Cara confrade, ainda bem que não há mulheres que são frades. As freiras são umas frieiras, têm febre de Deus! O bem que um homem não faria a essas mulheres que dão a vida a Ele? Quanto a eles, os frades, esses, mesmo sem saberem de mim, nem eu quero saber deles mais do que a possibilidade de escrever isto: são meus confrades, na realidade, todos existimos nela.
Vamos ao real, procurando o hiper-realismo! Hip-hip!...
REAL
Aos 10 dias de um mês qualquer, que é este, escrevo isto. Dou continuidade ao que escrevi ontem, vou usar a arte. Ela parte da realidade para dela, na idade certa, no momento, captar o real.
EM SI MESMO
Um texto pode ser grande ou pequeno, engloba sempre, em si mesmo, p_artes…
SIMBIOSE
A arte faz-nos saber fazer de forma simbiótica: saber/fazer, a arte que tento replicar.
VIDA À ARTE
Adaptar e tornar apto à situação de “apanhado”, captar e adaptar. Um apanhado diferente, a adaptação da realidade ao real: vida à arte.
Vou tentar fazer o apanhado, este vai de REAL a VIDA À ARTE (o hiper-realismo é “fora”).
A partir daqui, juntamos ou apartamos os “apanhados” ainda indiferenciados, tentando não ser indiferentes à realidade, dela procuramos o real. Esse é o papel da arte, feita de partes como tudo que existe, ela procura uma realidade utópica na realidade mas possível no real.
Vou voltar à realidade e fazer os apanhados, vou ser um “apanhado”. Nome empregue para apelidar os alienados da realidade, aqui aplicado para quem o faz no sentido inverso, procurando entrar no hiper-realismo.
Falta o texto já ontem prometido, este:
O QUE É ISTO
Uma inquietação antiga, a velha oportunidade do medo: quem sou, onde estou, o que é isto? Donde surgiu este corpo cheio de necessidades, movido a estímulos, tão estranho à minha realidade que é, esta dúvida: toda a dúvida, toda a sua fragmentação? Há possibilidade de crer e, por ventura, quero?? Um eu??? A a_ventura…
O que… a pergunta, mesmo inerme, é tudo o que resta: o solo para tocar, bater na bateria, até parar, arar, ar… Viajar de novo em poalha, ser levado para o Espaço!
Há tribos que desconhecem o "eu", palavra que desconhecem, possuindo o "nós". Eu...
ResponderEliminarDi_ria... o "eu" é palavra que não têm. Desconhecemos aquilo que não sabemos nomear?
ResponderEliminarGosto de como escreve... é diferente... e diz tudo tão real... tudo é tão simples. Ou parece ser...
ResponderEliminarUm beijo carinhoso.
Agora sim, seu perfil, cooperativista. Licenciosamente rindo!
ResponderEliminarOs medos, nossos medos. Medo tenho mesmo das minhas asas, me faz passar caroes.Minha Mãe já dizia, menina o mesmo que você tem de timida tem de atrevida.
Nem falo de realismo, tenho uma bagagem real que se contada dá uma bela ficção aos olhares outros. Exemplificando sei que nao acreditou em nada da minha real tatua.Ando sempre de malas prontas!Beijos no coração!
Tecas, saudades, bom te ver...
ResponderEliminarbbrian, tatua anda com a casa às costas, enrola-se nela, vive-a como sendo parte sua, essa é uma arte. Toda a vida fui um viajante, só estando bem onde não estou? Eu gostaria de ser um animal migrador, ter a minha casa no tempo, o tempo como clima, o clima como espaço-tempo onde me sinto e habito. Agora sou sedentário, faz já uns anos, até já tenho casa. Mas, sei lá, ainda não a dei por acabada e não me vejo a acabar nela. Devo ser um viajante, um tatu? Beijos do coração!
Francisco, você alegra meus dias.Tatu também anda com a casa às costas, sabia? A sua é responsável.Eu tenho um adjetivo e por ele não me cabe as suas responsabilidades. Beijos no coração!
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ResponderEliminarPerguntas e tentativas de explicações... Essa é a função que temos exercido, desde que nos conhecemos por gente...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
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Comentar três textos (microconto, conto e miniconto), subordinados ao mesmo tema ("Poeira Estelar") seria uma verdadeira tarefa hermenêutica. Além disso, ler Francisco Coimbra, por vezes é como descascar um abacaxi, como dizem os nossos amigos brasileiros, quando têm de resolver um problema difícil.:0) E ainda bem que assim é. Ler os seus textos é, para o leitor, uma experiência que pode alargar o seu modo de ver as coisas, até porque ele não lhe faz concessões...
ResponderEliminar"Poeira Este_Lar" fala-me da passagem de algo a alguém e leva-me a entrar no conto "As Estrelas em Pó", em que "ele" decide ser "ela", numa conturbada história de Camilas, camelas e Vitórias. Uma história que se debruça sobre si mesma, uma metanarrativa que vai explicitando os "tijolos" que utiliza na sua própria construção. É a escrita a retratar o próprio acto de escrever!
Com as estrelas já reduzidas a pó (ela lá tinha as suas razões...), entro no miniconto, ou seja, numa pergunta filosófica: "O QUE É ISTO?" Uma pergunta que traduz o enigma da corporeidade e a inquietação que ele provoca ("quem sou, onde estou, o que é isto?"). Do "pó das estrelas", surge um "eu" que se interroga e que interroga, até "viajar de novo em poalha, ser levado para o Espaço!".
É belo este nosso percurso, em três textos, habilmente interligados. PARABÉNS, amigo Francisco!
Um abraço
Maria João Oliveira
Maria João,
ResponderEliminarCom enorme atraso, talvez responsável por tua ausência, venho agradecer um comentário que se lê como uma bela leitura da qual nos deixaste enriquecedor rasto: um rosto da intertextualidade! Olhando para esse "rosto", nele contemplo a expressão, entrando no tempo e no templo onde a leitura pode e deve ser adorada! Adorei... Beijos
«Eu tento aprender com você, mas ainda estou longe da perfeição! Acho muito interessante sua interação com os leitores, eu só hoje agradeço que você seja um anjo. Mesmo se "Anjo caído", como agora registo ter lido. E, sabe, nem sei se saber é o sabor certo deste sentir, amei tenha vindo de novo e me faça agradecer: duplamente!...»
Comentário que fiz antes de aqui voltar! Explica alguma coisa…
Zélia,
ResponderEliminarLuz sua visita!
bbrian, grande companheira!...
ResponderEliminarMaria João,
ResponderEliminarhttp://diariodedetrasii.blogspot.com/2011/07/pele-do-corpo.htm
Foi donde fiz a citação.