terça-feira, 30 de agosto de 2011

DO QUE SE É

Por favor não responda ou, se responder, saiba que eu não vou responder. Vou sempre escrever desta maneira, como se não existisse motivo nenhum e não existe. Nenhum motivo é motivo para ter essa importância que pode ser desmesurada, sem medida. Na medida em que as medidas têm de ter um padrão, ora a verdade é não haver nenhum padrão capaz de quantificar o ser. Do que se é fala o que escrevo, é pelo menos isso que quero dizer quando em silêncio respondo ao que correspondo. Sendo bem certo ser incerto, tudo tornando ainda mais incerto. Ser o ser alguma coisa, é como podeR ser eu, tu, ele ou ela, nós, vós e eles ou elas consoante seja ele ou ela o eu, tu, nós ou vós, é tudo igual. O que muda, é só ele ou ela, eles ou elas. O sexo tudo condiciona, mesmo se nada determina. Condiciona, já não é pouco. Querer um motivo melhor para escrever uma história, pode haver mas não existe. Trata-se duma impossibilidade, sendo impossível, tudo é possível. Sabe-se lá com o que podemos sonhar, enquanto nos dá sono de tanto repetir a mesma interminável paráfrase do parágrafo.
R(i)

http://manufatura.blogspot.com/2011/08/do-que-se-e.html

9 comentários:

  1. Encontrei e respondi comentários em UMA ORAÇÃO AÇOREANA, mexi no tempo! http://diariodedetrasii.blogspot.com/2011/04/uma-oracao-acoreana.html
    A_braços!!

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  2. Francisco, a indelicadeza é sempre a medida indelicada, total e totalmente desnecessária.
    Os sonhos, os motivos, estes sim são indispensaveis, eu, você, eles, elas e todos.De qualquer maneira nos abraçamos e a existência nos repete os sonhos. Beijos no coração!

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  3. Às vezes, dentro da gente tem tanta coisa "escondida", mas dá um vazio para falar...
    Um beijo... outra hora eu volto...

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  4. Belos comentários, gostei e agradeço!!
    O autor que perceba se quiser, como nós temos de perceber, "se" quisermos o que ele escreve. Logo a percepção se transforma num acto epistemológico, é lógico que alógica...
    Alojo a resposta no bojo duma sensação, calo_rosa…
    É o espinho no caule da Rosa, a compreensão onde temos de nos “ferir” para sentir a presença do espinho cuja designação por “espera” já li, não sei onde, nem quando, há muito tempo. O que faz de mim… uma viajem no tempo, longa ou mais propriamente, dorida a… (de/dê) tactear as esperas da roseira da Rosa!

    Francisco,
    Será que alguém irá ler a página onde dizes/ escreveste ter ido ler? Cá andamos, para ver/ler...

    bbrian,
    A indelicadeza não é mais que aquilo que a cultura obriga, 'ela' a cultura, abriga no seu seio todos os pressuposto que a identificam com o que dela esperamos. Dentro do que me tenho habituado, recentemente, de responder a todos os comentários, se não respondesse, pareceria falta de consideração. Dentro deste contexto, a ausência duma resposta seria uma falta. Já não falta, cá a temos. :) Bjs

    teca,
    A melhor das sensações é descobrir que tudo o que está escondido "se" pode soltar!... A escrita, a fala, a língua permite essa libertação. Por isso a instituição da Confissão, as idas ao psicólogo, a própria escrita como possibilidade de catarse.
    Obrigado pelo comentário, a qualquer hora te espero... Bjs

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  5. Fran, um belíssimo texto, bem ao teu estilo:)
    «Do que se é fala o que escrevo, é pelo menos isso que quero dizer quando em silêncio respondo ao que correspondo. Sendo bem certo ser incerto, tudo tornando ainda mais incerto.» ...está respondido e comentado. Excelente.
    Bjito amigo.

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  6. Tecas,
    Boa leitura e observação.
    Obrigado pela presença e comentário! Bjs

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  7. O que fomos ou somos dita o que não seremos...mas quremos ser...e daí talvez não! Com razão, ou sem ela, se escreve ( não é necessário haver uma razão para escrever...apenas apetece, e pronto) Ponto por ponto , carater após caracter...se dá forma a um texto. A forma...não o conteúdo...Do mesmo modo o sexo condiciona a escrita...(será?). Tal como a chuva que cai lá fora condiciona os meus movimentos,. ontem planeados...hoje comprometidos. Matáfora de dias escuros a vida é um constante escrever sem razão ou sentido. seria...se acreditasse no que escrevi agora. há sempre um sentido naquilo que se escreve; nem que seja escondido de mim, de ti ...de todos, mas existe. Ou não!
    Gostei de me entranhar nas veredas do teu texto....
    Abraço,
    BShell

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  8. Blue...
    «a vida é um constante escrever sem razão ou sentido. seria...se acreditasse no que escrevi agora», bela dialética! Veredas bem ditas... benditas :))
    Abraço,
    Francisco

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  9. Era um mimo todo pintado de branco e vestido de branco, da cabelo branco, os olhos pintados de preto. Tinha numa mão pintado NÃO, na outra mão ISTO. Entretinha-se a mostrar: NÃO, ISTO; ISTO, NÃO; ISTO NÃO!
    30.09.11

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