domingo, 25 de março de 2012

ENCAIXE

25

ENCAIXE

chegas sempre
se eu estou
já alerta

a pensar
escrever-te

nu encontro(!)
Assim

ENCAIXO

quando entras todo
toda eu vibro
contigo

antenada
sintonizo-me

no nosso encontro(!)
Mim

ENCAIXA_R

alerta/aberta
ele/ela
eu

olho
espantado

o próprio espanto!
R

5 comentários:

  1. MOMENTO CERTO

    A coisa mais importante para uma história é o tempo, e o tempo é isto… este imponderável ser do momento.
    É aqui que nascem as entidades, os deuses, as múltiplas presenças… do espírito.
    Nesta história, também o tempo (o tempo é a verdadeira história), não podia deixar de ser do mesmo modo, da mesma maneira: o modo é o Assim, a maneira é a Mim. Sendo assim, tudo está à maneira!
    Este lado feminino das coisas, a sua natureza profunda, ligação à Terra e poiso da Consciência, é o centro do Universo.
    Belo quando uma história nos explica tudo, a História dos Hebreus, o Povo de Deus!
    Colonizar, chamar carneiros, dizer que são escravos, tudo o ser humano aceita: dêem-lhe uma boa história!
    Procurando es_sa (és SA – Sociedade Anónima) história, somos nós. Tu virás quando quiseres, eu e tu, chegamos no momento certo.

    Hoje consegui chegar ao dia no próprio dia, sem ter de recorrer à "data valor"... FRÁ, FRÉ, FRI, FRÓ, FRU!…
    O dueto hoje transcrito, pela primeira vez já estava junto sem necessidade de ir aos comentários, merece este comentário!

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  2. Assim e Mim arrebataram rumo à beleza poética. Puro êxtase com cheiro de romã.Beijos no coração! bbrian.

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  3. romã

    roma

    amor.

    todos os sabores levam à romã
    todos os caminhos levam à roma
    todos os amores levam ao amor!

    tudo é síntese de amor para quem se ama.

    belos versos,
    belos texto sobre o tempo!
    aliás, romã é uma fruta que dura muito tempo,
    roma é cidade há muito tempo,
    o amor não tem tempo

    um beiJÃO***

    http://www.youtube.com/watch?v=2NUdznkCZ74

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  4. O amor é intemporal, quando quem o canta ou quem o vive tem o dom de esculpir um tempo irrreal e infinito, dentro do tempo das horas.
    Neste mundo, há pelo menos dois compassos que se fundem e confundem e alimentam e enriquecem, a essência do casal uno, próximo, tingido, um na cor do outro.
    Modelar esse amor, do mais macio e brilhante barro, é tarefa agradável, prazenteira, para quem sabe desdobrar-se em várias eus, em várias sensibilidades...
    A busca das palavras é uma busca suave e harmoniosa. É uma procura doce, lembra a ternura do olhar de corça. A pele aveludada do pêssego, o sabor macio da mousse.
    A escolha é sempre certa, porque foi a que o tempo transitório elegeu. Os eleitos são os atífices que sabem trabalhar, selecionar e burilar as sílabas magoadas ou não.
    O artesão criou o dueto e não descansou ao fim de sete dias, como deus ou os deuses.O ourives vai trabalhando sem pressas ou pressões, as suas jóias preferidas ...Escrevendo e fugindo ao tempo dos carros e das cidades em camadas de betão...
    O poeta, foge e isola-se para se encontrar noutras esferas, abóbodas, céus ou mortes...
    O escrito não cabe nos minutos contabilizados. O que se diz, rente ao dizer, é de outro circo, com outros acrobatas e outras contorcionistas ou palhaços...
    Do tempo branco ao encaixe é um ápice... Ou devia ser. O casal acerta-se:« __ Vês como a gente se encaixa!», acomoda-se espontaneamente, toma a forma um do outro, afeiçoa-se, perdoa-se, sem dificuldades, quer espiritualmente, quer fisicamente, claro! É o momento mais belo! lugar ímpar! tempo transcendental e com todos os codimentos para ser/amar para sempre...!Porém...! jacira, com um beijinho de boa tarde.

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  5. Ponta Delgada, 26 de Março de 2012

    Atenas
    Antenas
    Vislumbrar
    O futuro
    Nem vai
    Valer
    Nada
    Ou tudo
    Como viver
    Do mel
    E das romãs
    E saborear
    Este presente
    Apresentado
    Como efémero
    É na efemeridade
    Que está
    A essência
    Do tempo e do espaço
    E não é necessário
    Muita explicação
    Basta-me
    A dos pássaros
    Barrei
    A minha alma
    De manteiga
    E fiquei mais atenta
    Aos malmequeres
    Às margaridas
    Aos girassóis
    Há muito tempo
    Nem é o tempo
    De igrejas
    E de sóis
    A girar
    E a esfera
    Azul
    Continua
    A girar
    E eu que queria
    Acabar com o tempo
    E ter livre
    O pensamento
    Para poder
    Esculpir
    Em paz
    Acabar com os lugares
    E os lugares comuns
    Acabar
    Com as rotinas
    Que vão
    Mordendo
    As cordas
    Vocais
    Como
    As flautas
    Mágicas
    Ou cheias
    De bruxedos
    Horrorosos
    Urge
    Que seja
    O sonho
    Que me guie
    Os passos
    E as passas
    E os gestos
    E a gestação
    Dos poemas
    Mais obscuros
    Ou radiantes
    Ou loucos
    Pouco importa
    Elas saltam-me sempre
    Das teclas
    Impávidas
    Estupefactas
    Surpreendidas
    Soltam-se
    Quase sem controlo
    Sinto-me agente
    Muitas
    Ou as demais
    Das vezes
    Intermediária
    Mera intermediária
    Neste intercâmbio
    De letras
    E pensamentos
    Dormentes…
    jacira isabel

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