quarta-feira, 6 de julho de 2011

POEIRA ESTE_LAR…

Com Fé ou sem, todos acabam acreditando transformar-se tudo que é terreno em pó. A matéria duma terra seca e improdutiva, onde o que nasceu foi e já não é. Pó ao pó, diz a despedida fúnebre. Agora… que pó é esse de que somos feitos?
Pó das estrelas, a ventura da matéria! Aventura começada do nada para tudo, por tudo e por nada, transformação cósmica, realização cómica e trágica, a vida pronta em todos os seus aspectos, sempre incompleta. Já o pó é completo, completíssimo, competentíssimo, absoluto, soluto, dissoluto, dissolvente… comovente, como gente. Já se transformou quando chegamos aqui com a disposição de parar nesta posição, adormecer e sonhar.
Quando quero estar acordado e livre, deixo-me adormecer acreditando na liberdade, no meu poder de decisão, pronto para ser árbitro do meu livre arbítrio. Sorte de quem dorme bem, como é o meu caso.
Se é esse o caso, porque perco tempo a sonhar acordado? Porque não sonho o suficiente enquanto durmo! Adão desistiu de continuar a fazer um artigo, apetecia-lhe agora escrever um conto. Como se fosse o primeiro homem, esperando encontrar nas palavras sopro divino!
O seu conto logo se transformou ou guardou como uma crisálida no interior dum casulo, Adão ficou esperando romper o casulo e aparecer uma borboleta, pronto a voar na leitura como pó das estrelas, fecundo: libertando sua fé no mundo!

1 comentário:

  1. como um conto de fadas somos feitos e desfeitos com pozinhso mágicos (cômico e irônico) que brilha e, cintila no mundo, como asas de borboletas, visgo de lesmas, suor, sal e fé.
    Beijos, Alê

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