domingo, 3 de outubro de 2010

3

BEIJO RUBRO

procuro com a alma
as palavras que chamo
até ficar em calma acesa

neste labor procuro
teu beijo rubro

até ser n_osso...
Assim

RUBRO BEIJO

a alma cresce-me
a bater dentro do peito
a canção do amor

a água dum beijo
a brotar na boca

a abro às nossas línguas
Mim

CANÇÃO DO AMOR
esta agitação
feita agir móvel
em meu coração

é em poesia pura
a pura poesia

esta tentativa a ler!
R

HUM?...

quando o poeta
se esquece do poema
para se entregar às palavras

pego num rolo
de papel higiénico
para folhear...

desfolho o cilindro
num amontoado branco
duma lista vazia

gera-se uma imagem
tão pura e cristalina
como uma bolota

sou sempre assim
sem batota
digo

essa poesia
de todas as coisas
para qualquer pessoa

no fim
acrescento
o meu nome à lista

Um!... Francisco Coimbra

(!... assim, é a ejacular.!.)


Chamo a atenção para a poesia da Mim, onde de pequenos beijos "a" entra num final e imenso "a" (linguado). Uma poesia cuja interpretação nos coloca como intérpretes, chamando-nos... para o poema (nus). Com esta alma também, Assim mais uma vez começa, sempre onde as palavras nos tocam...
Bom Domingo!


A PURA POESIA

estou em apuros,
os pardais puros afastam
os canários

não tenho quem cante
no meu quintal

O Professor Pardal
(inventor da banda desenhada)

Sinto-me provocador, se não é do Outono, não será do tempo. Coisa imperdoável e estranha, possivelmente impossível:  ̶  O tempo é causa de tudo, assim falou um mudo. @

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