«a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira»
O LIVRO
Ontem nem abri o dia, apenas escrevi no bloco-notas. Acho que foi o primeiro dia que deixei sem história(s). Sendo assim, hoje volto às histórias. Começando pela mais prosaica delas todas, a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira escrever.
Era uma vez um narrador que escrevi que escrevia, que costumava escrever histórias. O que vemos, sendo uma história, diz-nos ser a mais prosaica das histórias «a prosa para o que ela serve, tomando notas sobre o que queira».
Ontem li, hoje quero ver se continuo. Com a persistência necessária, talvez acabe o livro. Ando com vontade de me atirar à “Guerra e Paz”, ando a ler grandes calhamaços, usando as férias para descansar e dedicar-me a este prazer do que sejam as Letras.
“O Livro”, este poder encantatório do objecto onde a leitura surge. Pronto, não tarda… faço ponto… final. Será este o conto, “o livro” que nos fala da escrita como ela fala de quem a faz, deixando-se fazer por quem a procura e esse já serás tu ou você como queiramos… Sendo que espero estar em minoria, basta-me imaginar um leitor, comigo dois e pronto, está feito!
Estou no ontem do amanhã que é hoje, deixemos um poema do dia, para falar com o conto do dia seguinte:
ResponderEliminarSUA VÍTIMA
não me sei convencer que você me ama
só porque esse é meu desejo, então
sem o menor pejo, pego nesses pensamentos
descubro que podem ter palavras
destas que queremos ver bailar
fazendo do seu encanto um canto
mágico, ou, apenas este algo onde magico
em como hei-de dizer esse amor
agora já tão outro, impossível e distante,
como se tivesse acordado e isso
fizesse ficar longe do sonho
vê só como é terrível fugir à insónia
para acabar por ser sua vítima!
Acho que o poeta nunca deve se convencer de nada. Precisa ficar entre a paz e a guerra sempre.É a batalha que instiga os melhores escritores, quando levantam a bandeira branca partem logo para novas lutas. E a inquietude de sempre desbravar vai borbulhando a escrita que não deixa-os dormir ou acordar.De sonhos em sonhos os aplausos chegam e o amor despudora nu.
ResponderEliminarBeijos no coração!
Renovando o enorme prazer de ler e comentar teus/seus comentários, como se deles comesse degustando o gosto de os ter. Esta frase saiu tão afectuosamente que vou dedicá-la por igual e por inteiro a quem hoje/ontem me comentou e ainda não agradeci!
ResponderEliminarbbrian,
Oi amiga, vai receber em dose tripla minha frase afectuosa…
O poeta se deve convencer de tudo para… «ficar entre a paz e a guerra sempre».
Amiga, você o escreveu no anterior comentário «momentos de pura certezas e entrega»… eles só são possíveis através da fé, do convencimento mis profundo, pleno!
Agora escreveu «os aplausos chegam», sua presença amiga :)) Bjs
Juntar outro poema:
ResponderEliminarSEREIA SEU CANTO
sereia seu canto é como ideia
rimando no interior onde ando
de jejum da manhã até à ceia
imagina o prazer meu mando
feito como o canto mais solto
onde o ar se mistura num som
onde indo eu sempre lhe volto
para te sentir e dar nosso dom
de recriar a fantasia na poesia
onde poisa o pássaro do voo
atravessando no ar a maresia
a mergulhar procurando peixe
meu apetite de som onde soo
até à última palavra que deixa
22.08.11