imaginar
o que conta

sem que saiba o quê!
Mim

PALMIRA 20.08.11

Num bolso – acaba em sua existência de conto – a personagem. O seu percurso, a sua história. Trata-se de um apaixonado, para quem a fantasia toma a existência fantástica que o leva a conhecer o coelho que poderia ser da Alice. Apenas uma das muitas manifestações da sua imaginação apaixonada – capaz de tirar dum dos vários bolsos com que adorna as suas vestes – uma estrela, a lua, inevitáveis flores.
A narrativa não hesita em desafiar a filosofia, banaliza-a, sem lhe dar foros de possuir respostas à altura da realidade. Talvez seja engano da personagem, uma interpretação errónea? Quem se importará de errar, se consegue entrar dentro dum dos seus bolsos, aí ficando na esperança, usando espera de ser encontrado pela sua amada!
Uma personagem interessante, capaz de se pôr no caminho da Filosofia. Não aconteceu, os substantivos às vezes dissipam sua substância: ciência da fantasia? Ela, Palmira; ele, não sabemos.

Newton

8 comentários:

  1. francisco,

    a surpresa de uma carta de um para o outro, no duo do teu casal. cartas ditas em poemas são os verdadeiros selos, melhor lê-los com amor!

    palmira é um conto lúdico, belo, um mimo delicado, um autor que guarda personagens nos bolsos, estrelas para dar a iluminar o céu que nos cobre as histórias!

    que belo post.

    dá gosto ver a tua criação.

    um beijo.*.

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  2. Muito romântico Poeta,guardar a amada num conto, deixá-la abrir-se em fantasias.Palmira encontrou um amor muito gentil.
    Teologia à parte, como deve ser, cada um procura seus meios e crenças.
    Beijos no coração!

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  3. Betina,
    Teu comentário me trás, imagino-o uma carta pedindo a resposta que quero dar, o que me leva..., trás e leva, atrás do que lembro seja o que deseja quem se publica, para falar da publicação.
    Há um conto, a quem o adjectivo lúdico por ti empregue empresta a feição que gostaria para o facto, dado em função do acto de o encontrar imbricado, brincando com a importância do Coelho.
    Escolhido o conto, emprestado ao Newton, Assim & Mim o leram, comentando como só eles sabem se corresponder poeticamente.
    Poeticamente, com a poesia de apelar a cor duma resposta feita em correspondência, deixo a explicação onde agora me apliquei.
    Possivelmente a melhor explicação para o que dizemos ou escrevemos é tê-lo feito ao dito, de modo a modelar a realidade como as peças de barro saem das mãos do oleiro. Sendo mais certo ser, o exemplo mais certo, a plasticina nas mãos de quem experimenta exprimir-se modelando formas sobre a forma informe da matéria moldável antes de se mudar: SE/'se' da ideia à palavra, formada da ideia.
    Sendo esta a minha ideia, agora a dou por feita, mesmo sabendo-a imperfeita. Porque a perfeição não se dá por acabada, deve começar onde a julgamos terminada, onde a encontramos. E, o que dizemos? A perfeição, só existe como ideal, ideia 'perfeita' de si mesma, de nós mesmos, na realidade projectada onde se materializa o que de real há na utopia do sonho! Suponho seja isto... A UTOPIA DO SONHO, um nome de mais um texto de PPP: Pois, Puxa, Pimba!
    Beijos

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    Respostas
    1. «Porque a perfeição não se dá por acabada, deve começar onde a julgamos terminada, onde a encontramos.»


      «Possivelmente a melhor explicação para o que dizemos ou escrevemos é tê-lo feito ao dito, de modo a modelar a realidade como as peças de barro saem das mãos do oleiro. Sendo mais certo ser, o exemplo mais certo, a plasticina nas mãos de quem experimenta exprimir-se modelando formas sobre a forma informe da matéria moldável antes de se mudar.»


      A UTOPIA DO SONHO
      A perfeição, só existe como ideal, ideia 'perfeita' de si mesma, de nós mesmos, na realidade projectada onde se materializa o que de real há na utopia do sonho! Suponho seja isto...

      :)

      belíssimo texto!

      um beijo.*.

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  4. Francisco, é lindo este deambular de cartas, bilhetes mimosos de amor! Como pano de fundo um par sempre renovado,vigilante e apaixonado... Tontos!(gosto do tonto!)
    Assim e Mim espetadores eternos de edílios eternamente eternizados. Troca de missivas de amor, correspondência interminável e pura.
    A subtileza do amor como se de uma rosa entreaberta e gratuita se tratasse.
    Correspondência ímpar entre poesia e narrativa.
    Grata pelas tuas palavras tranquilas.
    Onde acaba o poema começa o sonho! Sintonia, sinfonia angelical... beijinho no coração

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  5. São tantos personagens entre letras e espantos que a gente acaba se encaixando como tonta em um dos contos... que mágico!!!!

    Bom fim de semana.
    Beijo carinhoso.

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  6. Gosto muito do texto, é parecido com a ideia de um criador inocente, talvez um mímico a ofertar flores só imaginadas por nossas narinas ao vê-lo pronunciar o silêncio de um gesto sobre cheirar uma flor invisível.

    Fico também cheio de vaidade ao ver que tomei mesmo importância aqui. Rio de Bbrian dizer que sou personagem e gostaria muito de saber quem seria o meu "pai" criador...
    Enfim, vou vivendo a minha vida de personagem virtual e Carlos miserável e humano na vida real.

    Saio ganhando aqui!

    Abraço.

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  7. Carlos, eu também rio. Seu criador prá mim é o Poeta Francisco, quem lhe escreve eu tenho dúvidas. Beijos nos corações!

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