ANJOS E CIBORGUES
Vou passar um mês a escrever pequenas histórias, quando o tiver feito, todas as histórias darão uma história, muitas histórias. A melhor de todas deverá ser sempre a próxima que ainda não aconteceu, no convencimento da melhor ser a que está a acontecer.
Tudo se passa assim num hino a anjos e ciborgues, onde escrever é uma borga. Uma brincadeira de crianças, feita por adultos. Crescer é a ideia mais magnífica com que se pinta esta realidade…
Vamos lá pôr os anjos a ter coitos angélicos jogando à “cabra cega”, onde contam 1, 2, 3… partem à procura, fugindo e batendo no coito, todos cantam “Quem está livre, livre está!”
Os ciborgues, esses seres cibernéticos, os transformers e mais outros parentes, andam a fazer anúncios de televisão. É uma visão redutora, até diria triste, mas não há dúvida que derrota qualquer espécie invasora alienígena. Infelizmente também nos derrota a nós, criando uma mentalidade idiota pronta a viver da moda, à procura do que não muda, enquanto não enjoa.
Então, um anjo lindo, a moça perfeita, pega no ciborgue com carinho e dá-o a uma criança. A criança agradece, o anjo afasta-se… A criança fica sozinha, mete o ciborgue na boca, engasga-se, morre. Atónitos, vemos a cena passar-se no telejornal, não acreditamos.
Isto começou no dia 1.
Vou ver se publico algo que escrevi ontem, abrindo o dia de ontem.
Uma escrita criativa da qual sobressai a ironia, um espécie de riso crítico... De nós?
ResponderEliminarAfinal, também cá andamos.
L.B.
Lídia,
ResponderEliminarMuito grato pelo comentário!
Não deixa de ser uma enorme ironia que, o que mais nos atrai, a Mona Lisa é um bom exemplo, é o que mais difícil se torna perceber.
Escrevi um conto, conto com isso…, partindo da leitura do comentário que agradeço. A intenção não é ser irónico, ironicamente, essa seria a intenção se… não fora o facto da ironia dever ser uma auto-ironia. A grande ironia da ironia é que, para ser excelente, não devemos ter, em caso algum, uma certeza certa que a possa dizer: a ironia é sempre indizível.
ANFITRIÃO levanta esta grande questão, como posso receber o leitor se quero ser o leitor e estar à espera do texto, enquanto ele é pretexto?
ANFITRIÃO… escrevi.
Irei publicar "ANFITRIÃO", grato!
Você explora uma das infinitas possibilidades do encontro, da relação, do diálogo entre o transcendente e o intransigente. Entre a ficção e a possibilidade humana.
ResponderEliminarCaro Escobar,
ResponderEliminar«uma das infinitas possibilidades do encontro» é a beleza de por aqui te encontrar! A_braços!!